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Doze chamadas

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Blurb

Katrina Mischievous era uma jovem garota diagnosticada com câncer aos 11 anos de idade, ela passou sua vida em um hospital onde

assistiu pessoas irem e virem, porém seu caminho se cruza com o de Matthew Edmund um garoto que costumava representar o sinônimo de felicidade mas após presenciar tragédias teve sua alegria contagiante desbotada.

Era simples, umas situação de ganhar ou perder, eles poderiam reencontrar a luz que um dia tiveram dentro de si ou se destruir por completo.

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Matthew P.O.V. A chuva atacava o teto do meu carro enquanto meus pensamentos fluíam, em mais ou menos um ano, eu terminei com minha namorada, fiz três novas amigas, vi minha ex ser morta e meu amigo ser sequestrado, a cada dia Cassie mandava no grupo supostas teorias de onde teriam levado ele, mas se pararmos para pensar com senso, nada daquilo fazia realmente sentido, a garota estava pirando e nós cada dia mais preocupados, Yane e Leticia concordaram em voltar pro Brasil por causa do clima e aliás, Leticia recebeu uma proposta para ser modelo e mesmo que Tay e Cam tivessem implorado pra elas ficarem, elas não poderiam. Enquanto eu dirigia vi que tinham interditado a avenida que eu usava parar ir para casa. Bati no volante nervoso, não sei se agradecia ou pirava, ultimamente os meninos tem se distanciado, minha casa vivia vazia e fria mas eu só queria descansar. Vi um hospital próximo para me abrigar até a chuva passar. Entrei na lanchonete e quando eu ia pegar a unica mesa disponível uma garota chegou na mesma hora, ela tinha um tamanho médio, cabelo loiro e olhos claros, parecia muito saudável para estar em um hospital. -Tudo bem, pode sentar. -ela disse e riu. -Claro que não, eu posso esperar juro. -Ahh, podemos sentar juntos, se você não se importar, claro. -Não me importo não. -falei me sentando. -Então qual o seu nome? -Katrina e o seu? -Matthew -sorri. E então uma garçonete surgiu do nada perguntando o nosso pedido me dando um susto e fazendo Katrina rir, a risada dela era contagiante e me fez rir também e rimos por uns cinco minutos. -E então? -a garçonete falou impaciente. -Ah, eu quero um refrigerante de cola, batata frita e o especial do dia. -O de sempre por favor Lena. -ela disse e fiquei curioso tentando descobrir sobre qual seria o “de sempre” dela. As pessoas passavam e a cumprimentavam, pelo jeito ela realmente era uma garota simpática porque todos gostavam dela, quando “o de sempre” dela chegou era um croissant e um chá, me senti até um pouco constrangido por ela ser tão, clássica e completamente encantadora. […] Katrina Mischievous, ou melhor Kat é do Canadá, 17 anos, tem pais rígidos e um irmão pequeno chamado Nick, que é a ovelha n***a da família, o garoto pelo jeito odeia escola, dorme o dia inteiro e ouve som alto o tempo todo, a cria é basicamente uma versão minha na infância. A chuva já havia parado a tempos mas eu preferia ficar lá no saguão conversando com ela do que me sentir sozinho em casa, eu sabia que alguma hora eu teria que ir embora e pra falar a verdade aquilo me amedrontava um pouco. -Kat, er.. será que eu posso ter seu número? -Claro que sim. -ela pegou meu celular e colocou seu número depois segurou meu rosto e beijou minha bochecha tirando uma foto o que me pegou de surpresa e fez nós dois corarmos. -Oi Kat. -uma garota passou por nós, ela era completamente diferente da Katrina, usava uma maquiagem escura, botas cano alto, saia de couro e uma blusa preta. -Mari. -Ela puxou a garota pra um abraço. -Ih alá, não é aquele guri do vine do dinossauro? -p***a. -sussurrei. -Vine? Você faz vines? -Mais ou menos. -Claro que ele faz ele tem uma turnê aquela.... não lembro. -Mystic-log -Tanto faz. -Jura? -É.. -respondi. -Que legal, nunca parei pra pensar mas você é divertido e engraçado a personalidade perfeita pra um viner. -Obrigado. -falei tentando segurar o sorriso. -Você deveria saber, ele é amigo daquela escritora lá que você gosta. -YANE? -Você gosta dos livros da Yane? -Nossa, muito, meus pais acham que é perda de tempo ler livros por diversão e que eu deveria estudar mas eu não penso assim. -Blá blá blá, seus pais são ridículos Katrina. -São meus pais. -Não quer dizer que podem mandar em você pro resto da sua vida. -Mari, as vezes eu acho que você deveria pensar antes de falar. -Não importa o quanto eu pense gata sempre vou falar a verdade, é por isso que somos amigas. -Sei. -Bem, eu vou indo. -Muito prazer dinoboy. -Me lembre de matar a Cassandra. -Vou lembrar. -ela piscou e seguiu pelo corredor. -Eu esqueci de te perguntar, por que você tá no hospital? -Ah Matthew, com todo o respeito, é um assunto delicado. -Tudo bem, desculpa. -Tudo bem. -ela sorriu mas seus olhos já estavam caindo, dava para perceber que estava com sono. -Então eu tenho que ir também -Certo. -É. -Tchau então. -Tchau. -fui dar um beijo em sua bochecha e ela fez o mesmo o que nos confundiu e acabamos dando um selinho ela deu um passo pra trás e colocou a mão na boca. -Tenho que ir. -ela falou. -Tudo bem eu… te ligo. -tentei falar mas ela já havia desaparecido. Kat P.O.V. Cheguei no quarto e fechei a porta com delicadeza, a luz estava apagada então fiquei com medo de acordar Mari, mas ouvi uma voz que me fez pular de susto. -Como foi seu encontro. -Mari disse. -Ai menina do céu, você tem essa mania de deixar a luz desligada. -falei acendendo-a. -A escuridão me fez emo gótica -ela brincou. -Aliás não foi um encontro. -Foi sim. -Não foi não, foi uma pequena conversa. -Você disse que ia comer e ficou 4 horas lá embaixo Katrina. -Tudo bem, talvez uma conversa de duração média. -Você tava ofegante quando chegou, ele te beijou na porta do quarto é? Deveria ter convidado ele pra entrar, não ligo pra alguns gemidos. -Nossa como você é engraçada, ele me beijou, mas foi sem querer e foi lá embaixo. E você sabe Mari, só depois do casamento. -E porque você tá tão ofegante assim garota? Você deveria parar com isso, tu é a única garota de 17 anos no mundo que nunca transou. Não, por favor não diga que você… -Sim eu sai correndo. -falei a interrompendo. -Droga Kat, você tem merda na cabeça. -Eu sei tá, eu sei -falei me jogando e cobrindo meu rosto com travesseiro. -Só não morre. -Ridícula. -meu celular começou a vibrar, era ele. “Oi, será que poderíamos nos encontrar? Sei lá amanhã vai ter uma festa que eu vou com os meus amigos” -Ele quer que eu vá em uma festa, com os amigos dele. -Ah, é o pessoal da mestic. -Mystic. -Você me entendeu. Enfim você vai né? -Eu? Por que eu? -Porque ele convidou você desgraça. -Eu não posso ir, deve ter bebidas, drogas e erotização, lembra da última vez? -Sim. -ela riu. -você deu o maior tapa na cara do garoto que te chamou de gostosa. -Não é engraçado. -É sim. -Você vai. -Você também. -Ta bom, não ia fazer nada mesmo. “Me manda o endereço e o horário, a Mari pode ir?” “Claro, passo ai as 22:00” -Mariana ele quer passar aqui as 22:00. -Idai. -Isso é muito tarde. -Ai fica quieta menina, vai dormir, amanhã a gente pega a autorização. Nem respondi só deitei na cama e fiquei pensando no beijo, eu nem acredito que eu fiz aquilo, só de pensar em sair pra uma festa eu já comecei a tremer e ainda mais com aquele garoto que eu tinha a certeza que ia bagunçar a minha vida.

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