Capítulo 25 ANALU NARRANDO Quando dobrei a esquina e eu vi o portão da casa da Geiza, o coração acelerou. Aquela sensação de estar voltando pra um lugar seguro era só aparência, por dentro, eu tava uma bagunça. Dor, cansaço, raiva, e o gosto amargo da pílula ainda na boca. O ar da manhã me bateu no rosto e eu senti o corpo inteiro reclamar. As pernas doíam, o quadril latejava, e parecia que cada passo era um lembrete da noite anterior. Dei uns cinco passos e parei. Foi quando vi um carro descendo devagar, estacionando do outro lado da rua. Do banco do passageiro, quem desceu foi Geiza. Ela tava com o cabelo bagunçado, a roupa amassada e um olhar que misturava susto e desconfiança. O carro arrancou logo depois, e eu fiquei olhando sem entender nada. — Geiza? — chamei, meio sem v

