A Muçulmana

Primeira vez

Pov's Aaliyah.

Quarto do hotel.

Meca- Arábia Saudita.

Estávamos em pé nos olhando. Seria esse o momento que me entregaria a ele.

Lentamente seus dedos foram retirando o hijab da minha cabeça, para vê o meu cabelo pela primeira vez.

Era tão especial à cena....

Fechei os olhos ao sentir sua mão acariciando a minha bochecha. A maciez do seu toque, fazia as minhas pernas estremecerem.

Minhas pálpebras se abriram momentaneamente, ao presenciar o meu véu deslizando e caindo no chão. Suas mãos tocaram nos fios castanhos claros do meu cabelo. Ergui o rosto timidamente:

— Você é tão linda.— ouvi o elogio; e avistei a admiração que refletia no fundo dos seus olhos.

Novamente nos beijamos. Dessa vez, foi um beijo sem muita pressa, era como se tivéssemos aprendendo juntos a viver um amor.

Meu marido me colocou nos braços, naquele instante sorrimos um pro outro. Fui levada até a cama, onde me pôs em cima.

A nossa primeira vez seria tão especial.

Delicadamente ele começou a desatar a minha abaya, lhe ajudei, sem quebrar o contato visual que estávamos tendo. A sensação que eu tinha, era que aos poucos iríamos nos apaixonar um pelo outro.

O meu coração já batia por ele.

Ele se deitou por cima de mim e ficamos nos beijando, até que os carinhos foram aumentando e estávamos completamente entregues.

Aos poucos perdia a minha pureza, e estava se transformando numa mulher. E quando finalmente havia acontecido....

Encostei a cabeça em seu peitoral desnudo, enquanto ficamos em silêncio. Até que de repente, Ali Nejat se levantou da cama e checou os lençóis.

— O que houve?

— Seu tio me enganou! — gritou comigo. Encolhi os ombros, sem entender sua reação.

— Como assim te enganou?

— Você não era mais virgem!— seus olhos escuros focalizou em mim, decepcionados.— Fui feito de i****a!– se afastou.

— O quê?

— Eu me divórcio de você.

Meus olhos ficaram mais lacrimejados na medida que pronunciava o Talaq.

Ele me arrastou pelo braço, alegando que precisaria ser dito na presença de duas testemunhas que fossem muçulmanas, para que o divórcio fosse válido.

Sai sendo levada até o quarto vizinho, onde somente de trajes íntimos fui jogada no chão.

— Irmão, o que tá fazendo?— o marido de Khadija questionou.

— Irei me divorciar dessa mulher.

— Aaliyah.

A cunhada ajudou-me a me cobrir, enquanto eu permanecia chorando no chão.

— Irmão, você não está pensando direito.

– Estou, Faruk! Tudo que foi estabelecido no pré-dote precisa ser cumprido. E fui enganado. Eu tenho o direito de me divorciar. E é por isso que .... Talaq! Está divorciada.— ele falou as palavras, olhando diretamente para mim.

Abaixei a cabeça, arrasada.

Ser devolvida era h******l, talvez eu nunca mais tivesse a chance de me casar novamente.

Na minha cultura estabelecia que após o divórcio, eu teria que aguardar três períodos, para me certificar de que não havia engravidado. Torcia para que isso não tivesse acontecido, caso ao contrário, eu não teria nenhum direito sobre o bebê.