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A loba e a morte

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Blurb

Quando não se conhece nada além de insegurança e abandono a última coisa que quer é ficar próximo de pessoas. Pelo menos é assim que eu penso.

Katherine Bolton, a criatura desprezível. A suposta loba que cheirava a humanidade e não a ser sobrenatural. O ser maligno que nasceu erroneamente e matou a mãe durante o parto.

A criança que mereceu ser abusada pelo pai até o dia em que não aguentou e acabou matando-o em um surto.

A assassina

A filha do demônio

Criatura pertencente ao inferno

Ser que deu errado

A indigna de ser amada

Aquela que merece sofrer

Me conheciam por vários nomes. Até mesmo tinham aqueles que me conheciam como "aquela que não pode ser citada".

Depois de meses passei a ouvir tudo sem chorar

Depois de anos passei a não me importar

Depois de décadas aprendi a ignorar e lançar olhares malditos

E enfim, depois de séculos eu decidi desaparecer

Bom é isso que sou: ninguém. Me tornei as histórias que contam aos filhos antes de dormir. Me tornei a história de terror que contam ao redor da fogueira. Me tornei um mito, uma lenda que passa de alcateia em alcateia

Lobos não se lembram de meu rosto, apenas dos sentimentos que os proporcionei. Humanos não sabem de minha existência enquanto aldeias veem apenas as marcas que deixei no passado

Ninguém se lembra de mim. Ninguém se lembra de meu nome. As pessoas são cruéis e se lembram apenas do medo, da repulsa e da raiva

Elas me temem. Eu as odeio.

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Capítulo I
Nicholas on   -Supremo-chama meu beta com insegurança na voz enquanto adentrava o escritório    Tiro a cabeça dos papéis e lanço-o um olhar cansado. Passei a noite inteira lendo sobre festas e mais festas de filhas de alfas mimadas que acham que sou seu companheiro e exigem minha presença em seu aniversário de 16 anos.   Ninguém havia me dito que ser supremo seria tão insuportável assim...   Quando se é um lobo de 1000 anos e vive-se em guerra, as vezes é obrigado a tomar o poder.   -Do que precisa? -indago alongando meu pescoço que havia ficado duro devido ao trabalho de longo tempo na mesma posição  -O senhor precisará ir à festa de Alysson-diz quase em um sussurro -O QUE? -indago revoltado   Alysson era nada mais nada menos do que a filha de alfa mais insuportável do universo. A todo momento queria ser a luna da alcateia e tratava todos com desprezo. O triste é que ninguém nunca a desafiava graças a sua posição e poder. A garota era portadora de uma loba extremamente forte e possuía uma capacidade de luta admirável.   Entretanto ela utilizava seus dotes para colocar medo nos demais e com isso mandar em todos. Ela se achava intocável   -Eu não irei á festa de uma adolescente i****a-digo sem paciência  -Sabe muito bem que ela é a loba mais poderosa dessa geração-afirma cruzando os braços e me encarando sério- há grandes chances dela....  -Ser minha companheira? -indago irônico- Louis, entenda uma coisa-falo afastando a cadeira da mesa e ficando de pé em seguida- depois de mil anos sem ter uma única pessoa para "compartilhar minha dor", "ser minha alma gêmea", "ajudar-me em todos os momentos”, ou seja lá o que eles falam sobre companheiras, eu cheguei a simples e clara conclusão de que eu não ligo. Ela não fará diferença nenhuma na minha vida. Quando eu precisei ela não estava, então não preciso da mesma agora. Se sobrevivi até agora sem ninguém, posso muito bem continuar assim -Quer dizer que vai rejeitá-la? -indaga assustado -Muito provavelmente sim-digo dando de ombros por mais que não tivesse pensado nessa possibilidade com clareza- mas acho que não será necessário. Depois de muitos feitos por minha parte acho que a Lua não gostaria de me fornecer uma companheira. Além do mais, procurei por ela fixamente durante 500 anos. Acho justo passar o restante sem querer olhar para cara dela.   -Tudo bem então supremo. Respeito sua vontade, mas enquanto amigo devo te mandar ir a m***a. Você vai se ferrar ainda-diz Louis sendo Louis  -Quando é a festa da patricinha? -indago cruzando os braços e revirando os olhos -Hoje a tarde -MAS O QUE? COMO ASSIM?!-grito irritado pela maneira que me avisou em cima da hora  -Nicholas, não sou i****a. Hoje é único dia em que sua agenda está vazia. O alfa da alcateia lunar está prestes a fechar um importante acordo com você. Ir nesta festa é de suma relevância. Você precisa ir! -m***a! -rosno irado enquanto coçava a barba em sinal nervoso -Partimos em uma hora-diz fazendo me bufar    *   Desço do carro sem a mínima vontade. A tarde estava amena com um sol não tão intenso, mas que iluminava toda a alcateia. O céu estava limpo sem nenhuma nuvem no céu, deixando o ambiente totalmente agradável. Um vento fraco balançava as folhas das árvores e refrescava o ambiente.   Tudo estava estranhamente bom e perfeito. Ajeito minha camisa social e minha calça mostarda antes de notar Louis caminhando ao meu lado.    -Por ali supremo-aponta com a cabeça para uma região repleta de gritos e risos típicos de adolescentes. Aparentemente a alcateia inteira havia se mobilizado para o aniversário da filha do alfa mesquinha. Rolo os olhos sentindo um nojo pela garota    Caminho lentamente na região onde a festa acontecia e sou recebido por beijos e abraços de pessoas que nunca havia visto na vida.   Alfas apertam minhas mãos como se fossem conhecidos de anos e eu apenas ignoro todos eles lançando um olhar impaciente. Meu beta nota minha falta de paciência e acaba permanecendo para trás tentando chamar a atenção dos alfas por alguns instantes.   Depois de anos de reinado, guerras sangrentas e ordens duras, as pessoas não eram capazes de encarar meus olhos ou se imporem contra mim. Elas não aguentavam um olhar sério e se tornavam submissas em um segundo. Esse era o poder de um lobisomem milenar: ser temido.   Tudo em volta era extremamente decorado com faixas, flores, confetes e arcos. Via a mais alta sociedade desta e de outras alcateias enquanto os mais pobres aparentemente serviam comidas e bebidas.   -Nicky-grita Alysson ao me ver  -Feliz aniversário, Alysson-digo sério enquanto a cumprimentava com um aceno de cabeça apenas pela educação que Louis me obrigou a ter  -Fico feliz que tenha vindo amorzinho-diz sorrindo falsamente enquanto passava suas mãos pelo meu abdômen  -Infelizmente tenho que ir embora-digo me afastando de seu contato físico  -Não! -grita encarando meus olhos por um microssegundo e logo desvia o olhar  -Não sou seu companheiro, já percebemos isso. Não há motivo para permanência    Ela parecia desolada e sem saber o que falar ou fazer. Entretanto em um momento algo parece estalar em sua mente como se uma ideia incrível aparecesse    -Eu nasci meia noite! ISSO! Quer dizer que ainda não tenho 16, quer dizer que por isso não nos encontramos. Isso -fala apressadamente como se tentasse convencer a si mesma me fazendo revirar os olhos com tamanha idiotice    Louis vem em nossa direção e se coloca ao meu lado enquanto uma garota cochichava algo no ouvido de Alysson que logo se despede e sai apressada não muito satisfeita    -Deu um fora nela? -indaga segurando um riso -Sim, mas parece que não adiantou-bufo frustado    Me assento junto com Louis em uma das mesas presentes no local e engato em uma conversa com o alfa da alcateia que claramente não batia muito bem da cabeça.   Ele idolatrava a filha e falava a todo momento o quão perfeita ela era -o que resultou na criatura mimada que é hoje-. Sua esposa parecia tão fútil quanto a garota e dava em cima de mim na frente do pobre marido.   Gritos histéricos são ouvidos fazendo com que toda a atenção fosse voltada para um ambiente em específico. Alguns ignoram por pensarem que é algo comum com os funcionários, entretanto o alfa e a luna bufam e vão ver o que houve   -Deve ter sido Alysson com algum dos empregados-murmura o pai já sabendo da ética da filha. Ou melhor, a falta dela.   Caminho em direção ao ocorrido seguindo os pais da garota e me deparo com uma cena irritante.   Alysson tinha os braços cruzados e uma pequena manchinha em seu vestido decotado que seria facilmente limpada. Uma criança se encontrava no chão ao lado de uma bandeja de salgadinhos enquanto tinha a cabeça baixa e lágrimas escorrendo pelas bochechas.    Entretanto, por mais desgastante e injusta que a cena fosse, ninguém tinha coragem de sequer se aproximar para impedir a situação.    Uns se mantinham de cabeça baixa enquanto outros pareciam não se importar com o que estava acontecendo.   -COMO OUSA? -grita indignada apontando para a mancha- você precisaria trabalhar por 100 anos sem parar e sem gastar um tostão para me pagar por isso! -D-d-desculpe-me por favor-suplica de joelhos em meio a um choro desesperado enquanto olhava em volta em clara súplica por ajuda    Ela empurra a criança com brutalidade fazendo-a cair sobre os cotovelos. Os olhos da garota ficam amarelos e ela rosna fazendo com que ninguém tenha coragem de entrar em seu caminho   Tudo fica em câmera lenta quando ela se agacha e levanta o garoto por sua camisa aos trapos e o põem de pé em suas pernas trêmulas. A garota leva a mão para trás do corpo e a movimenta em direção a face do garoto com força e precisão    Entretanto, ao invés de um choro, um grito ou um berro, algo impede o golpe. Uma figura encapuzada se encontrava na frente do garoto e o colocava atrás de si enquanto se mantinha inabalada mesmo após o t**a que recebera no lugar do mais novo.   Algo estranho me invade fazendo-me ficar tonto e um pouco desnorteado. Meus sentidos se dispersam e não consigo me focar direito em uma coisa só. Algo preenche o ar e não consigo identificar o que é ou de onde vinha    -Quem. É. Você? -indaga Alysson pausadamente e visivelmente irritada  -Corra-a pessoa diz alto e claro para o garoto que sai correndo em seguida. Sua voz deixa bem claro que se tratava de uma mulher    A essa altura pessoas começavam a ficar em volta do local formando uma roda que deixava ambas no centro.   -Não quero chamar a atenção-fala a pessoa encapuzada- você poderia deixar passar e não falaríamos mais sobre isso, que tal? Pagaria de bondosa por deixar uma criança ir e tudo ficaria bem -propõe baixo na intenção de não ouvirem, mas minha audição permite que eu escute tudo    Então ela era corajosa para salvar o garoto, mas não o suficiente para se manter na decisão? Que idiotice... Não entre em coisas que não pode terminar. Covarde...   Seria isso ou ela apenas não quer chamar a atenção? Mas se esse é o objetivo por que salvar o garoto? Óbvio que não é isso, não tem lógica.   -Acha que vai sair impune dessa? Você me desafiou garota! Em meu aniversário! -vocifera    Acontece tudo rápido demais quando Alysson investe para socar a garota a sua frente, mas ela desvia com agilidade sem parecer estar com dificuldades ou preocupações. Ok, agora estou interessado    -Não quero confusões-diz a encapuzada como se pedisse um favor  -Ora sua...-resmunga antes de investir novamente contra ela e falhar miseravelmente  -CHEGA! -grita o alfa chegando com outros lobisomens- você não pode chegar no aniversário de minha filha, desafiá-la desta maneira e sair impune! -Se não fosse a p***a desse cheiro eu estaria muito bem-escuto-a murmurando e agradeço por eu não estar ficando louco ao ser o único sentindo esse odor no ar -O que? -indaga o alfa confuso talvez por não ter ouvido -Não vejo necessidade para nada disso-diz a desconhecida  -Mostre-se-ordena o homem   Neste momento a garota tira o capuz revelando seus cabelos trançados e levemente bagunçados, sua pele parda quase n***a e olhos amendoados. Sua feição era nem um pouco feliz e seus olhos não aparentavam vida.   Ela fareja o ar como se algo se intensificasse e eu faço o mesmo dando dois passos à frente    -Meu -Minha

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