Entre as trevas

Capítulo 4 – A Tempestade dos Umbros

O céu escureceu antes do pôr do sol. Nuvens densas, de um cinza quase púrpura, começaram a se formar sobre a floresta dos Errantes, como se a própria atmosfera sentisse o movimento de ruptura que Lisa provocara. Os Vampiros não ficaram parados.

De dentro das sombras mais antigas, Nyx emergiu. Com ele, vieram os Silenciosos, figuras encapuzadas, feitas de escuridão condensada, que se moviam como fumaça inteligente. Eles não atacavam ainda. Observavam. Julgavam. E esperavam.

Nyx com a voz cortante: Ela traiu o equilíbrio. Recusou sua função. O que acontece quando uma ponte decide não se apoiar em nada?

Fleys disse calmo, mas firme: Não é traição... é liberdade. As pontes não são feitas só para unir o que já existe. Lisa constrói caminhos para o que ainda não nasceu.

Lisa: Eu não sou arma de guerra, nem profecia viva. Sou escolha. E escolho não repetir os erros de vocês.

Nyx avançou com fúria contida. A clareira ficou silenciosa, esperando o primeiro golpe. Mas então, do solo, o Olho de Equino brilhou com intensidade. A luz prateada se ergueu como muralha viva, separando os vampiros dos Errantes. Não como barreira de guerra, mas como limite imposto pela própria natureza.

🧛🏻‍♀️ Os Vampiros recuaram. Nyx deixou uma advertência:

“A guerra virá, Lisa. Por tua causa ou por tua ausência. E quando vier... o terceiro caminho não terá onde se esconder.”

Ao desaparecerem, a clareira respirou aliviada. Mas a tensão permanecia. Os Vampiros não desistiriam. E Lisa teria de se preparar, não apenas para se defender, mas para provar que um novo mundo era possível.

Lys entregou-lhe um artefato: um espelho quebrado, onde cada fragmento refletia uma versão diferente dela mesma.

Lys: Você já enfrentou os outros. Agora precisa enfrentar... todas as Lisa que tentou esconder.

🕯️A próxima fase de sua jornada não seria apenas externa. Seria íntima, profunda e talvez mais desafiadora que qualquer batalha.