Descobertos?

1273 Words
Nós tínhamos alugado alguns apartamentos no mesmo prédio para termos privacidade e ainda estarmos perto, para as reuniões de planejamento da nossa missão. A nossa moradia temporária ficava bem perto da Basílica de Santa Clara, o prédio se chamava St. Anthony's Guest, e conseguimos alugar os 7 apartamentos que tinham ali. Paramos os carros na garagem e o Tom já nos esperava com o Jon na van, que nos escoltou durante todo o evento. - Recebemos uma mensagem. - Olhei para o Ricardo e quase pude ver as engrenagens do cérebro dele se moverem. - A Julie nos delatou e eles já nos acharam? - Perguntei. - A mensagem está codificada, então vou levar um tempo. - O Jon avisou. - Quanto tempo? - Ele olhou na tela do computador. - Algumas horas. - Não poderíamos fazer nada até sabermos o que continha a mensagem. - Nossa localização não foi descoberta, mas é uma questão de alguns dias, vou ativar todas as barreiras de segurança. - Avisem o Cobra, quero o dobro de homens em todas as entradas. - O Ricardo falou, no tom do Chefe. Subimos e fomos direto ao apartamento que usamos para planejar tudo. Os nossos companheiros nos esperavam ansiosos. - Vocês gravaram tudo? - Perguntei antes de passar pela porta. - Sim, áudio e vídeo. - O Piranh4 falou. Enquanto o Tom nos monitorava ao vivo nós estávamos equipados com câmeras e microfones, para podermos analisar os possíveis pontos fracos deles. Aquele evento foi importante, para conhecermos o terreno e identificarmos onde a Julie estava. Agora que sabíamos, a nossa missão poderia ser muito mais curta do que eu imaginava, e em breve poderíamos voltar para casa. - Eu vou organizar tudo e nos reunimos aqui pela manhã, é o tempo do Tom conseguir traduzir a porr4 da mensagem. - O Cobra falou. A Rita ao seu lado assentiu. Eu fiquei grata por isso. Eu acho que bebi vinho demais e precisava urgente de um banho e uma boa noite de sono. Subimos no elevador antigo em silêncio, o Dego estava com uma expressão diferente. A Malu matinha a mão no seu ombro cuidadosamente. - Você ficou abalado! - O Ricardo afirmou, enquanto o elevador passava do segundo para o terceiro andar. - Cara, eu quero muito acabar com ela… - Ele respondeu nitidamente em conflito. - Mas ela é sua irmã. Eu sei, eu sabia que você ia se sentir assim. - O Dego interrompeu. - Se você falar que me avisou, vou te dar um soco. - O Ricardo fechou a boca, demonstrando que era exatamente isso que ele ia falar. - Sabe que se quiser ir embora… - O Dego negou com a cabeça. - Aquela mulher não é a Julie que eu conheço. Que trai os seus, que mente e mata… Ela deixou de ser a minha irmã faz tempo, eu que preciso aceitar isso. Descemos do elevador em silêncio. Nós já tínhamos discutido sobre a participação do Dego um milhão de vezes, com receio que ele não pudesse lidar com aquilo, e surpreendentemente ele nos prometeu que caso não conseguisse, ele iria embora. Um Truck dificilmente admite as suas fraquezas, e ele ter feito isso foi o que nos deu confiança para aceitar a presença dele naquela missão, ao invés de ficar sob os cuidados da Jay em Nova York. Entrei no quarto e joguei os sapatos em um canto. Senti o calor do corpo do Ricardo no meu, enquanto ele me abraçava. - Você está exuberante essa noite, minha rainha! - Ele falou no meu ouvido, afastando o cabelo do meu pescoço. - Muitas mulheres correram riscos sérios de vida essa noite, inclusive a minha tia. - Ele deu uma risada poderosa contra a minha pele. - Você sempre me intriga… Meu amor, eu só tenho olhos para você. - Olhei para ele, virando o corpo, para poder sentir o calor dele em mim. - Eu não sei explicar o motivo do meu ciúme repentino. Talvez seja o sangue quente das pessoas daqui. Mulheres Calientes e fogosas para todos os lados. - Respondi sorrindo. - Você misturou um monte de línguas rainha. - Ele me deu um beijo leve nos lábios. - A única língua que realmente me interessa é a sua. - Apoiei a perna em cima da cama, puxei a adaga e depois imitei o movimento, tirando a arma da outra perna. - Tão violenta… - Tem alguma coisa muito errada com você. - Ele me empurrou na cama e deitou em cima de mim. - Tem mesmo. Só de imaginar você agredindo alguém eu fico de p4u duro. Quando usa lâminas… Eu fico enlouquecido… É quase uma necessidade física entrar em você. - Eu quase não conseguia respirar. Eu senti o volume dele duro contra o meu baixo ventre e ele forçou o quadril contra mim me tirando um gemid0. - Essa noite, durante toda a missão, eu quis pular em cima de você. - Provoquei. - Armada! - Ele passou os dentes levemente no meu pescoço e eu estremeci. - Coloque as armas de volta. - Ele levantou, para me dar espaço, fiquei observando e percebi que ele falava sério. Levantei, conferi e a pistola estava travada, prendi no coldre da perna e depois peguei a adaga, prendendo na outra perna. - Agora sim Rainha, tire todo o resto, que vou te f0der vestindo apenas isso. Cada vez que ele me tocava parecia a primeira vez. A nossa relação começou explosiva, descontrolada e regada a sex0. Ele invadiu a minha casa, com uma garrafa de vinho e nos primeiros minutos eu acabei nua em cima do balcão da cozinha. Depois disso, o meu corpo passou a latejar com a simples menção do nome dele. Ele tinha uma forma de falar, autoritário que me atingia no meio das pernas sempre. Ele era sedutor de uma forma não convencional, imagino que isso tenha ligação com o espaço que ele me abriu para que eu descobrisse quem eu realmente sou. Ele não se opôs quando eu quis aprender a me defender, me acolheu quando eu matei pela primeira vez e depois me incentivou a buscar a vingança para estancar a ferida que latejava com a morte dos meus. Ele não me pressionou a assumir o meu lugar de direito na máfia, bem como não foi resistente quando eu o fiz. Depois dividiu a cadeira comigo, acatando mais um pedido. Eu o amava profundamente, por tudo o que ele se tornou nos últimos meses, mas eu também o amava por ele não só me permitir mas também me incentivar a descobrir quem eu realmente era. A Rainha da Máfia, sanguinária e cru3l. E isso não diminuía o que ele sentia, muito pelo contrário, esse meu lado sombrio parecia despertar uma face dele amorosa e quente, que provocava vontades incontroláveis de me fazer sentir pelo meu corpo inteiro o amor que ele sentia. Ele me amava. Eu podia ver, era um sentimento quase palpável, e cada vez que ele me dominava, me fazendo enlouquecer na boca dele, eu o amava mais. Eu me sentia viva… Ele se tornou uma necessidade quase vital para mim. Então, quando a ordem veio, de me despir, eu imediatamente me coloquei ao seu comando. Virei de costas e ele desceu o zíper do vestido com calma enquanto eu tremia de ansiedade com o calor da mão dele pelo tecido. Eu vestia apenas uma pequena calcinha por baixo, além dos suportes das armas. Ainda de costas desci o vestido, me empinando inteira para ele ao tirar. - Rainha… - Ele estendeu a palavra, cheio de promessas e tentação na voz.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD