Subi as escadas devagar, cada degrau um lembrete do erro que eu estava cometendo. O corredor estava escuro, só a luz da sala de baixo alcançava a parede, riscando minha sombra no concreto. Tentei não pensar, mas era inútil, a imagem dela ficou presa na minha cabeça.
O pijama. Simples, de algodão, curto demais pra ser inocente. Aquela maldita barra levantando quando ela se virou, o tecido fino colando na pele quente.
Não era nada demais, mas pra mim foi. Depois de tanto tempo sem olhar uma mulher de verdade (sem querer olhar) bastou isso.
Passei a mão pelo rosto, sentindo o relevo das cicatrizes queimando sob os dedos. Ridículo. Um homem como eu, distraído por uma garota que nem devia estar ali.
Ela não era minha. Era irmã do meu braço direito, uma promessa de proteção, um nome que eu d
