Thais Narrando Coloquei a Olívia pra dormir, ajeitei o lençolzinho dela e fiquei um tempo só olhando aquele rostinho sereno, respirando devagarinho. Aquele anjinho dormindo ali era minha paz e, ao mesmo tempo, a lembrança viva do motivo de eu estar escondida, vivendo uma vida que nem era pra ser minha. Suspirei fundo, encostei a testa na parede e senti o peito apertar. Troquei de roupa, botei um short e uma blusinha leve, e sentei na beirada da cama. A dor de ter perdido meu filho, a saudade da minha mãe veio forte, tão forte que por um instante jurei sentir o perfume dela, aquele doce com fundo de baunilha que sempre ficava pela casa. Meu Deus… minha mãe deve tá sofrendo tanto. tá achando mesmo que eu morri. E eu aqui, viva, respirando, mas presa num mundo que me infiltrei por sobreviv

