CAPÍTULO 4 - A INFÂNCIA DE DRENALINA

2940 Words
PRIMEIRAS LEMBRANÇAS Desde os primeiros dias de vida, Drenalina parecia estar conectada a algo maior. Em sua infância, as memórias do Reino de Aethoria começaram a dançar em sua mente como estrelas brilhantes no céu noturno. A VISÃO DO REINO Certa manhã, enquanto estava em seu berço, Drenalina teve uma visão vivida e mágica. As paredes do quarto desapareceram e ela se viu em Aethoria. As árvores eram altas e majestosas, com folhas que brilhavam como esmeraldas sob a luz do sol. “Quem são essas pessoas?” Drenalina perguntou, observando figuras etéreas ao seu redor. “Eu sou Lyrian,” respondeu uma figura radiante, com cabelos prateados que pareciam refletir a luz das estrelas. “Sou seu mentor e estou aqui para guiá-la.” E então, um ser luminoso apareceu ao seu lado. “E eu sou Elian, seu anjo da guarda. Minha missão é protegê-la em sua jornada,” disse ele com uma voz suave como o vento. A CONEXÃO CÓSMICA Drenalina sentiu uma onda de calor e conforto ao ouvir suas palavras. “Mas por que eu? O que eu tenho de especial?” Lyrian sorriu gentilmente. “Você carrega uma marca estelar no pulso, um símbolo de seu destino. Sua vida será cheia de aventuras incríveis e seu coração sempre estará entrelaçado com as estrelas.” A visão começou a se desvanecer, e Drenalina foi puxada de volta à realidade. A MARCA ESTELAR Enquanto crescia, essas lembranças começaram a se desvanecer como nuvens no céu. Mas sempre que olhava para sua marca estelar no pulso, uma curiosidade profunda a envolvia. “Mãe,” ela perguntou certa vez durante o café da manhã, “o que você acha que significa essa marca no meu pulso?” Sophia olhou para ela com um sorriso carinhoso. “Ah, minha querida! Marcas especiais muitas vezes têm significados profundos. Pode ser um lembrete de quem você é ou do que você pode se tornar.” O DESTINO ENTRELAÇADO Com o passar dos anos, Drenalina começou a entender que sua vida estava cheia de possibilidades. Ela sonhava com aventuras em Aethoria e com os ensinamentos de Lyrian e Elian ecoando em sua mente. “Um dia,” prometeu para si mesma enquanto olhava as estrelas à noite, “eu vou descobrir o verdadeiro significado da minha marca e do meu destino.” Assim, envolta em amor e mistério, Drenalina crescia sabendo que seu futuro seria iluminado pelas memórias das estrelas e pelas promessas de um mundo além de sua imaginação. O LAR DE DRENALINA Drenalina cresceu em um lar onde o amor e a ciência se entrelaçam. Sua mãe, Sophia, era uma arqueóloga doce e meiga, conhecida por seu coração puro e pela maneira como via beleza em cada fragmento do passado. Ela contava histórias sobre civilizações antigas com uma paixão que fazia os olhos de Drenalina brilharem. HISTÓRIAS QUE ENCANTAVAM Em uma tarde ensolarada, enquanto estavam sentadas no quintal, Sophia começou a narrar a história de uma antiga civilização. “Você sabia, minha querida,” começou Sophia com um sorriso radiante, “que os maias acreditavam que cada estrela no céu era um ancestral cuidando de nós?” Drenalina olhou fascinada para sua mãe. “Mãe, você poderia me contar mais sobre eles? Como eles construíram aquelas pirâmides tão grandes?” “Ah, sim! Eles eram mestres em matemática e astronomia,” respondeu Sophia, gesticulando com entusiasmo. “Cada pedra colocada tinha um propósito especial.” O PAI CIENTISTA Enquanto isso, Dr. Lucas observava do lado de fora da casa, envolvido em seus experimentos. Ele se aproximou com um sorriso nervoso. “Sophia, você não deveria estar falando sobre coisas tão antigas quando temos tantas descobertas novas para fazer!” Sophia riu suavemente. “Mas querido, a ciência e a história não são opostas. Elas se complementam! Cada descoberta científica é uma nova página na história da humanidade.” Drenalina sorriu ao ver seus pais discutindo com tanto carinho. “Eu gosto das histórias da mamãe! Elas me fazem sonhar!” O EQUILÍBRIO ENTRE AMOR E CIÊNCIA Embora Dr. Lucas fosse um homem cauteloso e motivado pelo dinheiro, seu amor por Sophia era inegável. Juntos, eles formavam uma família peculiar onde a curiosidade científica se misturava ao encantamento pelas histórias do mundo. “E se eu puder ser como vocês dois quando crescer?” perguntou Drenalina com os olhos brilhando. “Você pode ser o que quiser,” disse Dr. Lucas com um tom encorajador. “A única coisa que você precisa é paixão pelo que faz.” Sophia assentiu em concordância. “Sim, minha filha! A paixão é o que traz vida aos nossos sonhos.” O LEGADO DE DRENALINA E assim, em meio a risos e diálogos cheios de amor e ensinamentos, Drenalina crescia cercada por um mundo onde o passado e o futuro se encontravam — formando as bases para quem ela se tornaria. A PEQUENA EXPLORADORA Até os seus sete anos, Drenalina era uma exploradora destemida da natureza. Ela adorava subir em árvores altas e fazer malabarismos nas pontas dos galhos, enquanto as flores e os animais pareciam brincar junto com ela. A natureza era sua verdadeira amiga; ela se sentia mais viva entre as folhas verdes do que entre as crianças da sua idade. A CONEXÃO COM O MUNDO NATURAL Drenalina se perdia em seus próprios mundos imaginários, onde cada folha sussurrava segredos e cada pássaro cantava uma canção de liberdade. “Olhem para mim!” ela exclamava, enquanto girava no ar, “Eu sou uma borboleta!” No entanto, essa conexão com o mundo natural também a isolava. Desde cedo, Drenalina não se sentia à vontade para interagir com outras crianças e preferia a companhia dos pássaros e das borboletas. O DOM DE DAR VIDA AOS DESENHOS Uma de suas habilidades mais incríveis era desenhar. Os desenhos de Drenalina não eram comuns; tudo o que ela criava no papel ganhava vida. Ao traçar as linhas de uma borboleta colorida, ela via a criatura sair do papel e voar ao seu redor. “Venham ver! Olhem como ela brilha!” Drenalina chamava suas amigas imaginárias, encantadas com a mágica que criara. Esses momentos eram mágicos e traziam alegria ao seu coração solitário. O DESAFIO NA ESCOLA Porém, na escola, a realidade era diferente. Drenalina enfrentava o bullying de colegas que não compreendiam sua sensibilidade e criatividade. Frequentemente acusada injustamente pelas travessuras dos outros, ela não tinha coragem para se defender e acabava sendo castigada por professores que viam apenas uma aluna quieta demais. “Por que você sempre está desenhando? Por que não pode ser como todo mundo?” as crianças zombavam dela, fazendo-a sentir-se ainda mais deslocada. CURIOSIDADE INSACIÁVEL Sua curiosidade insaciável sobre o mundo tornava-a alvo fácil das provocações. “O que é isso?” ou “Por quê?” eram perguntas constantes em sua mente inquieta. Mas essas perguntas também eram um reflexo de seu desejo profundo de entender o mundo ao seu redor. EMPATIA PELA NATUREZA Dentre seus princípios havia um forte respeito por todas as formas de vida. Nunca deixava ninguém matar insetos ou machucar animais. “Eles têm famílias também,” dizia com um olhar sério, defendendo até mesmo os menores seres vivos. Essa empatia profunda pela natureza era tanto sua força quanto sua fraqueza em um mundo que muitas vezes não entendia ou valorizava sua sensibilidade. Mesmo nos momentos mais sombrios, Drenalina acreditava que sua conexão especial com a natureza poderia um dia ajudá-la a encontrar seu lugar no mundo. ADOLESCÊNCIA DE DRENALINA Em cada escola que ela passava , parecia um ímã para atrair pessoas querendo implicar com ela. Ela sempre foi linda desde bebê com seus cabelos loiros e olhos azuis brilhantes podiam fazer dela a criança e adolescente mais feliz da face da terra . Mas a insegurança que ela tinha por dentro fazia ela imaginar de outra forma . NO CORREDOR DA ESCOLA O sino da escola tocou, e os alunos começaram a se dispersar pelos corredores, rindo e conversando animadamente. No entanto, Drenalina se sentia como um espectador em um mundo que não a incluía. Com a cabeça baixa, ela caminhava lentamente, tentando se esconder na multidão. Mas logo, vozes familiares começaram a se elevar acima do barulho. Um grupo de estudantes se aproximou, com sorrisos zombeteiros nos rostos. "Olha quem está aqui!" disse uma das meninas, sua voz cheia de desprezo. "A Drenalina! Você ainda está aqui? Pensei que já tivesse sumido." "Por que você não vai embora de uma vez? Ninguém vai sentir falta," disse outro garoto, rindo enquanto empurrava levemente Drenalina para o lado. Ela sentiu seu coração disparar e as lágrimas ameaçavam escapar de seus olhos. "Deixe-a em paz," murmurou uma voz tímida vinda de uma estudante próxima. Mas Drenalina sabia que isso não mudaria nada. As palavras cruéis continuavam a ecoar em sua mente, tornando-se mais pesadas a cada insulto. "Você realmente acha que alguém vai te defender?" a menina zombeteira perguntou com um sorriso malicioso. "Você é tão invisível que nem vale a pena." Drenalina fechou os olhos por um momento, tentando encontrar força dentro de si mesma. Mas quando abriu os olhos novamente, viu apenas risadas e olhares desdenhosos dirigidos a ela. O corredor parecia se estreitar ao seu redor, e a sensação de isolamento a envolvia como uma névoa densa. "Saia da nossa frente," gritou outro aluno, enquanto Drenalina tentava passar por eles. A pressão aumentou, e ela se sentiu como se estivesse prestes a desmoronar sob o peso das palavras deles. Com o coração pesado e as mãos tremendo, Drenalina finalmente decidiu dar meia-volta e sair do corredor. A última coisa que ouviu foi o riso deles ecoando atrás dela, misturado com as palavras cortantes que nunca pareciam parar. Ela saiu da escola para o ar fresco do lado de fora, mas mesmo assim, as palavras ainda ressoavam em sua mente como sombras persistentes. A dor parecia interminável. O SOFRIMENTO INTERNO E SEUS MONSTROS A Sombra no Quarto Drenalina estava encolhida em seu quarto, cercada por um silêncio opressivo que parecia gritar em sua mente. As paredes, decoradas com fotos de momentos felizes, agora pareciam zombar dela, lembrando-a de tudo o que havia perdido. As palavras cruéis que ouviu ao longo do tempo ecoavam como um mantra: "Você é um fardo", "Ninguém quer você aqui". Cada insulto era uma lâmina afiada, cortando mais fundo a cada dia. Enquanto as lágrimas escorriam pelo seu rosto, uma presença sombria começou a se materializar no canto do quarto. Era Xandros, o líder dos devoradores de mente . Ele emanava uma energia n***a e ameaçadora, sua forma humana se distorcendo enquanto as escamas surgiam e suas garras se alongaram. "Drenalina," ele disse, sua voz profunda e cheia de malícia. "Você não precisa sofrer sozinha." Ela olhou para ele com medo e confusão. Quem é você? Eu sou Xandros e meu maior poder é devorar mente humana através do sofrimento e da dor . O que está acontecendo? Você é um monstro." "Sim," ele respondeu, com um sorriso c***l se formando em seu rosto dracônico. "Eu sou a materialização da sua dor. E agora, vou devorar sua mente e transformar seu sofrimento em algo muito mais profundo." "Não!" Drenalina gritou, levantando-se em desespero. "Você não pode fazer isso!" Mas Xandros avançou, suas garras afiadas reluzindo sob a luz fraca do quarto. "Não se preocupe, minha querida. Vou te mostrar o verdadeiro significado da dor." Ele lançou uma onda de energia n***a para ela, envolvendo-a em sombras densas. Drenalina sentiu sua mente sendo invadida por imagens distorcidas de suas inseguranças e medos mais profundos. As memórias felizes foram devoradas por um vazio crescente, deixando apenas a escuridão e o desespero para preencher o espaço. "Você vai se tornar parte de mim," Xandros sussurrou, sua voz ecoando nas paredes do quarto. "E juntos vamos mergulhar em um abismo sem fim de sofrimento." Ela caiu no chão, sufocada pela dor que agora dominava seus pensamentos. "Por que você está fazendo isso?" ela perguntou entre lágrimas. "Porque eu me alimento da sua tristeza," ele respondeu com um riso maligno. "E quanto mais você sofrer, mais forte eu me tornarei." As sombras começaram a consumir Drenalina completamente enquanto lutava contra a escuridão que a envolvia. O quarto se tornou um labirinto de dor e desespero, com Xandros observando satisfeito enquanto ela se perdia em seu próprio sofrimento. O ENCONTRO COM O DESCONHECIDO O ar estava pesado, quase opressivo, enquanto Drenalina lutava contra a presença sombria de Xandros. Ele tentava roubar sua mente, suas memórias, como se fossem objetos a serem pilhados. Cada toque dele era como uma corrente fria envolvendo seu cérebro, sufocando-a lentamente. Ela sentia a vida escorregando entre seus dedos, e a escuridão começava a consumir tudo ao seu redor. Com dificuldade, Drenalina tentou gritar, mas sua voz parecia presa em sua garganta. O desespero a envolvia como uma névoa densa, e sua visão começava a escurecer. "Não... não posso deixar isso acontecer," pensou, enquanto as palavras de Xandros ecoavam em sua mente, tentando dominá-la. Foi então que uma luz intensa irrompeu no espaço sombrio onde ela estava. Uma presença celestial tomou conta do ambiente, e Drenalina sentiu um calor acolhedor envolvendo seu ser. Elian, seu anjo da guarda, apareceu com uma grande entrada. Seu brilho era tão forte que parecia dispersar as sombras ao redor. "Saia dela, Xandros!" A voz de Elian ressoou como um trovão suave, preenchendo o ar com poder e determinação. A luz emanada por ele empurrou o monstro para trás, fazendo com que Xandros recuasse com um grunhido de raiva. A escuridão que antes dominava Drenalina começou a se dissipar sob o brilho protetor de Elian. Com um movimento gentil e firme, Elian se aproximou de Drenalina e estendeu a mão. "Respire fundo," ele disse suavemente. "Estou aqui." Ela olhou para ele, atordoada e confusa. O toque dele era como um bálsamo para sua alma ferida. Gradualmente, ela começou a recuperar o fôlego, sentindo os batimentos acelerados do coração se acalmarem enquanto a luz de Elian envolvia seu corpo. Mas mesmo com toda aquela proteção e segurança ao seu redor, Drenalina ainda estava em choque. "Foi real? Ou estou apenas sonhando?" pensou consigo mesma. As imagens da luta contra Xandros ainda dançavam em sua mente como sombras inquietas. Ela balançou a cabeça lentamente, tentando entender o que acabara de acontecer. "Estou ficando louca," murmurou para si mesma, olhando para Elian com mistura de gratidão e dúvida. "Eu vi você... ou foi apenas minha imaginação?" Elian sorriu gentilmente, seus olhos brilhando com compreensão. "Você não está sozinha, Drenalina. O que você viu foi real. Eu sempre estarei aqui para te proteger." As palavras dele começaram a penetrar seu estado de confusão, trazendo um pouco de clareza à sua mente turva. Enquanto ela se recompunha lentamente, sentiu uma nova determinação surgir dentro dela. Eu não vou deixar que ele vença! O ENCONTRO NO CAPS Sua mãe preocupada com os ataques de pânico de sua filha , para sua mãe ela estava ficando louca , pois dizia coisas que não fazia sentido com a realidade . Sem pensar duas vezes , em conversa com o Dr Lucas, resolveram internar Drenalina UMA AMIZADE COM RISOTRIL Drenalina entrou no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) com um misto de nervosismo e curiosidade. A sala estava decorada com cores suaves, e o cheiro do café fresco preenchia o ar. Ela nunca tinha estado em um lugar como aquele antes, mas sentia que precisava buscar apoio e compreensão. Enquanto caminhava pelo corredor, Drenalina avistou uma enfermeira com um sorriso caloroso e um crachá que dizia "Risotril". Os cabelos dela eram de um tom vibrante e despojado, refletindo uma personalidade alegre. Risotril estava organizando alguns materiais em uma mesa. — Olá! Você deve ser a Drenalina! — exclamou Risotril, com um brilho nos olhos. — Estou tão feliz que você veio! Drenalina sorriu timidamente, aliviada por encontrar alguém tão acolhedor. — Oi! É... é a minha primeira vez aqui — respondeu Drenalina, olhando ao redor. — Não se preocupe! Todos nós já fomos novos aqui em algum momento — disse Risotril, puxando uma cadeira para que Drenalina se sentasse. — Eu sou Risotril, e estou aqui para ajudar no que você precisar. Conforme conversavam, Drenalina começou a se abrir sobre suas inseguranças e os desafios que enfrentava. Risotril escutava atentamente, fazendo perguntas gentis e oferecendo palavras de encorajamento. — Você é mais forte do que imagina, Drenalina — disse Risotril com sinceridade. — Às vezes, precisamos apenas de alguém que nos entenda e nos apoie para nos sentirmos capazes de seguir em frente. As semanas passaram e a amizade entre Drenalina e Risotril floresceu. Elas começaram a se encontrar regularmente no CAPS, onde Risotril não só oferecia apoio emocional, mas também introduzir Drenalina a atividades terapêuticas divertidas, como arte e música. Certa tarde, enquanto pintavam juntas em uma sala iluminada pela luz do sol, Drenalina olhou para Risotril e disse: — Sabe, eu não sabia que poderia encontrar alguém tão especial aqui. Você me faz sentir à vontade. Risotril sorriu amplamente, colocando uma gota de tinta azul na paleta de Drenalina. — Isso é o que amigos fazem! Estou aqui para você sempre que precisar. E lembre-se: cada dia é uma nova chance de brilhar! A conexão entre as duas se fortaleceu ainda mais à medida que compartilhavam risadas e desafios. A presença de Risotril na vida de Drenalina trouxe um novo significado à sua jornada de auto descoberta e cura. Depois daquele tempo com Risotril, Drenalina teve alta e Sophia e Dr Lucas passaram a dar mais atenção a ela e levar tudo de forma mágica
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