Capítulo 48
GUEPARDO NARRANDO
A ruiva tava parada na minha frente como se tivesse engolido a língua.
Olhos arregalados, mãos suadas, o coração quase saindo pela boca.
Eu já tava ficando sem paciência.
— Vai, porrä. — falei, cruzando os braços. — Fala logo. Eu não tenho o dia inteiro pra ficar olhando pra tua cara, não. E hoje tem Flamengo. Eu não vou perder jogo pra escutar frescura.
Ela engoliu seco.
— E-eu… — começou.
— Gaguejou, perdeu. — cortei. — Próxima.
Ela respirou fundo, fechou os olhos por um segundo e soltou, mais rápido do que eu esperava:
— Você não pode continuar fazendo isso com a Analu!
Eu arqueei uma sobrancelha, devagar, saboreando a audácia.
Essa filha da putä tá querendo morrer, só pode.
— O quê? — perguntei, rindo de canto . — Repete aí, pra ver se eu ent
