Atenção: Essa é a continuação do livrö: Uma noiva para o capo. Você não precisa ter lido o primeiro livrö para entender esse, mas se tiver interesse em ler, o mesmo está disponível na plataforma.
Gostaria de pedir também que já adicione esse livrö na sua biblioteca e siga a autora. Um grande abraço e aproveite a leitura.
Capítulo I
_ Só me mostra quem foi? – Beatriz exige a prima mais nova, possuída de raiva.
_ O de camisa branca – Aurora responde constrangida – Por favor, não faz nada, só vamos embora...
_ Fica aqui – Beatriz se solta da prima que insistia em segurá-la e caminha até o aglomerados de garotos em volta de um carro esportivo de luxo.
Era noite e como sempre naquele horário, o pátio da faculdade estava cheio de garotos idiotas exibindo seus carros, bebendo, contando lorotas e paquerando garotas.
_ Então é você o babac@ que saiu com a minha prima e depois espalhou pra todo mundo? – Ela encara o grupo de cinco rapazes altos e fortes, sem se deixar intimidar.
_ Está falando comigo? – O rapaz de camiseta branca e calça jeans pergunta voltando sua atenção pra ela.
O descaso com que ele olhou pra ela e fez a pergunta terminou de enfurece-la. Beatriz se considerava uma mulher calma, educada e realmente gentil, mas com aquele tipo de pessoa ela não tinha qualquer tolerância.
Pegando o copo de cerveja do rapaz que bebia ao seu lado, ela o secou na cara do rapaz, lhe dando um belo banho.
_ O que você acha seu o****o? Acha que porque tem um rostinho bonito pode fazer o que quer com quem quiser? Eu vou acabar com a sua vida. Vou te processar...
_ Bia – Aurora a puxou desesperada – Não é ele.
_ Como assim? – Beatriz olhou para a prima horrorizada.
_ É aquele lá – Aurora apontou para um segundo grupo mais afastado, que de longe olhavam pra elas e riam.
_ Droga! – Ela fez uma careta sem saber onde se enfiar – Você deveria ter sido mais clara – Repreendeu a prima e olhou para o rapaz molhado de cerveja, que tirando a camisa, enxugava o rosto.
_ Qual o problema das americanas? – Ethan pergunta jogando sua camisa em Vicenzo que não parava de rir.
_ Relaxa cara, a garota se confundiu.
_ Eu sinto muito. Eu... nossa... me desculpa.
_ Não – Ethan responde após vestir a camiseta preta que Nícolas joga pra ele.
_ Tá. É compreensível. Mesmo assim, se eu puder fazer algo para me retratar – Beatriz fala sem saber como consertar seu erro.
_ Me diz quem foi o babaca que me fez tomar esse banho.
_ Oi? – Beatriz levou alguns segundos para entender, enquanto Ethan olhou para o grupinho que se divertia mais à frente.
_ Não se preocupe, eu resolvo isso – Bia seguiu atrás de Ethan sentindo a situação ficar fora de controle.
_ Quem foi o babac@ que me fez ganhar um banho de cerveja? – Ethan perguntou entrando na rodinha dos garotos que ainda sorriam.
_ Não sei do que está falando amigo – O rapaz de camisa branca, no centro da patota respondeu com descaso – Passa reto se não quiser confusão.
_ Foi ele – Aurora garantiu e o punho de Ethan desceu na cara do rapaz sem enrolação.
_ Você é louco, i*****l? – A pergunta foi silenciada por outro soco, seguido de outro e outro.
Quando os outros rapazes que viam o amigo apanhar decidiram reagir, foram prontamente bloqueados pelos primos de Ethan. As garotas que estavam ali saíram correndo, gritando por ajuda, enquanto Ethan e seus primos espancavam o grupo.
Ethan quebrou o nariz e dois dentes do rapaz e só não bateu mais, porque o cara desmaiou.
_ Que sujeitinhos frouxos! – Ethan falou decepcionado.
_ Eu te falei porrä! Os caras aqui não aguentam pressão – Debochou Vicenzo jogando o cara que estava batendo no chão – Não dá nem para se divertir.
O barulho da sirene da polícia soou não muito longe.
_ Drog@! Vamos ter que sair daqui – Diz Ângelo, o mais novo dos rapazes.
_ Você vem comigo – Ethan puxa Beatriz pelo braço em direção a uma moto que ela não tinha visto ali. Ele entrega o capacete a ela.
_ Não. Eu estou com minha prima.
_ Eu vou no carro – Aurora acena entrando no carro com Nico.
_ Minha nossa! Como ela pode entrar no carro de pessoas desconhecidas? – Beatriz se vê boquiaberta.
_ Vamos – Ethan acelera a moto e Bia se vê obrigada a ir com ele, pois não tinha a menor ideia de para onde a prima tinha sido levada.
Aquilo era loucura demais para a cabeça dela. Beatriz não era velha, tinha acabado de se formar em moda, mas mesmo quando adolescente, ela nunca saiu com um rapaz que não conhecesse muito bem a sua procedência e família.
Ignorando todos os seus princípios de segurança, ela colocou o capacete e sentou na garupa da moto do rapaz, que derrapou acelerando os pneus, fugindo do lugar antes que a polícia os alcançassem.
Bia grudou no abdome firme do rapaz, temendo levar uma queda. Os dois praticamente atravessaram Manhattan, estacionando em frente a uma boate escondida em uma ruela estreita, onde nunca estivera antes.
Ethan a ajudou a tirar o capacete e a segurando pela mão, como se fosse sua acompanhante, a conduziu para dentro da balada.
A cabeça dela já tinha girado várias vezes, sem conseguir acreditar que era com ela que toda aquela loucura estava acontecendo. Ela não era o tipo de garota que curtia agitação. Sua vida eram os estudos e coisas sensatas.
O barulho do ambiente fechado terminou de bagunçar com sua cabeça já desnorteada e segurando firme a mão de Ethan, ela apenas se deixou conduzir. Os dois pararam perto do bar, onde o barulho era um pouco menor.
_ O que você bebe? – Ethan perguntou com a boca bem próxima ao ouvido dela.
_ Eu não bebo – Ela disse sem graça.
_ Uma água com limão?
_ Pode ser. Você sabe onde está minha prima? – Ele se inclinou na direção dela, para ouvir a pergunta, em seguida voltou a aproximar sua boca do ouvido dela.
_ Nico está dançando com ela – Disse olhando na direção da pista de dança.
_ Você dança? – Ele perguntou.
_ Não – Ela negou sorrindo. Vicenzo estava bebendo e conversando com uma morena, enquanto Luca e Ângelo se moviam para a área VIP do lugar.
_ Eu não sou esse tipo de garota, sabe?
_ Que tipo de garota? – Ethan tentou entender.
_ Descolada, que curte esses ambientes.
_ Quer ir para outro lugar?
_ Não – Ela sorriu sem encontrar lugar com a forma gentil que ele a conduzia.
_ Lá em cima está mais calmo – Ele apontou para a área VIP.
_ Não. Já está ficando tarde. Eu preciso ir embora.
_ E vai me deixar sozinho? – Desta vez a boca dele se aproximou mais do ouvido dela, fazendo um calafrio subir por entre suas pernas. Estranhando a sensação, Bia deu um passo para trás, tentando oxigenar o cérebro, mas foi bloqueada pelo braço dele em sua cintura. Ela ergueu a cabeça para olhar pra ele e suas bocas se encontraram em um beijo que ela desejou secretamente, mas que não esperava.
A sensação foi incomparável. Não sabia se era a loucura do lugar, a música ou a boca gostosa e quente que ele tinha, mas ela perdeu por completo o restante de juízo que tinha lhe sobrado e mergulhou naquele beijo insano.