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Resgatada pelo Mafioso

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Blurb

Vendida e traída por quem mais confiava, ela fugiu deixando sangue e caos para trás. Agora, acorda prisioneira do implacável chefe da máfia, cujo toque é tão perigoso quanto sedutor. Com uma nova vida crescendo dentro de si, ela precisa enfrentar um futuro incerto.

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Capítulo 1
Melinda — Uma dúzia de donuts com cobertura de chocolate! — grita um cliente para mim, ignorando meu educado "bom dia". Certo, então. Meus dedos voam pelo caixa enquanto registro o pedido do cliente. Jessica , minha colega de trabalho, apressa-se a embalar os donuts em uma charmosa caixa rosa e branca, o nome da padaria, Cinnamon Dreams, gravado em relevo com uma elegante letreiro brilhoso. Mesmo com a correria da manhã e a má educação dos clientes, nada me abala. Hoje faz cinco anos que Brice e eu começamos a namorar. Cinco anos. Ainda me surpreendo. Imagino o que Brice planejou para nós. Ontem, ele fingiu não saber que dia seria hoje, mas tenho certeza de que está apenas me provocando. Provavelmente está preparando uma surpresa enorme. Talvez me leve àquele restaurante italiano novo que abriu recentemente — já faz semanas que venho insinuando que quero ir lá. Um sorriso escapa quando imagino o sabor dos pratos e a atmosfera romântica que nos espera. Brice nunca foi o tipo de homem romântico, mas hoje vai ser diferente. Afinal, cinco anos de namoro não são qualquer coisa. As horas passam voando, e antes que eu perceba, meu turno já está quase no fim e a padaria está menos cheia. — Está animada, Melinda? — pergunta Jessica enquanto esfregamos os balcões. — Você não parou de olhar para o relógio a manhã inteira. — Claro que ela está animada — diz Sarah, trazendo outra bandeja de croissants quentinhos, o rosto redondo brilhando pelo calor dos fornos. — Aposto que o namorado dela vai pedir em casamento hoje. Nossa menina vai ficar noiva! Jessica comemora, e sinto meu rosto queimar enquanto continuo a esfregar o balcão. É bom sentir o apoio delas. Na verdade, espero mesmo que Brice me peça em casamento. Já faz cinco anos, é natural esperar isso, não é? Além do mais, finalmente vamos formar a família que sempre sonhei desde que perdi a minha mãe aos seis anos. Nem lembro do meu pai, e nunca o encontraram, então acabei no sistema de adoção. Depois de ser empurrada de casa em casa, Marlon e Layse Lewis me aceitaram quando eu tinha oito anos e fiquei com eles até a maioridade. Quando fiz dezoito, morri de medo de ser expulsa, mas Marlon e Layse — nunca permitiram que eu os chamasse de "mãe" e "pai" — me deixaram continuar morando lá, contanto que eu limpasse e cozinhasse para eles. — Você não sabe se cuidar, Melinda — dizia Layse. — Além disso, somos as únicas pessoas que podem te manter segura. Você quer que os homens maus te peguem de novo? Um arrepio me percorre, e esfrego ainda mais forte o balcão já limpo. Quando tinha oito anos, fugi de uma família adotiva horrível. Passei dias nas ruas até quase ser sequestrada por um grupo de homens. Marlon Lewis me encontrou e me salvou naquela noite. Desde então, estou com os Lewis. Eles não são os melhores, mas me dão um teto e comida, então sou grata. Além disso, sinto que devo a eles. Marlon e Layse gostam de me lembrar constantemente o quanto gastaram para me criar. Só vou quitar essa dívida em cinco ou seis anos, se eu começar a dar todo o meu salário para eles. Talvez dez anos, se continuar dando apenas metade. — Você está tentando fazer um buraco nesse balcão? Ofegante, levanto o rosto e vejo o homem mais bonito que já vi na vida. Seus cabelos negros e desgrenhados emolduram um rosto forte, com maçãs do rosto salientes e um maxilar firme, salpicado por uma barba por fazer. Mas são seus olhos escuros que realmente me prendem, profundos e intensos, sugerindo uma paixão contida por trás do semblante calmo. Ele sorri, e uma covinha surge em sua bochecha direita, fazendo meus joelhos fraquejarem. Mesmo parado, exala uma confiança quase palpável. — Ah! Uh... — Meu rosto fica vermelho enquanto olho para o pano em minhas mãos. — Eu... eu só queria ter certeza de que tudo está limpo. Não quero que a gente vire o ‘Bolo do Dia e Vá para o Hospital’... Meu Deus, isso foi horrível. Quero desaparecer no chão. Ele solta uma risada baixa e aveludada, um som que me arrepia. — Ainda bem que temos você aqui para fazer a inspeção sanitária — diz ele, divertido. — Mas poderia me dar uma dúzia de donuts glaceados e um café, por favor? Ah. Sim. Meu trabalho. Foco, Melinda. Jessica me entrega a caixa pronta, e eu a passo para ele junto com uma xícara de café fumegante. O cliente paga em dinheiro e deixa vinte dólares de gorjeta na nossa caixinha. Antes de sair, ele me lança um último sorriso que me deixa tonta. — Uau — suspira Jessica, abanando-se enquanto eu me encosto no balcão, atordoada. — Aquele homem era puro sexo. Só consigo assentir, sem palavras. Nunca pensei que alguém pudesse ser tão... hipnotizante. Mas a culpa vem como uma maré. Como posso pensar em outro homem quando tenho Brice? Claro, Brice é bonito, mas não tem como comparar com o estranho misterioso. — Ele parecia interessado em você, Melinda — comenta Sarah. — Ele estava flertando, com certeza. — Ele não estava — digo rapidamente, enjoada só de pensar em trair o Brice. — Era só um cliente sendo educado. Sarah me lança um olhar desconfiado, mas não insiste. Quando meu turno termina, pego o trem para casa. Os Lewis moram num bairro tranquilo, cheio de casas estilo Cape Cod. Entro na casa silenciosa e desço para o porão, meu quarto improvisado. Marlon e Layse estão no trabalho, e Alicia, minha irmã adotiva, sumida. Gosto disso. Me dá tempo para me arrumar em paz. Me olho no espelho, afofando meus cachos enquanto um cacho solto cai no meu olho. Coloco meu vestido mais ousado, passo batom vermelho e escureço a maquiagem para um visual mais marcante. Depois, visto um casaco pesado, tremendo de expectativa. Os Lewis foram generosos ao me deixar ficar quando atingi a maioridade, mas exigiram que eu saísse do quarto de Alicia e fosse para o porão. Embora o espaço seja úmido e frio, é meu, sem Alicia para roubar minhas roupas ou bagunçar minhas coisas. Calço meus saltos e guardo o presente de Brice na bolsa: um relógio novo, com a data do nosso aniversário gravada. Custou quase tudo que eu tinha economizado. Mas tenho outro presente para ele: eu mesma. Minha virgindade. Sempre a guardei, apesar de Brice me pressionar às vezes, tocando-me de formas que eu não gostava. Mas agora, depois de cinco anos e na certeza de que ele vai me pedir em casamento, decidi que está na hora. Espero que não doa muito. Meu rosto queima com a ideia de Brice me tocando. Aperto as pernas, o coração disparado. Ele vai ser gentil... eu sei que vai. Só espero que ele não aperte meus braços ou meu rosto como costuma fazer quando fica irritado. Fora isso, está tudo bem. Eu estou pronta. Saio para o vento gelado, arrepiando minhas pernas nuas. Brice gosta que eu não use meias, então não me importo com o frio. Enquanto pego o trem, sinto os olhares dos homens. Tento me encolher, mas o vestido sobe ainda mais. Brice escolheu esse vestido para mim, dizendo que gostava de ver a mulher dele com algo assim — ajustado, provocante, caro. Muito mais caro do que eu jamais compraria. — Indo ver alguém especial, linda? — um homem murmura no meu ouvido, aproximando-se demais. — Sim — respondo, tentando parecer confiante. — Vou ver meu namorado. Ele ri, um som que me deixa nervosa. — Eu nunca deixaria minha mulher sair assim. Dá ideias erradas, sabe? Desviei o olhar, o medo apertando meu estômago. Alicia sempre teria uma resposta afiada, mas eu só quero que ele vá embora. No próximo ponto, desço correndo e me misturo à multidão. Um alívio me envolve ao deixar o homem para trás. Aperto o casaco em volta de mim, desejando ter algo para cobrir as pernas, mas não importa. Vou pegar um moletom emprestado de Brice amanhã. Logo vejo o prédio de tijolos vermelhos onde Brice mora. Apresso o passo, meus pés doendo nos saltos. No elevador, o calor finalmente me aquece, apesar do cheiro de maconha. A chave na mão, borboletas no estômago. Brice vai adorar a surpresa. Mas por que, então, sinto como se estivesse indo para o meu próprio funeral? Abro a porta. Brice não está na sala. Estranho. As chaves dele estão no balcão. Um som de cama rangendo vem do quarto, e meu coração para. Gemidos abafados escapam pela porta entreaberta. Eu deveria ir embora. Inventar uma desculpa. Mas meus pés não obedecem. Cruzo o quarto, cada passo pesado, e paro na porta. O que vejo me atinge como um soco no estômago. Brice está de pé na ponta da cama, nu, segurando os quadris de uma mulher inclinada sobre a cama, empurrando-se para dentro dela. Sua mão puxa o cabelo dela enquanto ela grita o nome dele, gemendo de prazer. Eu conheço aquela voz. É Alicia, minha irmã adotiva.

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