Pesadelo Narrando
Tava tudo meio embaçado. O corpo doía, a cabeça pesava, e a bebida ainda queimava na barriga. Mas o que me incomodava de verdade não era nada disso. Era ela.
Allana.
Ficou parada na porta, me olhando como se não soubesse se entrava ou fugia. Como se eu fosse um bicho prestes a atacar. Mas eu estava mole. Mais do que devia. Vulnerável demais pro meu gosto.
E ela ali. Com aquele olhar. Com aquele jeito calmo, cuidadoso, como se fosse feita de silêncio. Quando ela veio me ajudar, deixei. Não porque precisava. Mas porque... sei lá. Porque queria ver até onde ela ia. Porque queria sentir. Sentir alguma coisa que não fosse raiva, peso, ou insegurança.
O toque dela era leve. A toalha quente nas costas. O cheiro dela se misturando ao vapor. Aquilo me desarmou num grau que e
