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1657 Words
Os murmúrios começam do lado de fora da enfermaria. Heather fica em alerta, até mesmo levanta o rosto e se ajeita na cadeira. Eu também tento fazer o mesmo, mas quando mexo uma perna, sinto uma aflitante cãibra subir desde de a ponto dos meus dedos até o joelho. Puxo a perna um pouco para o lado e fico mexendo os dedos do pé dentro do tênis, sentindo a dor amenizar aos poucos. É um ótimo momento para ter cãibra. É um ótimo momento para muitas coisas. A porta ao lado de Heather é empurrada com tanta força que até mesmo a enfermeira se assusta. Romy, Eltery, Dra. Else e mais um garoto entram na sala desesperados. Eltery está pressionando o nariz e um pouco tonto, sangue escorre pela a mão que está pressionando e gotas vermelhas atingem o chão da enfermaria. A primeira pessoa que Eltery olha quando levanta os olhos é para mim, depois olha para Heather. De fundo, ouço Romy começar a se dirigir para Heather gritando da forma mais histérica que conseguia. Eltery volta a me olhar e ficamos com os olhos fixos por um momento. Engulo saliva angustiado. Seus lábios estão ensanguentados e um lado de seu rosto está ralado, com linhas sangrentas e inchadas. O golpe de Heather tinha sido pior do que eu imaginava. Paramos de olhar um para o outro quando um garoto entra na minha frente e segura meus ombros, começando a me chacoalhar. — Foi você seu viadinho de m***a que fez isso com ele?! — o garoto diz gritando e chacoalhando os meus ombros. Não consigo responder, estou com medo demais para dar alguma resposta. Até mesmo a cãibra na minha perna desapareceu com o susto. Ainda ao meu lado, Romy também grita ameaças para Heather, e a sala que era silenciosa agora parece o intervalo. Queria chamar a Dra. Else ou a enfermeira para tirar o garoto de cima de mim, mas nem conseguia enxergá-las. — Foi você?! — ele pergunta berrando outra vez. — Não! Não foi ele. Larga ele Elliot — as mãos dele afastam-se do meu ombro e tento recuperar a noção do que está acontecendo. Eltery puxa seu amigo de lado aos tropeços e, enquanto isso, o sangue continua escorrendo do seu nariz. Tudo está h******l demais nessa sala. h******l e sangrento. Desde os gritos de Romy até o olhar ameaçador do amigo do Eltery. — Como você dá um soco na cara de alguém? Está ficando louca? — Romy questiona e Heather cruza as pernas e prossegui com o olhar de deboche para a professora. — Você quebrou o nariz dele! — Romy, deixa ela, por favor. Precisamos ainda fazer os exames para vermos se nenhum dos dois quebrarão algum osso. A Dra. Else tenta afastá-la com uma voz doce. Romy se dá por vencida e deixa Heather, mas Heather continua a encarando com ironia, sem se demonstrar amedrontada. A Dra. Else, abre a sala dos exames, e o primeiro que chama é o Eltery. A recepcionista até parece ficar aliviada quando o nome dele é anunciado. Com certeza o sangue teria de ser limpo por alguém, e não seria pela Dra. Else. Após algum tempo, depois dele entrar na sala de exames, a recepcionista começa a passar pano no chão. O sangue já tinha secado um pouco, e mesmo que ela force o esfregão, o sangue só se espalhava mais pelo piso. Um bom tempo decorre e Romy fica de novo agoniada. Andando de um lado para o outro. A recepcionista até chega a oferecer um copo de água para ela, mas Romy a olha como se tivesse ouvido um insulto, e grosseiramente, abandona a enfermaria enfurecida. O amigo de Eltery, também parece tão incomodado quanto Romy. Ele está perto da porta da sala de exames, encarando os pés e suspirando pela boca. É a primeira vez que eu o noto de verdade, e sem que esteja com Eltery ou os outros garotos do baseball. E fico feliz de ter só ele. Se a enfermaria não tivesse limite de pessoas, era provável que eu e Heather estaríamos saturados de indiretas e olhares ameaçadores. — Angus — ouço Heather sussurrar para mim. — Oi? — respondo. — Sabe que quando formos para a diretoria você terá que assumir a culpa de que socou o rosto de Eltery, certo? — O quê?! — exclamo. — Fala baixo — adverte. — Como assim? — sussurro de volta. Tínhamos acabado por chamar a atenção de Elliot, porém, Heather o encara e faz com que ele pare de nos olhar. — Você sabe que eu não posso ganhar outra advertência ou vou parar sozinha no subsolo com um monte de assediadores. — Heather, eu realmente não posso fazer isso, eu quero ir para o passeio — a minha voz saiu mais como de um rato do que de um sussurro. — Eu também quero, mas se você não fizer, além de eu não ir mais para o passeio, ficarei no subsolo por um mês correndo riscos e sem poder te ver. Com certeza você vai dar um jeito, você é favorito do professor Hector. Eu não podia fazer isso, seria uma mancha enorme no meu currículo escolar. Mas passar um mês sem ver Heather seria h******l, e também não poderia deixá-la mofando e cercada por espancadores e assediadores no subsolo. Imagine Heather cercada por vários Jacks e Alices cem vezes piores? — Você nunca recebeu uma advertência por agressão, provavelmente só limpará o banheiro da cantina. Bem diferente de mim. Continuo olhando, pensativo e em conflito comigo mesmo. Não era apenas limpar o banheiro, eu iria ficar com uma mancha gigante no meu currículo. — Desculpa, Heather, não posso fazer isso — admito. — Como não pode? Sou sua amiga — diz exaltada. — Não posso, sinto muito. — Você sente? — Desculpa — repito e ela vira o rosto para o lado. Queria que ela entendesse, queria poder dizer algo para confortá-la, mas nada adiantaria. Heather não se contenta com “nãos”, é foi esse motivo que a mãe dela a colocou aqui. Uma vez, Heather havia contado que empurrou o próprio pai da escada quando ele não quis deixá-la faltar na escola. Ele sobreviveu, mesmo que tivesse ganhando um hematoma na cabeça. E a mãe dela, Helse, tinha ficado tão assustada que não precisou de muito para jogá-la em um internato público depois. Eu fiquei horrorizado com a história, porém, depois passei a sentir inveja dela, pois mesmo que tivesse quase matado o próprio pai, eles ainda existiam e a visitavam todo o sábado. Quando a porta da sala de exames abre, Elliot quase cai assustado. A Dra. Else aparece sorridente, com uma ficha médica na mão, entretanto, ela está sem Eltery, e logo em seguida pronuncia o nome da Romy, que ainda não tinha voltado. Ela prefere esperar apoiada no batente da porta enquanto é interrogada por Elliot. — Se não fizer o que pedi, eu contarei para o diretor sobre seu segredinho sujo, Angus — Heather sussurra para mim e logo olha para Eltery saindo da sala e depois para mim. p***a, Heather. Meus olhos viram automaticamente para ela. — Você está me chantageando? — Não é uma chantagem, é apenas uma troca de favor entre amigos. — Amigos não fodem com amigos, Heather — a voz soa áspera e rouca. — E amigos não deixam de ajudar amigos, Angus — deixo de olhá-la, e sinto a mandíbula pressionar cada vez mais de irritação. Heather consegue ser a pior pessoa quando está em perigo. Ela consegue ser uma p**a desgraça. — Heather, é sua vez! — a Dra. Else diz, no momento que Eltery vem caminhando da sala com um curativo enorme envolta do nariz e outro na bochecha. — Já sabe o que fazer, só não me deixa na mão — ela termina a conversa e, por fim, levanta-se suavemente, caminhando na direção da Dra. Else. No mesmo momento, Eltery anda na minha direção junto com Elliot e se senta no lugar de Heather, soltando um pequeno grunhido quando se joga na cadeira. — Quer um pouco de água? — ouço Elliot oferecer para Eltery. Não ouço resposta alguma, apenas o som de Elliot distanciando-se. Novamente o silêncio da sala volta, no entanto, a respiração de Eltery consegue ser pior que a voz de Heather. — Tem como você respirar mais baixo? — digo com tom azedo. Ele se ajeita na cadeira e pede desculpas. — Angus… — diz baixo. Baixo demais que quase não ouço. — Que foi? — sussurrei em resposta. — Eu só queria poder dizer… — Só cala a boca Eltery — cortei sua fala sem me importar com quão grosseiro fui. ____∞____ Suas nádegas prosseguem docilmente engolindo o meu p*u, sem eu tocar ou fazer qualquer movimento. Mas logo pego em seus cabelos, trazendo seu rosto até o meu e o beijo. Não enrolo para retomar o controle e voltar a fodê-lo com força. Um tempo se passa e ele começa a implorar que eu não pare — que eu não pare de fodê-lo. Nossos gemidos são mais altos e sincronizados e, a única coisa que eu espero, é que não dê para ouvir nos dormitórios ao lado. Na última vez que afundo meu p*u completamente em Angus, o esperma dele esguicha no azulejo e o noto amolecer. Aproveitando o momento de fragilidade, não paro de entrar com força. Faço sua b***a zunir contra a minha virilha mais violentamente. Mais tarde, outra vez ele volta a contrair meu p*u, quase me fazendo gozar. Só que desta vez, consigo sair antes de seu interior. Angus se vira para mim. Freneticamente, junto meus lábios aos dele. Ele cerca meu pescoço com os braços, fazendo eu passear com uma mão pelas suas costas. Retiro de sua testa fios escuros de cabelo que cobriam seus olhos. Seu sorriso, parece aumentar mais ainda minha obsessão em fodê-lo.
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