📍 NARRADO POR DANIEL VASCONCELOS Saí da casa devagar, sentindo o peso da adrenalina ainda queimando nas veias. O cheiro de sangue ficou preso no meu nariz, misturado ao de cerveja velha e madeira úmida. A porta bateu atrás de mim como ponto final. Bruno tava encostado na moto, cigarro apagado no canto da boca. Os dois da base nova, um com a mão no fuzil e outro só tentando não me encarar, se endireitaram quando me viram. — “Resolveu?” — Bruno perguntou, mais pelo protocolo do que por dúvida. Olhei pros três, depois pro barraco atrás de mim. — “Põe fogo nesse morro.” Ele piscou, como se não tivesse ouvido direito. — “Mas, Daniel…” Virei pra ele com o olhar que não deixava espaço pra interpretação. — “Daniel tá morto, Bruno. Aqui… quem manda é o Terror. E o Terror não pede, manda

