Angeline Müller (Angel) Acordo com um pulo, o coração disparado. — Droga! Olho o relógio. Já passou do horário. Me atrasei! Me levanto num salto, corro pro banheiro, faço minha higiene na velocidade da luz, coloco a primeira roupa decente que encontro, pego os cadernos, a bolsa, o celular... e saio voando pro ponto de ônibus. E, claro, como num castigo cósmico... o ônibus já passou. Fico ali, bufando de raiva. — Sério, universo? Pego o celular e chamo um táxi com a mesma ansiedade de quem implora por milagre. Leva alguns minutos, mas parece uma eternidade. Quando o carro chega, quase arranco a porta ao entrar. — Universidade de Chicago, por favor. Rápido. Chego em frente à faculdade cinco minutos atrasada. Pago e salto do carro como se estivesse fugindo de um incêndio. Corro pelos

