Casamento

984 Words
Pov's Aaliyah NA MANHÃ SEGUINTE..... Eu me sentia tão inválida, não tinha voz para me defender e o quanto eu estava sendo exposta, me doía muito. Ali Nejat me levou até a casa do meu tio, ele queria uma explicação. Meus olhos estavam vermelhos de tanto que já havia chorado. — Estou devolvendo ela.— foi essas palavras que mencionou. — Sua sobrinha não presta. Vocês dois! Meu tio entreolhou para mim, decepcionado. Era nítido que ele não estava entendendo o que havia se passado e o porquê daquela humilhação toda. — Ali Nejat, tem que seguir os costumes.— a sua cunhada interviu.— Você não pode abandona-lá aqui. E se ela tiver grávida? Um homem não pode abandonar uma mulher grávida. É haram! — Khadija tem razão, irmão. Temos que levá-la para casa. — Eu não quero essa mulher na nossa casa, Faruk.— respondeu, olhando-me com desprezo. Abaixei a cabeça, chorando ainda mais. — E nem eu quero ela aqui.— ouvi a voz do único familiar que eu possuía. As lágrimas escorreram pelo meu rosto de imediato. — Tio?— sussurrei, com o tom embargado. — Se o seu marido não te quis, é porque há algum motivo. Não ser quero ser m*l visto na mesquita. Yalla, saía daqui! Saía!— o mais velho gritou, me expulsando. Tudo que eu estava passando, era tão humilhante. Não tinha mais nada, a não ser a minha própria vida. Levantei daquele chão frio, cabisbaixa. E Khadija saiu me guiando até o carro, estava tão m*l psicologicamente; *************************************************** Alguns minutos... O caminho inteiro até a casa do Ali Nejat foi em silêncio. A única pessoa que eu poderia me proteger daquilo, me virou às costas. — Já voltaram da viagem?— fomos recebidos na entrada, escutando aquele tom de deboche. — Agora não, sogra.— Khadija a cortou.— Saía da frente! — Quem é você para me mandar sair da frente, sua hortaliça? Não sei o que Faruk viu em você, cobra. É uma inútil!! — Mama, respeite minha esposa. — Gosto do Ali Nejat porque não é covarde, já você Faruk, só serve para ser mandado por essa daí. — Sogra, que Alláh diminua os seus dias! — Tá ouvindo, Faruk? Sua esposa tá me amaldiçoando. — Khadija. — Marido, foi ela que começou. Entramos na residência. Eu era segurada, pois não estava conseguindo andar direito. O meu corpo estava tão fraco. — Cadê Ali Nejat?— me virei ao escutar — Por que essa outra tá com cara de choro? — Mama, Ali Nejat pediu o divórcio. — Ainda bem que Alláh abriu os olhos dele a tempo. — Sogra, você não pode calar a boca um minuto?— se estressou. — Não vê o quanto Aaliyah está sofrendo.— apontou para mim, e mais lágrimas caíram. A mais velha sequer se comoveu, simplesmente rebateu dizendo: — Eu não queria mesmo esse casamento, mas Ali Nejat teimou comigo. Essa daí é igual a você, uma hortaliça. Khadija saiu me puxando para que eu não desse ouvidos. — Não liga para ela. — Eu não quero ficar aqui. — Você vai ter que esperar três luas, Aaliyah. Até lá, Ali Nejat vai ter se arrependido e vai querer se casar com você novamente. — Mas eu não quero. — Como assim não quer?— parou, me encarando surpresa.— Uma mulher sem marido não é nada. Pelo profeta, não fale besteira! ************************************************ 2 MESES DEPOIS... Os meses que se passaram foram os mais difíceis. — Daqui a pouco eles vão entrar.— Khadija avisou, trazendo uma macia com água. — É você vai que averiguar? Ela assentiu que sim com a cabeça. — Por favor se eu tiver grávida, diga para eles que eu não estou— implorei, em desespero. — Eu não posso mentir, Aaliyah, senão é capaz de Faruk querer me jogar no vento. — O meu bebê é a única coisa que me restou.— toquei em minha barriga em cima da abaya, a confessando enquanto chorava.— Em nome de Alláh, Khadija, me ajude. — É fora do meu alcance, Aaliyah, posso até ser morta se ocultar uma informação dessa. O bebê pertence a Ali Nejat, ele tem obrigação de sustentar e cuidar. As portas se abriram, e os demais membros da família entraram. Esse seria o momento que o meu destino estaria selado para sempre a Ali Nejat. Vi que o próprio estava sério, nem me olhou nos olhos, fui ignorada completamente. Deitei na cama e mais uma vez cutuquei Khadija, a suplicando através dos meus olhos. — Deixa que eu checo.— a muçulmana mais velha tomou a frente. — La, sogra! — a impediu.— Eu sou parteira, eu sou mais experiente. — Mama, não atrapalhe Khadija. — Você faz tudo que essa primeira esposa manda, Faruk. Todos devem zombar de você na Mesquita. Eis um i*****l! — Mãe, não fale assim com o meu irmão.— o outro o defendeu. Fomos interrompidos quando com a voz alta: — Aaliyah não está grávida. — Tem certeza?— Ali Nejat se pronunciou, surpreso. — Absoluta, cunhado, não há um bebê.— ela entreolhou para mim, e a agradeci, emocionada.— Aaliyah já pode ir, voltar para casa da família. — Eu não tenho mais família.— soei triste. — Você que pensa Aaliyah... Conversei com Faruk, ele irá te tomar como esposa, se assim quiser. Eu dei o meu consentimento. — QUE HISTÓRIA É ESSA IRMÃO?— Ali Nejat gritou, partindo para cima, ao confronta-ló.— TÁ MALUCO? — Não disse que essa hortaliça não presta!— a mãe deles acusou, olhando para Khadija. — Essa cobra quer trazer contenda para dentro desta casa. Enquanto todos brigavam, bem alto gritei: — Eu me caso!— concordei, e o silêncio ensurdecedor percorreu. Todos os olhares se voltaram para mim, e principalmente do homem que havia me rejeitado.
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