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Efeito Borboleta VOL 2

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Talvez o meu grande erro tenha sido acreditar no destino dos outros, mas não no meu ar. As coisas sempre estiveram claras o suficiente pra mim, mas como um t**o eu sempre me recusei a assumir, e o medo de machuca-la e saber que Mariana era o amor da minha vida me fazia desacreditar que talvez o meu destino já estivesse escrito.

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"Hal: Ela não está aqui e ela não estará aqui. É melhor você se acostumar com isso. - (Os heróis não tem idade).  Ok, eu precisava admitir que nunca tinha ido em um encontro antes. Eu não sabia o que vestir, nem se deveria me produzir muito ou não e muito menos se deveria chegar mais cedo para garantir que ele não espere ou se deveria chegar um pouco mais tarde para fingir que não estava ligando muito. Eu estava totalmente nervosa, principalmente porque não conhecia o menino direito! Não sabia se ele ia gostar da minha personalidade, se ele ia achar uma idiotice o fato de eu fazer vídeos com a Luíza e portar no Youtube, mas a Priscila estava me ajudando a me acalmar. Não só a Priscila, devo dizer. Quer dizer, só ela e a Maitê estavam tentando me acalmar, já que o resto das pessoas (Lucas, Tomás, Daniel e Leo) não estavam dando a mínima para o meu encontro. Muito menos o Leo! Ele pareceu até meio bravo comigo! E eu pedi para a Priscila não comentar nada, mas a boca aberta da Maitê disse que eu ia sair com um gato e o olhar do Leonardo quebrou o meu coração.  - É sério que você está nervosa porque vai sair com um cara? - Daniel disse sentando na minha cama e eu o repreendi com o olhar.  - Gente, eu amo vocês, mas sabe, acho melhor vocês irem embora. - falei. - Vocês sabem que eu odeio essa casa, vocês vão fazer a Elena me dedurar para o meu pai, vocês me pegaram saindo do banheiro de toalha. Já deu por hoje!  - Você está expulsando a gente? - Tomás disse, fingindo estar ofendido.  - Sim. - fui bem sincera e ouvi a risada do Lucas, da Priscila e da Maitê. - Só pode ficar a Pri e Maitê.  - Não acredito que você vai sair com um cara tão rápido assim. - o Leo disse enquanto passava por mim.  - Melhor do que sair com uma mulher, né gatinho? - ele me olhou feio, mas deu risada e abriu a porta do quarto.  - Vocês vão ficar aqui? - o Leonardo perguntou.  - Estamos indo nessa também. - Daniel disse. - Tchau, meninas. - ele deu um beijo em todas nós, assim como Lucas, Tomás e Leonardo.  - E, Mari, espero que seu encontro seja um desastre. - Lucas disse e eu o encarei indignada.  - Isso aí, Rochette! - Leo disse e eles bateram as mãos.  - Credo, gente! Vocês adoram tomar as dores do amigo! - falei indignada. - Agora vão embora porque eu estou atrasada. - dei um tapa na b***a do Lucas e do Daniel.  - Mari, eu também vou embora. - Pri disse. - Não estou me sentindo muito bem, dor de cabeça, umas tonturas. - disse.  - Ok, mas me avisa se piorar, tá? - falei e dei um abraço nela.  Eles foram embora e eu voltei correndo para o quarto, trancando a porta.  - Acabou o nervosismo? - Maitê perguntou rindo.  - Não. - tirei a toalha da cabeça. - Vou colocar um vestido qualquer, um sandália e dane-se.  - Isso mesmo, nem ligue muito! O menino que você liga acabou de ir embora decepcionado. - disse. - Esse aí é só perda de tempo.  - Eu não quero falar sobre isso. - sentei na cama e comecei a pentear meu cabelo. - Só quero esquecer. E ele não tem direito de dizer nada, porque você mesma me disse que o viu com uma menina ontem.  - É, mas mesmo assim... ainda é doloroso. Pra vocês dois. - disse.  Não respondi mais nada, só voltei a me arrumar. Coloquei um vestido preto soltinho que eu adorava, coloquei alguns colares e calcei uma sapatilha, então terminei de fazer uma maquiagem básica. Só corretivo, pó e rímel.  - Como eu estou? - perguntei quando terminei de secar o cabelo.  - Maravilhosa! - disse. - Agora vai logo!  - Ele disse que vem aqui me buscar. - falei.  - Mas ele tem 17 anos. - disse.  - Ele faz igual o Leo, dirige sem ter carta. - revirei os olhos. - Falei pra ele que não era para ele vir, porque se desse problema, eu iria me ferrar junto, mas ele disse que já estava vindo... - A pizzaria é aqui perto, então menos m*l. - Maitê disse.  - É.  Saímos do quarto e agradeci por ninguém estar em casa. Eu sei lá onde a Gabriela se meteu, mas sei que ela não deixava o meu Leo em paz. Tá, "meu" Leo. Vocês entenderam.  - Boa sorte e me liga se algo der errado! - Maitê disse quando recebi uma mensagem do Rodrigo dizendo que ele já estava aqui.  - Obrigada. - dei um beijo na bochecha dela e saí de casa.  Avistei o Rodrigo encostado no carro, todo lindo e charmoso, senti meu coração amolecer um pouco, mas mesmo assim... ainda estava com um pouco de dúvida sobre ele.  - Nossa, você está linda. - ele disse me olhando com um sorriso e me deu um beijo no rosto.  - Obrigada. Você também não está nada m*l. - sorri pra ele.  Ele desencostou do carro e ele abriu a porta do carro pra mim. Senti meu coração se acelerar, fiquei até com medo que ele ouvisse já que estava próximo demais.  - Típico dos cafajestes, sabia? - alfinetei e ele sorriu cúmplice pra mim.  - Sei que você tem uma queda por cafajestes. - ele piscou pra mim e entrou no lado do motorista, ao meu lado.  - Está admitindo que é um cafajeste?  - Não sou, mas se você gostar... sou o que você quiser. - fiquei vermelha, senti meu rosto queimando e ouvi a risada do Rodrigo.  - i****a. - murmurei, envergonhada.  Ele ligou o carro e deu partida.  - Posso ligar o som? - perguntei e ele assentiu.  Assim que fui ligar o som, meu celular avisou que tinha chego uma mensagem no w******p. Do Lucas.  "Mari, eu estou na casa da Pri e ela acabou de desmaiar! Estamos sozinhos aqui e eu não sei o que eu faço, to desesperado!"  - Rodrigo, para o carro! - falei nervosa e ele freou bruscamente.  - O que aconteceu?  - A minha amiga desmaiou! - falei nervosa. - Vou ligar pro Lucas.  - Quem é Lucas?  - Namorado dela. - respondi e disquei o número do Lucas, porém deu na caixa postal e eu entrei em pânico.  Liguei no celular da Priscila para o Lucas atender, mas fiquei surpresa quando vi que foi a Priscila que atendeu.  - Pri?! Você não desmaiou?! - Que? - ela falou como se eu fosse doida. - Bebeu, foi?  - O Lucas acabou de me mandar mensagem dizendo que você desmaiou! - falei. - Por que ele... - parei de falar, entendendo tudo.  - Castanhari... - eu e a Pri falamos ao mesmo tempo.  - Ele tentou sabotar teu encontro. - Pri disse rindo. Isso era tão previsível. - Mas fica tranquila que vou dar uma bronca nele e no Lucas! - disse. - Eu estou no meu quarto, acabei de sair do banho e eles estão lá embaixo. - Bate muito nele por mim! - falei.  - Vou bater. - disse.  - Beijo! - finalizei a ligação.  - E aí? O que aconteceu?  - Tenho amigos idiotas, só isso. - respondi. - Podemos ir agora. - falei e sorri pra ele, que sorriu de volta, então ligou o carro novamente.  (...) Fazia uns dez minutos que tínhamos chego na pizzaria e já tínhamos feito nossos pedidos, porém o papo estava tão bom que poderia demorar o quanto quisesse! O Rodrigo tinha o senso de humor parecido com o meu, e ele não tinha vergonha de dizer coisas, assim como eu não tinha, então parecia até que éramos íntimos ou pelo menos amigos próximos.  - Vem cá, você conhece aqueles dois? Eles estão ali faz uns dois minutos, olhando pra essa mesa. - Rodrigo disse e eu olhei pra trás.  Não acredito nisso! Era o Daniel e o Tomás!  - Eu já volto. - falei sorrindo, mas eu estava com vontade de matar um! - O que diabos vocês estão fazendo aqui? - perguntei, irritada.  - Foi tudo coincidência, relaxa. - Tomás disse.  - Ah, que bonitinho! Vão ter um encontro romântico? - ironizei ainda brava e eles se entreolharam.  Eu queria bater neles. Queria muito bater neles.  - Foi o Leonardo que mandou vocês? O plano dele não deu certo e ele mandou o Tico e o Teco para arruinar o meu encontro?  - Tico e Teco, Mari? - Daniel disse rindo.  - Vão embora daqui! - falei entre dentes. - Saiam daqui senão eu acabo com vocês dois! Agora mesmo! Não fingiram que a Pri desmaiou? Faço vocês desmaiarem de verdade!  - Credo, vê se para de ser agressiva com quem te ama. - Ah, você me ama? - perguntei pro Tomás mesmo sabendo que ele disse brincando. - Então, deixa eu continuar com meu encontro porque ele está me fazendo muito bem.  - Ele está te fazendo bem? - Daniel perguntou e olhou pra ele. - Mesmo?  - Sim. - respondi sincera. - Por favor, vão embora e falem pro Leo parar de ser egoísta. - falei. - Amo vocês mesmo assim, tá? - dei um beijo na bochecha do Daniel e outro na do Tomás.  - Ah Mari, o Castanhari não tá bem não... - Daniel disse.  - Então, fala pra ele ir procurar a garota que estava saindo ontem. - falei. - Tchau! - dei as costas pra eles e voltei para a mesa com o Rodrigo, mas falei que não queria falar sobre isso.  Depois de mais um tempo conversando, a pizza chegou. E assim que terminamos de comer, nós resolvemos ir embora e ele insistiu em pagar pra mim, mesmo eu negando, porém ele pagou e pronto.  E enquanto estávamos indo pro carro, meu celular começou a apitar várias vezes seguidas, me deixando com vergonha! Eu tentei ignorar, mas o Rodrigo ficou me olhando tipo: você não vai responder? Mas eu continuei ignorando.  - Mari, o que está rolando? - Rodrigo perguntou parando de andar e me olhou.  - Olha, vou ser sincera. - falei. - Eu e meu ex temos alguns amigos em comum. - na verdade, era todos. - Ainda não superamos. Nenhum de nós dois, mas ele é mais... como posso dizer? Bom, ele não liga para o que faz.  - Você ainda gosta do seu ex?! - ele perguntou um pouco indignado. - Então, por que aceitou sair comigo?  - Porque é ex. - falei. - É que é recente. Terminamos faz menos de duas semanas. - respondi. - Mas olha... - segurei a mão dele. - Eu estou gostando muito de sair com você. Você é um cara incrível, mesmo sendo um pouquinho cafajeste... - ele sorriu pra mim.  Ele parou de sorrir aos poucos, e ficou me olhando nos olhos com um pouco de desejo e eu senti um arrepio novamente. Ele passou uma das mãos pela minha nuca, a outra pela minha cintura e me beijou sem nem se importar com o fato de eu ter admitido ainda gostar do meu ex namorado.  - Foi bom você ter sido sincera. - ele disse quando paramos de nos beijar devido a falta de ar. - Mas você vai esquecer esse cara rápido. Eu vou garantir isso. - não respondi nada, mas o beijei novamente, e ele correspondeu rapidamente, pegando na minha cintura direito.  Depois de alguns minutos, nós entramos no carro e ele me levou de volta para a casa da Elena, porém antes de eu entrar, é óbvio que ficamos dando altos amassos dentro do carro. Talvez por mais de vinte minutos, mas meu celular começou a vibrar (pela milésima vez e isso estava me dando nos nervos!) e eu cai em mim.  - Obrigada por hoje, Rodrigo. Eu gostei muito. - falei antes de sair. - E desculpa por... você sabe.  - Está tudo bem. - disse segurando meu rosto com uma das mãos. - Também gostei muito. Espero que você não suma.  - Não vou sumir. - falei sorrindo e ele me deu um último beijo. - Boa noite. - abri a porta do carro.  - Boa noite. - ele disse e deu um suspiro, junto com um sorriso.  Acenei pra ele, então ele deu partida e foi embora. Dei uma olhada ao redor e vi uma silhueta bem longe de mim, no final da rua. Era o Leo, provavelmente indo embora da casa da Pri.  O olhei por alguns segundos, mas logo entrei na casa da Elena, encontrando a Gabriela assistindo televisão na sala. Ia passar direto por ela, porém ela disse:  - Não ia ficar pra sempre com o seu Leo?  - Não enche o meu saco, e não se mete na minha vida. - falei sem nem parar de andar e fui para o quarto que eu estava dormindo.  (...) - Por que está me ligando, Leo? - perguntei colocando a mão na testa, e apoiando o cotovelo no braço da poltrona do meu quarto. - Você já não acha que fez o bastante tentando estragar o meu encontro? Fingir que a Priscila tinha desmaiado, Leonardo? Mandar o Daniel e o Tomás lá? Qual é o seu problema?  - Fala pra mim que também estava pensando na gente. - ele disse com a voz mansa ignorando a minha pergunta e eu suspirei. O silêncio em meu quarto e no outro lado da linha estava me deixando ainda mais triste e nostálgica.  - Leo... - nem sabia o que dizer, só não queria que ele voltasse nesse assunto. - Nós já tivemos essa conversa. Vamos ser amigos, não vamos?  - Eu estou tentando ser só seu amigo. Mas eu não consigo mais me segurar como antes de eu ter te beijado. - disse e suspirou.  - Para com isso! - falei, aumentando o tom de voz. - Para de fazer isso, você não tem o direito de fazer isso comigo. - O que?  - Dizer coisas que me fazem querer correr de volta pra você. - murmurei e cerrei os olhos com força, tentando afastar os pensamentos.  - Então volta, princesa...  - Ah, eu não... argh! - não sabia o que dizer. - Você está usando o que eu sinto contra mim. Você sabia disso, né?  - Se você sente alguma coisa por mim, então por que não estamos juntos?  - Você sabe porque não estamos juntos! Sabe muito bem! - ele grunhiu. - Leo, nós precisamos desse tempo. Já te falei isso muitas vezes. Precisamos conhecer outras pessoas, sair com outras pessoas e se, no fim das contas, ainda sentirmos o mesmo um pelo outro, nós iremos voltar, iremos encontrar o caminho de volta.  - Eu não quero te ver saindo com outra pessoa. Com ninguém.  - Por favor, me promete que vai se esforçar para conseguir sermos amigos. - pedi. - Me promete, Leo. E me promete que vai conhecer outras pessoas.  - Mas vai ser difícil as duas coisas. Você é uma distração. Quando você está comigo, só consigo pensar em você.  - Eu vou desligar. - falei um pouco desesperada. - Tchau.  - Não. Espera, espere! Não desligue. - ele disse também um pouco desesperado, pensando que eu ia desligar.  Suspirei e inclinei a cabeça pro lado enquanto perguntava: - Por que?  - Gosto de ouvir o som da sua voz. - respirei fundo e fechei os olhos novamente.  - Apenas me prometa o que eu te pedi, Leo. - falei baixo. - Por favor. Você mesmo disse que não era para nós falarmos disso.  - Eu prometo, Mari. Eu prometo que vou tentar, não prometo que vou conseguir.  - E só pra constar... não será nada fácil te ver com outra garota. Mas pior do que ser qualquer garota, é se for a Gabriela, então... - ele soltou um riso e sabia que estava com um sorriso bobo no rosto agora.  - Nem se preocupe com a Gabriela.  - Vou desligar. - falei. - Boa noite. E eu te perdoo por você ter estragado meu encontro.  - Eu não pedi perdão. E nem me arrependo.  - Fique sabendo que não deu certo.  - Ele... - o Leo respirou fundo, mas prosseguiu: - Ele te beijou?  - Sim, Leo. - fui sincera e só pela sua respiração ter mudado, percebi que ele ficou furioso ou até decepcionado.  - E vocês vão sair de novo?  - Não me pergunte essas coisas...  - Ué, nós somos amigos, não somos? - ele disse mudando totalmente o tom de voz e isso só me fez ficar com mais vontade de vê-lo, de abraçá-lo, de beijá-lo... - Agora sou a mesma que o Lucas, o Daniel e o Tomás pra você. Tem que me contar.  - Ok. - ri. - Não sei se vamos sair de novo, mas acho que sim.  - E ele é legal? - soltei outra risada enquanto balançava a cabeça. Eu não me sentia nem um pouco bem falando isso pra ele.  - Sim. - dei de ombros. - Me beijou depois de eu ter falado que ainda gostava do meu ex. - ele se engasgou.  - Você tá zoando com a minha cara?  - Não, é sério! Fui sincera, né? E ele disse que ia me ajudar a esquecer esse ex. - ele ficou em silêncio. - O que é impossível. - completei e podia jurar que ele revirou os olhos ao soltar um sorriso.  - Boa noite, princesa.  - Boa noite. - falei em um sussurro e finalizei a ligação.  Tá bom, admito que minha mente ficou dividida entre Leonardo e Rodrigo antes de dormir. O Rodrigo era muito diferente do Leonardo. Ele era mais romântico, mais tinha um ar de cafajeste, mas admito que ganhou vários pontos ao querer sair comigo mesmo sabendo que eu ainda gostava de outro. E ele beija muito bem. Muito bem mesmo. Ficava sem fôlego só de lembrar. Mas o dono do melhor beijo sempre será o Leonardo. Claro que eu ainda era apaixonada por ele, nem gostava do Rodrigo ainda, mas eu estava em duvida entre seguir em frente ou ainda ficar meio apegada ao Leo. Estava tipo: meu cérebro mandando eu seguir em frente, mas meu coração gritando pelo nome dele. Mas a questão é... vou pela minha consciência ou pelo meu coração? 

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