Capítulo 44
ANALU NARRANDO
Eu achei que depois de conversar com a Geiza e desabafar um pouco, minha cabeça ia aliviar.
Não aliviou porrä nenhuma.
Voltei pra casa com um aperto no peito que não passava.
Jantei com meus pais quase calada, fingindo um sorriso aqui e ali, respondendo “tá tudo bem” como se esse fosse meu nome. Eles não desconfiaram de nada ou escolheram não ver. Minha mãe até comentou que eu estava com cara de cansada, e eu só balancei a cabeça, dei um beijo nela e inventei que ia dormir cedo.
Subi pro quarto, fechei a porta e fiquei aqui, sentada na cama, encarando o nada por uns bons dez minutos.
Meu corpo ainda doía.
Não uma dor rüim…
uma dor que me fazia lembrar cada toque, cada puxão, cada palavra suja que o Guepardo disse olhando dentro da minha alma.
E isso me
