CAPÍTULO 1

1810 Words
SEBASTIAN Encaro a mulher pelada na minha frente e dou um sorriso p********o, me levantando e a fazendo ficar alucinada, enquanto minhas mãos se enlaçam no r**o dela e apertam a pele branca e suculenta, sinto o peito dela se esfregando no meu e a fadiga constante no meio das minhas pernas. Semana passado uma mulher gritou comigo e disse que eu não tinha um coração, por eu ter a dispensado depois de comer ela no banco de trás do carro. Se eu respondi? Claro. Primeiro, coração só tem uma função: bombear sangue. A mulher sempre vai romantizar tudo, eu entendo, juro que eu realmente entendo, romantizar, no meu ponto de vista, e a busca de motivos para tirar o peso de uma determinada situação, independente ela qual for, isso é um erro do c*****o. Se a coisa é r**m não vai buscar justificativa não, não tem, não existe justificativa para coisa errada. Voltando a mulher que gritou comigo, ela não podia esperar a romantização daquela cena, s**o no carro já é algo (delicioso) errado, mas ela queria que eu a levasse dali, desse um beijinho de boa noite e blá, blá! Elas sempre vão fazer isso, são mulheres, mesmo fazendo algo errado, esperam o bonitinho, fofo e adorável. Por que acha que o números de mulheres se envolvendo com caras errados aumentou? Viram, o problema e romantizar. Algumas romantizam tudo, outras param quando percebem o que estão fazendo. Não confundam ser romântico com romantizar. Romântico e um jeito de ser único. Do começo ao fim. Romantização são desculpas esfarrapadas para fazer o errado. Por que acham que os vilões são sempre queridos? "Ele mata pessoa" "Mas ele sofreu tanto quando criança, tadinho." Então, uma dica, não romantizem p***a nenhuma, por mais leve que sejam, não romantizem aquele s**o no carro, no mato ou até na p**a que pariu! Parem. Você pode, ao invés de ser o romantizador, virar uma pessoa romântica, ser uma, se tornar uma. Mas, prepare-se. Ser romântico e enfrentar o vale das sombras todos os dias, e descobrir uma Eva em cada pessoa, ou Adão. E achar um Judas e ser traído. E achar uma roupa bacana que encolhe na máquina de lavar. E como ficar gripado em um dia de sol. Como levar guarda-chuva e não chover. Como pensar que vai bem, mas vai m*l. E como pular de um prédio e pensar que o paraquedas vai abrir, mas não abre. E pensar que a grama do vizinho não vai estar maior que a sua. Acho que deu pra entender o que está por vir quando uma pessoa é romântica ou quer ser. E como você sabe, Sebastian? Eu fui romântico. Ah, para de graça, você está trepando com uma mulher ai agora, dispensou uma depois de comer ela no carro. Duvido você ter sido romântico cara, impossível. Acreditem, eu fui. E por malditas quatro vezes eu me entreguei, porque o filho da p**a romântico não basta só fazer as coisas bonitas e corretas não, tem que se entregar todo. Se entregar todo não é errado, mas depois de fazer isso quatro vezes com a esperança de dar certo e não dá, você fica desacreditado, iludido, sem esperança, parecendo aquele tio quenga no almoço de domingo. E isso piora quando por quatro vezes você é traído e pensa se está vivendo ou só levando chifre, aquele momento se você não sabe se pega os berrantes e toca ou montar uma loja de berrantes. Ser traído é h******l. Um fodido caos do c*****o. Bem, entretanto, chega desse papo de ser romântico ou de traição. E sobre eu não ter coração, eu tenho, mas se as mulheres querem a parte romantizada do meu coração, se ajoelho e abre a boca. Porque um homem só vai gostar de você da forma romantizada que você quer se você der para ele, se o p*u dele levanta por você, você tem chance. Ah, mas ele me ligou e eu não dei para ele ainda. Lamento mulheres, mas há um motivo por ele ter ligado. Vemos potencial em cada oportunidade. Ser a oportunidade de alguém pode ser uma delícia. - De joelhos – Fico parado e ela me olha surpresa, ajeitando o cabelo n***o e se abaixando, ficando de joelhos na minha frente. - Me chupa – Ela não demonstra reação, apenas faz, enquanto eu jogo a cabeça para trás e sinto a boca no meu p*u e nas minhas bolas e as mãos nas minhas coxas e a língua quente dela. Encaro ela. Mexo minhas mãos e enfiou entre os cabelos dela, puxando com força e fazendo ela me engolir até que seus olhos se mostrem agoniados e expressivo o suficiente, solto uma risada alta e abafada. Eu gosto que me chupem, me relaxa. Isso e o carinho mais sutil entre pessoas. Mas tem que ser inovador, não basta apenas c****r, tem que saber c****r. E, em hipótese alguma, não tenha medo de engolir. Independente do tamanho. Pode engasgar, vai fundo. Queremos ver o limite. A mulher na minha frente não está engolindo como se deve, ela deve estar cansada, deve ser isso, ela enfia metade na boca e depois desliza a língua. Ela não vai até o fim. - Sua boca e boa – Eu a afasto de mim. - Pode parar, meu amor – Eu me afasto e coloco o p*u dentro do short e me jogo na cama alucinado. - Foi muito bom isso gatinha, mas é hora de dizer adeus de mim e do meu p*u, ele agradece e pede desculpa por não te convidar para mais um chá – Eu encaro ela se vestindo e sorrindo satisfeita. Ela não vai tentar romantizar o que tivemos. Mulheres assim são boas, eficientes. Como aqueles clipes para papel, que quando menos se espera, usamos. Me inclino e pego a ponta do cigarro ao lado da cama, vendo ele minimamente pequeno e no fim. - Quer mais? - Ofereço. - Essa é da boa, amor – Reflito minha conduta. Não usem maconha. Já ouviram aquele ditado? Escute o que eu falo e não faça o que faço? Então. Vai ter um bando de moralista dizendo: Sebastian fuma maconha? Vão tudo pro inferno e se forem deixa um lugar pra mim. Acendo e vou tragando fundo segurando a fumaça. – Posso pegar isso? – Ela aponta para a garrafa quase cheia e eu balanço a cabeça. - Foi um dia e tanto. – Sua b****a que o diga – Me levanto e puxo as notas e entrego para ela e ela dá um sorriso e se mexe procurando as coisas. Ela não é uma p********a, antes que vocês tomem esse pensamento pelas notas que dei a ela. E ela aceitar o meu dinheiro não torna ela uma p********a. Eu vejo como um presente, uma valorização da noite e o resto do dia que ela passou, que ela se deu pra mim, trepando comigo e me fazendo bem. Uma relação pode acabar no momento que você dá algo em troca de outra coisa, s****l ou não, de porque você quer dar, se isso for verdadeiro te retorno. Trago a ponta da bituca de maconha enrolada na seda mais uma vez e relaxo, me desfazendo dela quando não dá mais para tragar. Ela coloca o sobretudo por cima dos ombros, pegando a bolsa, eu me mexo eu a acompanho até a sala. – Foi bom cara, foi intenso – Eu me aproximo dela e ela fica parada, enquanto minha mão segura o rosto dela e encara as bochechas coradas e vermelhas pelo esforço. - O que foi,mudou de ideia? - Eu fodi demais! - Falo. - Tá chapado – Ela ri alto e se inclina, eu me afasto da boca dela e dou um olhar duro. - Não tente isso – Me inclino um pouco sobre ela e sinto o cheiro, que não está só nela, mas em mim, em todo o quarto misturado com o cheiro de bebida e agora do recém cigarro de maconha fumando. - Você está cheirando a s**o – Eu desço a boca para o pescoço dela e quando abro a boca para morder o latido fino me tira a atenção. – Sua cachorra. – A Xoxota tem ciúme de outras – Olhei para a bola de pelos marrom parada na porta e entendo o motivo quando ela mostra a bolinha entre os dentes. – Ela se chama Xoxota? - E melhor que b****a, né filha? - Você é maluco! Me afasto e caminho para a porta, abrindo e deixando a mulher passar, ela apenas vai, sem olhar para trás ou nada, sem compromisso com nada, mas eu acompanho ela, quando a porta do elevador se abre eu vejo a figura conhecida que passa por ela. - Era por isso que não atendia minhas ligações? - O menino e ousado e direto. - Calvin, meu caro e adorável primo, se você fosse uma mulher como aquela – Suspiro e entro no apartamento. - Você não iria querer atender celular. - Pelo menos era solteira – Me jogo no sofá e ele caminha entre a minha bagunça. - Adoro seu humor – Debocho. - Esse lugar está parecendo um chiqueiro, daqui a pouco os seus vizinhos vão começar a colocar restos de comida pra você comer, tomar cuidado Sebastian – Ele para na minha frente, me encarando – Que cheiro é esse? - Que cheiro? – Eu fico calado encarando o moleque na minha frente, embora saiba que somos apenas quatro anos de diferença. - E um óleo corporal que ela me indicou, achei forte. Ele se senta na poltrona. - Vou fingir que não é maconha – Eu dou um sorriso. - Você está no poço. - Quem tá no inferno senta no colo do capeta, quem tá na fossa abraça a bosta, simples – Solto uma risada. - São quase dez da noite, o que traz você aqui? Jantar só se for lanche ou pizza, japonês? - Você esqueceu, não é? - Noto a voz de chateação. Eu pulo do sofá e encaro Calvin. - Ei, claro que não – Puxo das memórias o que eu devia lembrar. - Por quê você acha que eu mandei aquela mulher pra casa? - Ganho tempo, mas a p***a não vem na minha cabeça, sem saber se marquei algo com ele. - Acha que eu esqueceria algo assim? Que marcamos pra fazer junto? Você sabe que não primo, eu nunca esqueceria algo pra fazer com a minha família– Eu fico parado. Sexo atrapalha na memória. O sangue acaba descendo todo e ai o cérebro fica sem, isso deve ser estudado pela ciência mais a fundo. - Se veste, temos que chegar às onze – Ele balança a cabeça e se mexe. - Xoxota não merece um dono como você. Bem, certamente não. Mas ela nunca reclamou de mim.
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