ISABEL NARRANDO
Entrei no quarto com as mãos trêmulas, o coração batendo tão forte que parecia que ia rasgar meu peito. Comecei a jogar as roupas dentro da mala sem pensar muito. Nem dobrei, nem escolhi. Só enfiei tudo que via pela frente, como se empurrando o tecido pudesse empurrar pra longe o medo que estava me consumindo.
Nunca vi o Marcos daquele jeito. Nem quando ele voltou com o rosto sangrando da guerra contra o antigo Tenente, nem quando perdeu gente da própria equipe… nem quando o Vinícius foi preso pela primeira vez. Mas hoje… hoje os olhos dele estavam vazios. Assustados. Como se algo dentro dele tivesse morrido.
Fechei a mala com força e sentei na cama, segurando o celular ainda aberto na ligação não atendida da Allana. Eu liguei de novo. De novo. E de novo. E cada vez que
