“Se eu fosse inteligente, correria para bem longe.” De onde estava Andreas tinha uma visão privilegiada de todo o restaurante. Exatamente como planejou. Assim que a mulher surgisse na entrada do estabelecimento ele conseguiria avistá-la. Impaciente, batia os dedos na mesa, o que era uma novidade patética e peculiar. Ansioso como um adolescente a espera da primeira namorada. Só que aquela não era sua primeira namorada. Era uma funcionária de um clube discreto e caro, que só homens como ele poderiam arcar, mas que nem todo homem como ele tinha o privilégio de ser aceito como sócio. Era impossível fingir que sua vaidade não foi afagada. Um escolhido entre os escolhidos, uma prova de seu poder e influência perante tantos outros homens poderosos. Sofia diria que era mais um jeito patétic