― Tá muito calor, não quero que sofra uma insolação por minha causa. Entra, Dilan, e vem beber uma limonada geladinha.
Ele puxou a camiseta pela cabeça e a usou para limpar o suor da testa. Tudo latejava, os músculos e a pele tostada pelo sol.
Subiu três degraus, abaixou-se antes de passar pela porta e fez um carinho no gato. O bicho miou. Achou graça do miado e, assim sorrindo, entrou na cozinha da dona Brigite, a professora de Literatura.
O lugar era pequeno, o cheiro era bom, de café passado. Mas Dilan detestava café, o gosto, e estranhamente apreciava o cheiro forte da bebida. Viu quando a professora encheu uma caneca do líquido fumegante e o sorveu aos golinhos. Ela tinha um cigarro entre os dedos, o vestido era curto até pouco antes dos joelhos, os pés nus, unhas vermelhas. Ele notou tudo.
Ela fez um sinal indicando a cadeira diante da mesa forrada com a toalha de plástico.
― Posso pôr açúcar na sua limonada?
Ele fez que sim, um tanto tímido.
Duas colheres de açúcar, parte do ** ficou por cima das pedras de gelo. Fazia quarenta e um graus em Sacramento. Como uma pessoa podia beber café quente?, era o que ele pensava ao saborear a sua limonada.
Queria ter coragem para perguntar se cairia Simbolismo na prova. Era óbvio que sim, mas, a verdade era que ele queria que ela lhe dissesse quais as questões exatas. Estudar não era o seu forte.
Brigite tinha perto de 30 anos, era uma divorciada recém-chegada na cidade. Vivia sozinha com o gato. Entretanto, corria inúmeras fofocas sobre ela, entre outras, que namorava um cara casado. As mulheres do centro de Sacramento a odiavam. E Dilan pensava se esse ódio existia por que ela era bonita e jovem ou por ser bonita, jovem e divorciada ou talvez por realmente colecionar homens.
Ela se sentou na cadeira em frente a dele.
―Você tem um olhar tão lindo e triste.
Ele segurou o gelo debaixo da língua, olhou para a professora, viu que sorria com os olhos.
Mastigou a pedra de gelo fazendo barulho.
― Como tá o seu pai?
É um bêbado asqueroso.
―Tá bem.
― Arranjou trabalho? ― ela não parecia preocupada nem interessada na situação do pai de Dilan.
Se o emprego bater lá em casa, ele ainda vai pensar a respeito.
―Todo dia ele sai para procurar.
Ela estreitou as pálpebras, demonstrando que o conhecia o suficiente para saber que ele simplesmente empurrava as palavras para fora da boca ou, como se dizia por aí, falava por falar.
Estendeu-lhe a mão e, sorrindo, falou:
― Consegui várias clientes para você, senhoras aposentadas que precisam ajeitar o jardim de casa. Com isso não precisará depender do seu pai.
Ele a olhou longamente.
―Dependo dele.
―Não, você depende da estrutura econômica do seu pai... E talvez nem disso. ― havia um quê de amargor na voz dela.
―Minha mãe queria que eu cuidasse dele. ― deixou escapar, não queria falar sobre sua mãe morta e o pedido que lhe fizera um dia antes de morrer. Só queria que a professora calasse a boca.
―Você tem 16 anos, não pode assumir uma responsabilidade dessas.
Ela o serviu de limonada outra vez.
Tocava no rádio um dos sucessos de 2004, Behind Blue Eyes. Eram duas da tarde. A vizinhança ao redor cochilava debaixo dos ventiladores de teto. O mormaço na rua e gotejamento do suor na testa do garoto atestavam os excessos daquela região.
Não tinha ventilador na cozinha.
Ele começou a ficar zonzo.
―Tudo bem? ― ouviu a voz que vinha de longe.
Ergueu a mão para o vazio, tocando o ar quente, fechando o punho que, sem força, bateu na superfície da mesa.
Era como se descesse por um tubo, caía, caía. Ergueu-se da cadeira, recebendo o apoio do corpo magro e alto da mulher, o seu cheiro lembrava pêssegos frescos. A mão dela na sua, os dedos entrelaçados, conduzia-o para outro cômodo.
― Aqui é o paraíso. Você é livre, Dilan.
Ele ouviu a voz feminina junto à sua orelha, o hálito de café, o vapor do hálito o arrepiou.
Piscou devagar tentando se concentrar no rosto dela, desfocado. Deitou a cabeça para o lado no encosto do sofá e fitou o vaso de vidro sobre a mesa. O vaso sem flor nem água. E enquanto tentava compreender a razão da professora ter um vaso trincado e inútil na sua casa, sentiu a suave pressão da mão sobre o pênis, no tecido rústico do jeans.
Deixou escapar o ar e um gemido rouco.
― Você é perfeito. É maravilhosamente perfeito, meu menino.
Ela retirou o p*u da calça e o masturbou. A boca o envolveu até o fundo, sugando-o forte.
Ele se segurou no sofá, os dedos apertaram a manta que o encobria, os dedos dos pés nos tênis gastos e furados se dobraram para trás. Inclinou a cabeça para trás e respirou fundo.
Não era a primeira vez que o chupavam; era a melhor vez.
As mãos ao redor do p*u, a língua subindo e descendo na pele macia até chegar ao saco e lambê-lo todo, com dedicação.
―Você é virgem? ― ela perguntou, a boca mordiscando-o na parte interna das coxas
―O quê?
― Virgem, meu menino, você é?
Ele deixou escapar mais um pouco de ar.
Era uma m***a admitir.
―Sim.
―Meu querido. Meu queridinho. ― a professora sussurrava, gemia e arfava.
Viu quando ela se ergueu e baixou a calcinha.
Zonzo, só ficou olhando para o rosto corado da mulher, o brilho do fogo nos olhos, as pálpebras pesadas de desejo.
―Pega minha b****a.
Ela pegou a mão dele e a levou até o próprio s**o.
―Aqui é todo o seu mundo. Você jamais será um estranho para uma b****a.
Ele sorriu. Nervoso, ansioso, faminto, carente.
O mundo inteiro dele não era uma b****a.
Era ela, Brigite.
Sentou nele e desceu devagar, as mãos nos ombros de Dilan, os olhos fechados.
― Ahhhh... Que delícia! ― ela exclamou, encapsulando o p*u com a v****a molhada.
Ele levou as mãos para a cintura dela e a segurou quando começou a cavalgá-lo.
Ela jogava o corpo com força para frente e para trás, arqueava a coluna quase a quebrando ao meio, os s***s forçavam o tecido da blusa. Quando ela se atirava para trás, ele conseguia ver os pelos pubianos. Eram castanhos quase loiros, fartos. Baixou a mão e tocou no ninho macio. Os dedos mergulharam nos pelos, desceram mais um pouco e encontrou a língua inchada. Instintivamente friccionou o c******s e a viu arfar e gritar.
Brigite se voltou para ele e o apertou num abraço longo.
Beijou-o no pescoço enquanto rebolava no p*u.
Ele ficou louco, sua cabeça parecia ferver. Pegou-a nos quadris, mordeu-a no ombro, ejaculou.
Dilan não voltou mais para casa até o dia em que a polícia bateu à porta da professora e os encontrou nus na cama.