Capítulo 3

1633 Words
Dayane narrando: Segunda feira de manhã, eu estava super corrida. Cheguei na agência e m*l consegui tomar um café. Haviam muitos compromissos, e muito trabalho. Na hora do almoço, Ana minha governanta e amiga, me ligou dizendo que havia ocorrido um problema com a obra. Que precisavam de mim com urgência. Tive que parar com tudo e prosseguir. Sabia que a obra teria muitos imprevistos. Mas logo no segundo dia?! Já cheguei super disposta a me alterar com o mestre de obras. Quando cheguei na área externa ele se aproximou. — Sra, peço perdão pelo incômodo. Mas é que trouxeram o material errado, e precisamos que diga se esse será do seu agrado ou se devemos trocar. — vocês não veem que eu tenho mais o que fazer do que perder meu tempo com o erro de vocês?! — falo disposta a prosseguir com o sermão, quando aquele gostosinho se aproxima. — com licença, eu disse ao Sr Joaquim que a procurasse, ele disse que resolveria tudo sem precisar incomoda-la. — o rapaz que se aproximou dizendo ser o culpado era o belo homem que olhei da minha janela ontem. Pude ve-lo melhor quando se aproximou e senti um tremor que cheguei a ficar muda. — Sra? Tá tudo bem? — Seu Joaquim pergunta. — tá... é que eu... não esperava que... que fosse ocorrer isso.. mas... o que trouxeram ficará tão bom? — pergunto ao rapaz. — Sim... se me permite, posso mostrar como fica no projeto que participei em outra obra. — cla-claro.. claro. — respondo. — ele se afasta e pega seu celular rápidamente, e volta para me mostrar as fotos. Eu m*l presto atenção no que ele diz ou mostra, eu estava era encantada com sua beleza. — e então? — eu acho que vai ser útil sim... confio em você. — sorrio de leve — eu... preciso voltar... tem mais alguma coisa que deu errado? — pergunto. — Não... não... — ele olha pra Joaquim confirmando. — Certo. Eu já vou. Fiquem a vontade. — me desvio deles. E sinto os rapazes me olhando. Voltei para a empresa e continuei trabalhando. Tive uma reunião com Joana que trabalhava no marketing da minha agência... pedi que convocassem os interessados no novo comercial. Depois que terminamos eu permaneci sozinha na sala e foi quando Jo aproveitou pra conversar comigo.. — O que tá acontecendo? Você parecia tão aérea... desligada. — ela se aproxima. — não aconteceu nada... eu tô bem! — respondo. — não parece... nas reuniões você é sempre tudo produtiva... hoje não deu um grito sequer. — eu não sei... desde sábado eu tô... eu tô ansiosa... mexida... — suspiro. — eu tô percebendo mesmo... — ela me encara. — eu não consigo raciocinar direito... hoje mais cedo tive que ir em casa. Pra checar um problema na obra. Tava furiosa por me atrapalharem com a agência... mas quando cheguei lá... ele veio todo certinho querendo ajudar... eu... eu peguei fogo quando o vi. — conto olhando pra parede e lembrando. — eita... tá falando de quem?! — ela ri. — do... do rapaz que está trabalhando lá na obra... que eu contei a vocês.. ele... ele é tão interessante... não sei explicar. — ui... ele deve ser bom... você parece gamadinha! Porque não dá em cima? Garanto que ele adoraria dormir com a patroa. — e você acha que é tão fácil assim? Eu nem sei o nome dele... ele é só um pedreiro que... que fica o dia todo suado, ali... gastando as energías e... enfim... minha boca chega a salivar. — não posso com você Day... — ela começa a gargalhar — você precisa t*****r logo... tá obcecada pelo rapaz. — eu não sei o que é isso... mas acho que você tem razão... e o pior é que... amanhã é feriado. Eu havia combinado de não terem obra.. mas como eu quero acelerar o processo, eu ofereci um cachê maior pra amanhã e eles toparam. Só que amanhã nós não trabalhamos, o que significa que eu terei de ve-lo o dia todo. — o que pode ser bom ou r**m, não é? — ela sorri perguntando. — eu não sei... eu vou ter de ligar pro Plinio hoje... eu não queria ve-lo tão cedo. — Plinio? O carinha que você pega de vez em quando? — ele mesmo. — Dayane você parece uma titia... desculpa. Ele tem cara de neném, mesmo que tenha 26 anos. — e eu 25. Não somos crianças... só que.. já que é pra pegar alguém, que seja alguém que eu sei que gosta da coisa. — não me diga que você tá achando que o cara da obra é gay? — ela ri. — não... não tô dizendo. Ele me parece bem hétero, até demais. Só que como eu me envolvería com alguém como ele? Não da... — é.. tem razão. Eu vou voltar pra minha sala. Te vejo depois. Guilherme narrando: Depois que a patroa foi embora, foi inevitável o disse me disse dos caras no meu ouvido. — ela sorriu pra você... e não gritou. Por que com a gente e com o Joaquim ela explode? — Artur comenta — como assim? — a patroa é muito atenciosa contigo, aproveita e pede um aumento... ou sei lá. — Luiz diz. — vocês estão loucos... se o seu Joaquim ouve isso... — ah que seja... mas faz tempo que não vejo você com ninguém. — e nem vai ver.. eu tô tão atolado nos estudos... não tenho tempo pra nada... só vivo aqui, e trancado estudando. — só se você pegasse alguém daqui... tipo a patroa. — eles riem. — calem a boca! Que conversa fiada é essa? Não sabem que aqui não é local pra isso?! — Joaquim os repreende e eu permaneço calado. Terminamos a quebradeira do día e eu segui para casa. Minha mãe estava a minha espera, jantamos e conversamos um pouco. Fui estudar e depois finalmente descansar. No dia seguinte acordei cedo para trabalhar. Era feriado e iríamos receber bem. Para nosso azar a patroa estava em casa o dia todo. Pode opinar em muita coisa e ficou nos observando. Mais a mim que os outros eu diria. Comecei até pensar que os meus amigos estavam certos. Teve uma hora que ela ficou até sem graça. Pois eu parei pra tomar água e vi quando da sacada de sua janela, ela me fitou. Será que ela está mesmo com segundas intenções? Não sei... só sei que ela é incrivelmente linda... e nada a ver comigo... não posso misturar as coisas. Quando finalmente fomos embora, eu notei que havia esquecido meu celular. Na hora que estamos trabalhando eu sempre deixo uma música rolando, ninguém nunca reclamou de fazermos isso. Eu me esqueci de guardar novamente e precisei voltar. Quando toquei a campainha, me espantei pois já não era Ana, a senhora que trabalha lá quem abria. (...) — é... com licença, Sra.. eu esqueci meu celular na área externa. — engulo seco. — ah... claro. entre, pode pegar. — ela sorri meio surpresa e me deixa passar. — desculpa incomodar. — digo indo direito la pra fora. — imagine... isso sempre acontece. Ela me olha de cima abaixo quando retorno para dentro. — eu... já peguei... obrigado. — respondo nervoso. — por nada... — me afasto e ela me chama — escuta, qual o seu nome? — ela morde o lábio. — Meu nome? É... Guilherme ... mas aquí me chamam de Gui... nome muito grande. — sorrio tímido. — um lindo nome... Gui. Você... aceita uma água? Um suco? Eu já vou jantar e... — a interrompo. — não não... obrigada, que isso... imagine... eu aqui tomando alguma coisa com a senhora. — qual o problema? E eu não sou senhora... quer dizer... não pra você... você... é jovem como eu... — ela responde bem direta. — certo, desculpe. Foi só por educação... — eu sei... — ela sorri — você é o mais educado daqui... e eu sou senhorita... divorciada, sabe? — eu entendo... desculpe. — abaixo a cabeça. — não tem problema, Gui... — certo, eu... já vou... — tome o suco... — ela me entrega — porque tanta pressa? — eu... vou perder o ônibus. — ah.. mas... não seja por isso. Eu te dou uma carona... me faça um pouco de companhia ... sabe, eu tô com medo do meu ex vir de repente. Ele é meio doido e costuma aparecer essa hora... tenho medo de estar sozinha... se puder eu garanto que te deixo em casa depois. — seus olhos são tão marcantes que eu não consegui não encara-la. — tudo bem, eu... eu fico. Só até terminar o suco...— engulo seco. — você... namora, Gui? — cuspo o suco de imediato, aquela pergunta me deixou nervoso, era realmente um flerte? — ah... desculpe você é tímido... que ousadia minha... olha Guilherme... eu só perguntei porque você é um rapaz muito bonito, charmoso... deve ter alguém com certeza. — ela se aproxima. — eu.... Não... não tenho... obrigada pelo elogio... vindo da senhora. — ela me fita — quer dizer, da senhorita... eu fico muito honrado. — você, tem quantos anos? — era uma entrevista? — vin-vinte e três... — gaguejei. — olha... temos quase a mesma idade. Faço vinte e cinco na semana que vem... você... é muito jovem, e atencioso. — ela sorri. — obrigada... a senhorita também é... eu... lamento mas eu preciso ir. Obrigada pelo suco... — eu te levo... — não... não precisa.. eu lembrei que agora tem outro ônibus... eu já vou antes que eu perca ele. — saio apressadamente. — amanhã preciso estar aqui cedo. Com licença e boa noite. — por nada... — ela me segue e eu saio.
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