Depois do “Sim

295 Words
" A festa seguiu simples, leve e cheia de significado. Amigos próximos, família, música suave. Davi dormia no colo da avó, exausto de tanto correr com outras crianças. Benjamim dançava com as irmãs de Pedro, rindo alto como quem sabia que agora tudo estava no lugar certo. Pedro e Sandra dançaram como se estivessem sozinhos. Ele sussurrava no ouvido dela: — Você está linda... parece que esse dia sempre foi seu. Sandra sorriu, encostando a cabeça em seu peito. O coração dele batia forte, compassado com o dela. E ali, naquele abraço, eles se permitiram fechar um ciclo — e começar outro. Mais tarde, já em casa, com as crianças sob os cuidados da avó, Pedro a carregou no colo até o quarto, rindo do exagero. — Está me tratando como uma princesa? — ela provocou. — Não. Como uma rainha. A mulher da minha vida. Ela o puxou pelo colarinho e o beijou com fome. Foi um beijo carregado de tudo que haviam guardado — desejo, amor, saudade, perdão. A noite se desenrolou quente, cheia de toques redescobertos, olhares demorados, gemidos abafados pelo lençol e pelos beijos. O corpo de Sandra se entregava como se soubesse exatamente onde queria estar. Pedro a tocava com cuidado e intensidade, como quem memoriza um território sagrado. Sem pressa, sem medo. Fizeram amor como quem sela uma promessa, como quem reconstrói um lar com as mãos e a pele. E quando ela sussurrou seu nome entre suspiros, Pedro a abraçou mais forte, como se não quisesse deixar o mundo interferir nunca mais. — Agora somos só nós — ele disse. — De verdade. E ali, entre lençóis amassados e corações entregues, o amor deles foi consumado de forma plena. Não como uma fuga ou impulso... mas como destino.
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