As malas não estavam completamente prontas, mas Bia já tinha decidido. Nem sabia ao certo o que ia encontrar no Rio de Janeiro, só sabia que não podia continuar vivendo em cima de suposições. Ou Luiz estava morto e ela precisava aceitar... ou ele estava vivo e ela precisava encarar. José não falou muito. Ele ajudou a colocar as malas no carro, organizou as coisas das crianças, e até foi quem comprou as passagens de ônibus. Mas cada gesto dele carregava uma dor silenciosa, um amor que estava se despedindo sem dizer adeus. — Cuida de deles. — ele disse baixinho, agachado pra abraçar Pedro Henrique. — Se cuida também, José. — Bia respondeu, com o coração apertado. Sophia percebeu o clima estranho, mas não perguntou nada. Só ficou quieta no banco ao lado da mãe, abraçada a um boneco antigo

