Capítulo 38
PARDAL NARRANDO
O jeito que a Geiza abriu o cinto…
Caralhö.
Por um segundo eu pensei que o mundo tivesse ficado pequeno demais pro que eu estava sentindo.
Ela soltou o cinto devagar, como quem liberta alguma coisa proibida, e o som do fecho estalando no silêncio desse carro entrou no meu corpo como um aviso:
isso vai dar merdä.
Daquelas boas.
Daquelas que a gente sente dias depois .
Me aproximei devagar, passando a mão pela coxa dela, por cima do tecido da roupa, sentindo cada arrepio que subia na pele dela.
E, putä que pariu, ela arrepiava fácil.
Muito fácil .
— Respira. — murmurei, minha mão subindo mais, contornando o quadril dela. — Só respira, Geiza .
Ela respirou errado .
Curto.
Tenso.
Como quem quer mais, mas tem medo de admitir .
A mão dela apertou o ba
