Em uma casa grande nos arredores do Morumbi, um bairro nobre, Nani, com seus 36 anos, iniciava sua rotina antes do sol sequer pensar em raiar. Às cinco da manhã, o alarme de seu celular a arrancava do sono, e rapidamente se preparava para mais um dia de trabalho. Naquela casa, ela era a responsável por manter tudo em ordem: da limpeza impecável dos cômodos ao preparo das refeições para a família, ganhavam dois mil e quinhentos reais e ainda dormia no emprego, quase sempre. Seu dia começava na cozinha, onde preparava o café da manhã para os patrões e seus dois filhos já adultos. Enquanto o aroma do café fresco se espalhava pela casa, Nani já organizava o almoço que era elaborado por uma nutricionista, pensando em cada detalhe para agradar o paladar exigente da família, ela ia as compras t

