Erik

893 Words
Em frente ao colégio, Erik estava me esperando em frente ao seu carro. -Vai querer minha carona? – ele estava de braços cruzados e soltando seu sorriso encantador no canto da boca. -Você sabe que sim. – bati com minha mochila nele e sorri. Ele abriu a porta para mim, entrei no carro. -Como foi o passeio hoje? Parece que você se perdeu do seu grupo, o que aconteceu com você? – estávamos em meio a uma estrada longa e até calma para um sábado a tarde. Ele esperava uma resposta e eu não queria falar nada a respeito. -Hum, é. – falei com poucas palavras e sem detalhes. -Isso não é uma boa resposta. – Erik não tirou os olhos da estrada, mas também não parecia satisfeito com a resposta que dei. – Você sabe que pode contar comigo, sobre qualquer coisa. -Bem, talvez esteja acontecendo uma coisa. Mas eu tenho certeza que se eu te contar, você não vai acreditar e vai achar que sou louca. – não o olhei, mas percebi que sua feição mudou completamente. -Te achar louca? – ele sorriu – Impossível, te acho louca o bastante. – ri junto com ele. Paramos em frente a minha casa, havíamos chegado. –Você sabe que pode contar comigo para tudo. – ainda dentro do carro , se aninhou no banco e me olhou. – Percebo que, você não contou nada disso aos seus amigos. Você estava distante deles. Então, pode me contar. Fora do colégio, não sou seu instrutor. -Eu agradeço muito Erik.- me virei e fiquei na mesma posição que ele estava. – Eu realmente quero te contar, mas não sei. Não me sinto segura para isso. – soltei um pequeno sorriso. -Tudo bem, não vou te pressionar com isso. Tenha um bom fim de semana. – Erik beijou as costas da minha mão. Saímos do carro e fui até ele. – Agora você está segura. – ao abraçá-lo escutei um pequeno sorriso. – Bem, seu irmão parece mesmo cuidar de você. – ao soltá-lo percebi que Jony estava na porta de casa, provavelmente ele havia escutado o motor do carro. -Isa e Erik estão namorando! – escutei ele cantarolar ainda na porta, pulando e batendo palmas. -Não liga para ele. – estávamos frente a frente – Ele é só um garoto bobão. -Tudo bem. – Erik sorriu – Sempre gostei dele.- Erik desviou seus olhos para Jony e falou com ele. – Boa tarde Jony, estou feliz em vê você. -Oi Erik! Boa tarde! – Jony parou de cantarolar e andou até onde estávamos. – Posso saber onde vocês estavam? -Hum, claro! – Erik ficou de joelhos para ficar do tamanho dele. –Fomos a excursão do colégio e gentilmente trouxe sua irmã para casa. -Certeza que não fizeram mais nada? – aquela conversa estava se tornando engraçada, vê o meu irmão conversando e sorrindo com outras pessoas ,me fazia bem, o fazia bem. – hum, - ele franziu o cenho – não acredito tem você. -Okay Jony, chega! Ele está falando a verdade. – coloquei minhas mãos sobre seu ombro e o abracei de costas. –Vamos entrar antes que a mamãe reclame. Obrigado mais uma vez Erik. – sorri para ele. -Sempre as ordens. – ele fez um gesto, o qual acreditei ser feito no quartel. Ainda o vi entrando no quarto e indo embora com o carro. -Você gosta dele , não gosta? – abaixei meus olhos para encontrar o de Jony. – Você sabe que ele é mais velho e que não pode ficar com ele, porque é da nossa escola. -Primeiro, não gosto dele. Segundo, eu sei que ele é mais velho e terceiro, não é da sua conta com quem eu posso e não posso ficar. Vamos entrar! – o coloquei em minha frente e entramos. Percebi que meu padrasto preparava umas bolsas com comida, e na outra , conseguir enxergar algumas garrafas que propus ser bebidas. –Jony, vamos há algum lugar? – perguntei baixinho no ouvido dele. -È, parece que vamos ver a vovó. A mamãe está no meu quarto preparando uma bolsa com minhas roupas. – ele cochichou no meu ouvido. -Ah, Isabelle. Ótimo que você chegou, prepare suas coisas que vamos até a casa da sua avó. – nossa conversa sigilosa foi interrompida pela voz do meu padrasto. –Ande logo, saímos em trinta minutos. – eu estava bastante feliz para falar alguma coisa, então simplesmente subi as escadas e corri para o meu quarto. Peguei minha bolsa de costas e coloquei coisas necessárias. Alguns pares de roupas, livro, notebook, fones de ouvido, utensílios pessoais. Tudo estava pronto em menos de quinze minutos. Tomei um banho. Desci para comer algo. -Isa, está pronta? – escutei a voz da mamãe na sala. -Sim mãe! – gritei da cozinha. -Ótimo, coloque-as no carro. – a obedeci, peguei minha bolsa e do Jony e as coloquei no carro. Em alguns segundos estávamos todos dentro do carro, indo em direção a casa do nosso avós. Eles moravam em uma pequena fazendo na saída da cidade, um lugar calmo e verde, como eles sempre sonharam em viver. A viagem durava pelo menos quarenta minutos. Contudo, era sábado, as estradas estavam lotadas pois a maioria das pessoas viajavam, mas ele conhecia um atalho que nos fazia chegar em menos de trinta minutos. Chegamos.     
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