Thais Narrando Cheguei na casa da dona Vânia, o sol queimava forte e o calor estava de rachar. Assim que entrei, ela já veio sorrindo, toda animada, com aquele jeitinho acolhedor que cuida da gente até sem perceber. — Oi, minha filha, não precisava ter vindo — ela disse, enxugando as mãos no avental. — Precisava sim, dona Vânia. Hoje vamos deixar essa casa brilhando — falei, já prendendo o cabelo e arregaçando as mangas. A gente começou pela sala, tirando poeira de tudo. Depois fomos pro quarto que meus pais vão ficar. É o mesmo que eu fiquei. Troquei a roupa de cama, passei um cheirinho bom no travesseiro, deixei o quarto arejado, limpo e cheiroso. Enquanto varria, pensei em como estava com saudade deles, em como queria ver o rosto da minha mãe, ouvir a risada do meu pai, sentir aque

