Capítulo 2: Irresistível

2176 Words
“Ninguém vê, ninguém sabe Nós somos um segredo, não podemos ser expostos É como isso é, é como isso será Longe dos outros, perto um do outro ” (Descobrir - Zara Larsson) Quando Max saiu do banheiro, a cama estava arrumada e a bandeja se encontrava para o quarto. Ele observou tudo, e notou que Agatha não estava mais ali. Caminhou até o closet e preparação um de seus ternos, vestiu, e desceu para a cozinha. A mesa estava preparada, já que apenas ele comeria. Agatha não estava na cozinha, então Max aplicação que ela estaria lendo algum de seus livros em algum canto da casa, como já ocorrera. Após tomar o café, pegou as chaves do carro e dirigiu rumo a empresa. Quando voltasse, traria flores e pediria desculpas. Durante o caminho ligou para sua secretaria e pedira para que a mesma telefonasse a senhora Kathy Fell e marcasse uma reunião de emergência. Ela ficava arrasada com qualquer discussão com Max. Claro que seu casamento não poderia ser absolutamente perfeito. Ele era obcecado pelo trabalho, e isso, de certo modo, os afastava. Ela ainda lia o livro do dia anterior. Quando ficava sozinha, ou magoada, ia se refugiar no mundo fora da realidade. Era um dos hobbies preferidos de Agatha Rodríguez. Uma forma maravilhosa de esquecer os problemas, e se aprofundar em um local desconhecido. Ela apenas fugiu que o tempo havia passado em sua reservada biblioteca quando da idade o motor do carro de Max sendo ligado e logo ficando mais distante. Ele havia partido. Ela respirou fundo, e voltou ao seu mundo, sem preocupações e sentimentos mesquinhos. O também empresário chegou na empresa e estacionou em sua vaga preferencial. Sem cumprimentar ninguém, caminhou até seu elevador particular, e aguardou os segundos que se passaram olhando para o relógio, como se quisesse acabar com isso o mais rápido possível. Ao adentrar sua sala, Kathy já estava a sua espera, seminua no sofá de couro preto. Max engoliu em seco, e lutou contra todas as suas forças para resistir. Ele respirou fundo, fechando os olhos, e caminhou até sua cadeira. Kathy o observou com os olhos curiosos e se levantou. — Não vai dizer nada? Max sentou-se na cadeira e colocou os cotovelos sobre a mesa, apoiando sua cabeça sobre as mãos. Um homem comum já teria problemas, imagina Max Williams? — Por favor, coloque as roupas, Kathy. Ela o observou, sem entender. Ele respirou fundo, e a encarou com os olhos fervendo, com um misto de raiva e desejo. — Põe a d***a das roupas, Kathy! Ele a queria, mas não podia sucumbir ao desejo. Kathy o encarou surpresa e recolheu suas roupas, vestindo-as. Max respirou fundo e organizou brevemente sua mesa. Ela cruzou os braços, sentando de frente para ele, e o encarou. — Achei que a reunião de emergência seria justamente para compensar a noite chata que deve ter tido com sua esposa. Ele a olhou e cerrou os punhos. Soltou um "mierda" baixo e suspirou profundamente. Ele não poderia ser tão grosseiro, já que Kathy ainda era sua cliente e, o acordo feito, o beneficiaria muito. — Kathy. A partir de hoje, teremos apenas uma relação estritamente profissional. — O quê? Do que você está falando, Max? Deve estar delirando! Kathy se achava superior a qualquer pessoa, e ninguém jamais ousou dizer não. — Desculpe. Estavas bem ciente de que sou casado e que isso jamais iria durar. Apesar de tudo, nenhuma mulher cuidaria da minha casa, ou de mim, como minha esposa. As bochechas de Kathy avermelharam-se e ela se levantou, furiosa. — Você está cometendo um grande erro, senhor Williams. — Não ouse me ameaçar. Ele a olhou friamente, de um jeito que até mesmo o d***o temeria. Kathy se ajoelhou perante Max, trêmula. — Por favor, não faça isso comigo. Nenhum homem me satisfaz como você, Max! Ele a olhou e sorriu. Essa sensação, de ter o domínio sobre uma mulher, lhe dava uma enorme satisfação. Mas ele não poderia voltar atrás. Se recuasse, era capaz de Kathy achar que algo mais sério poderia acontecer. Precisava, de qualquer forma, dar um basta naquilo. Ele se levantou e se ajoelhou em frente a ela, segurando suas mãos. — Gosto de você Kathy, mas isso precisa acabar. Sabe disso. Falou com uma voz mais serena e suave. Ele depositou um beijo em sua testa e se levantou. — Você encontrará um bom amante, sobre isso não tenho dúvidas. Max caminhou de volta para sua cadeira e se sentou, pegando outros papéis. — Agora preciso trabalhar. Nos vemos na próxima semana, para discutir os últimos detalhes sobre seu divórcio. Ela se levantou, e limpou a lágrima que havia escorrido. Jamais se humilhou para qualquer homem, mas isso tinha mudado. Ela respirou fundo, e ergueu a cabeça, como se nada tivesse acontecido. — Até logo, senhor Williams. Quando ela fechou a porta, Max finalmente pôde respirar aliviado. Tinha se livrado dela. Precisava apenas se concentrar em seu trabalho, e em sua esposa. Nada mais seria importante. Seu desejo deveria ficar contido, necessitava que fosse assim, no entanto... De repente o telefone tocou. Era sua secretaria. — Senhor Williams? Tem uma mulher querendo falar com o senhor. — Tem horário marcado? — Não senhor, mas pediu prioridade, pois tem urgência. — Pois que marque o horário. Ele desligou e se voltou para os papéis distribuídos à mesa. Subitamente o som de salto alto, passando sobre o piso vinílico, fora escutado. A cada segundo ficavam mais altos, e Max olhou para a porta esperando quem a abriria. Sua secretaria costumava andar de sapatilhas rasteiras, então, a menos que tenha feito uma escolha inovadora, outra pessoa estava se atrevendo a interrompê-lo. Logo os passos pararam e as duplas portas de madeira rústica foram abertas. A mulher que ousara chegar até ali caminhou vagarosamente até Max. Seus cachos negros combinavam perfeitamente com o terninho azul marinho que trajava, e seus olhos acinzentados escuros tinham uma atmosfera que parecia capturar Max com o mais simples olhar. — Seria uma falta de ética não dar prioridade para uma das melhores advogadas criminalistas do país, senhor Williams. Sua voz tinha um tom que, com a escolha de palavras certas, faria qualquer homem ficar de joelhos. Max sorriu com os lábios juntos e se levantou. — Bianca Castro. É uma honra conhecê-la. Ele já tinha notado-a uma ou duas vezes em revistas, e se encantara, mas vê-la de perto, era completamente diferente. A beleza de Bianca não poderia ser retratada em uma simples página de revista. Max deu a volta em sua mesa para ficar frente a frente com a mulher de curvas belíssimas e segurar-lhe a mão, depositando um beijo nas costas da mesma, sem perder o contato visual. Ela o olhou sabendo que tinha causado a impressão que queria e puxou sua mão delicadamente, sentando-se na cadeira de couro. — Eu sempre quis encontrá-lo, mas não em tais circunstâncias, é claro. Max sentou a olhando, e deixou suas mãos postas sobre a mesa. -— Suponho que tenha vindo tratar do seu divórcio. — Para uma visita cordial é que não foi, senhor Williams. Ele deu um sorriso lascivo. — É claro que não. Max se recostou na cadeira, e deixou o dedo indicador sobre seus lábios, observando a mulher a sua frente. Por mais que tentasse resistir, Bianca era bela demais para não entrar em sua lista de amantes. Tinha um ar de superioridade, um olhar de malícia e um sorriso... ah, um sorriso de tirar o fôlego. — Meu marido me traiu e eu quero arrancar dele tudo que puder. Max sentiu um arrepio congelante percorrer sua espinha. Por um instante, imaginou Agatha no lugar de Bianca, conversando com um advogado especializado em divórcios a fim de tomar tudo que ele possuí. Mas não, Agatha não era esse tipo de mulher. Então, com um sorriso formado no rosto, ele afastou o pensamento e aproximou a cadeira da mesa, diminuindo a distância entre ele e sua cliente. — Você veio ao lugar certo. Não se preocupe, terá tudo que deseja e mais um pouco. Ela o encarava fixamente. Os olhos de Max eram azuis e, exclusivamente, intensos. Nenhuma mulher conseguia evitar de olhar para ele. Seu sorriso torto, e o cabelo perfeitamente arrumado, eram outras características difíceis de passar despercebidas. — Ótimo. Sabia que poderia contar com seus serviços. — É claro, estou aqui para prestar todos os serviços que desejar. A voz sensual dele provocara um certo incômodo em seu íntimo, e Bianca precisou se esforçar para manter a concentração do que fora fazer ali. — Bom, preciso ir, meu maior cliente foi intimado e, no momento, eu não estou nada feliz com a defensoria pública. Entro em contato em breve. Ela se levantou e, antes que pudesse dar o primeiro passo, Max estava já segurando seu braço e a puxando para si. — Eu sempre tive uma certa admiração pelo seu trabalho, mas conhecendo-a, e vendo toda sua dedicação, me deixa ainda mais comovido. Bianca podia sentir o hálito quente de Max pela proximidade. Os dois dividiam as atenções entre o olhar e os lábios. Max deslizou a mão que estava na cintura pelas costas, fazendo a pele de Bianca queimar de excitação. — Seu marido é um t**o. Tendo uma mulher como você, não deveria jamais olhar para nenhuma outra. Max sussurrou em seu ouvido, para em seguida morder-lhe o lóbulo da orelha e o pescoço. Ele não estava nem um pouco preocupado se ela era o tipo de mulher que transaria com seu advogado, apenas a conduzia no seu charme, tentando-a. A maioria, senão todas, que o procuravam estavam tristes e solitárias por causa de seus casamentos fracassados. E Bianca não era tocada pelo marido há algum tempo, talvez isso colaborasse para aumentar a chama ardente que se acendeu com a voz sensual, e as mordidas de Max. Um calor diferente e tentador... — Senhor Williams... Protestou Bianca, segurando-se nos ombros largos e fortes. Max deslizou a mão de volta, dessa vez para abaixo de sua cintura. — Deixe que o desejo tome conta de você, senhora Castro. Max começou a distribuir beijos lentos calorosos pelo pescoço de Bianca, enquanto ela mantinha os olhos fechados, e o corpo arrepiado, deixando o momento a levar. E quando se deu conta, estava gemendo de prazer após um o*****o intenso. Ela estava deitada no enorme sofá de couro da sala de Max, enquanto ele se deitou sobre o chão frio para diminuir o desejo que ainda fervia em suas veias. Max encarava seu teto, pensando. Acabara mais uma vez de falhar veemente. A partir do momento em que Bianca Castro adentrou seu escritório, ele esquecera completamente do que havia prometido para si mesmo. — Preciso ir! Disse ela repentinamente, recolhendo suas roupas espalhadas pelo chão apressada. — Mas já? Max apoiou o corpo nos antebraços e a olhou. — Isso não deveria ter acontecido. Você é casado Max. E eu estou prestes a me divorciar. Max passou a mão sobre o rosto e respirou fundo, levantou e a puxou pelo braço até si. Ela ainda segurava algumas peças de roupa quando ele disse: -— Minha esposa é uma tola, jamais irá descobrir sobre nós. E como disse, está prestes a se divorciar. Não desperdice essa química que temos por causa de pessoas triviais. Ela o encarou e puxou o braço de volta, afastando-se, caminhou até o banheiro e se trancou começando a pôr a roupa. Max pegou sua calça e vestiu. As vezes ele próprio ficava contraditório. O fato era que Max não sabia bem o que fazer. Ele tentava parar, mas quando menos esperava uma nova mulher aparecia. E Bianca Castro era um pedaço de m*l caminho. Uma mulher que sabe fisgar um homem, não só com sua beleza, mas também com sua experiência. Ele jamais pensou que ficaria tão tentado depois de ter prometido, a si mesmo, parar. Normalmente ele esperava mais dois ou três encontros antes de conquistar sua amante. Mas desta vez fora impossível de resistir a beleza de Bianca. Quando ela saiu do banheiro, já vestida e com os cabelos minimamente ajeitados, Max estava prendendo o último botão de sua camisa branca bem passada. — Podemos nos encontrar mais tarde, para discutirmos melhor o que houve aqui? Max pegou seu relógio, um Rolex dourado que ganhara como presente de casamento de sua amada esposa, e olhou às horas, fazendo alguns breves cálculos. - Sim, passo o endereço por mensagem. - Tudo bem. Até logo então, senhor Williams. Ela ajeitou seu paletó e caminhou até a saída. - Até logo, senhora Castro. Max não perdeu a oportunidade de olhar para uma b***a de Bianca, que era bem desenhado pela sua vestimenta. Perfeitamente redonda e grande o suficiente para chamar atenção de qualquer m****o masculino. Max se sentou na cadeira após a saída de Bianca e observou o nada. Parte de sua consciência soa errado, mas sempre que deseja não controlar se isso é errado. E cada vez parecia mais impossível.
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