eu te odeio

1005 Words
Eu estava enfurecido, não conseguia conter minha raiva, então quebrei um dos vasos de decoração da sala. - ELA O QUÊ? - a senhora Jude quer ser a presidente do grupo. - não deixe que isso aconteça, se ela receber a liderança, vai por tudo por água a baixo, até os projetos mais importantes da filial. ele diz para seu assistente do outro lado da linha. - certo, vou impedir que isso aconteça. após atender uma ligação importante do meu assistente. Deixo o hotel, pego o carro e ando pela cidade para pensar em tudo o aconteceu até o momento. Se ela acha que vai tomar a liderança da empresa, está muito enganada, eu farei de tudo para não permitir que isso aconteça, isso tudo é culpa de Belinda, se ela acha que vai me usar, está muito enganada. paro em um Bar, e sento na primeira cadeira vazia que avisto na bancada. o barman pega a taça e começa a higienizar. - boa noite, o que deseja senhor? pergunta assim que guarda a taça. - uma garrafa de whisky jack daniels. peço em específico. - single barrel? ele pergunta? - não, Fire. uma garota se senta ao meu lado, e ela me encara, e pela silhueta parece ser uma bela mulher. - boa noite Arthur. ouço a voz familiar, e de repente me lembro de três anos atrás em um quarto de hotel, em Buenos Aires, acordo, e sinto o perfume de Alice, ela está adormecida. agarro por trás e beijo sua nuca, e então desperta, se vira de frente para mim e me agarra com força, em um beijo quente. - bom dia meu amor. diz ofegante e sedutora. Alice foi a única mulher que amei verdadeiramente, jamais se importou com minha linhagem, ou com o que tinha. Amava viajar comigo, apenas para ficar ao meu lado, não importa para onde, Veneza, Paris, Dubai, só queria estar junto à mim. lembro que em Paris, íamos à teatros, restaurantes, visitamos o Louvre, eu faria tudo de novo, só para vê la sorrir. - Alice digo ainda surpreso, e então ela sorri. - como está sua esposa? Sinto um tom irônico na pergunta dela, e respondo da mesma forma. - deve estar bem. - Arthie, eu queria que você soubesse que eu ainda penso em você. ela pega o meu copo e bebe um pouco de whisky. observei calmamente com ternura, ela não mudou nada desde a nossa conversa no hotel em Monte Carlo. - o que você acha de ir para um hotel? ela diz com uma voz provocante. - não acho que seja uma boa idéia. respiro pesadamente, tenho que voltar para minha esposa, não que eu me importe com Belinda, mas tenho que tirar satisfações com ela. - então tudo bem, mas beba um pouco comigo. - tudo bem apenas uma dose de whisky. confirmo, ela está tão linda esta noite, um vestido preto brilhoso, que vai até o chão. tomamos vários drinks, m*l vi a hora passar, e quando percebo, estou subindo o elevador, saindo com dificuldade, abro a porta da suite e encontro Belinda na cama dormindo. - você tá aí toda feliz, não é mesmo? falo com dificuldade - Arthur? ela desperta, ainda muito sonolenta, esfrega os olhos e acende o abajur. - tudo isso... é culpa SUA!! diz com raiva, apontando o dedo para ela com a garrafa de whisky na mão. - Esse casamento é uma MERDA! grito em sua direção, e ela se levanta assustada, mas toma coragem e rebate. - E você acha que eu estou feliz? ela põe as mãos na cintura. - você também aceitou se casar, se não tivéssemos dito sim, eu estaria... ela hesita em dizer, mas sei que tem algo mais nessa história. - vai termina de falar, eu quero ouvir. me sento no sofá e bebo mais um gole de jack Daniels. - estaria longe de você, você tirou algo precioso de mim, e isso eu não vou perdoar. lanço um olhar frio em sua direção, me levanto com dificuldade, e deixo a garrafa no sofá. agarro ela com força e a puxo para perto de mim. esquecendo do assunto que queria tirar satisfação, ela me faz esquecer do mundo dos negócios, apenas com a presença dela. - o que foi que eu tirei? pergunto com uma voz sedutora, em seu ouvido direito. - eu te odeio, você tirou minha pureza. ela diz se soltando em meio às lágrimas, sai correndo da suite, e bate a porta. ela estava de um conjunto, pijama cinza de coração, as calças eram longas, e a blusa era de alcinha, e uma pantufa rosa. era o último dia em Paris, e depois iríamos para a ilha de Skopelo. tomei bastante água para passar o alcoolismo, depois de cinco minutos fui procurar ela, depois de vasculhar os andares encontrei ela, estava sentada no saguão, sendo acalmada por uma empregada idosa. - está tudo bem minha flor, vai ficar tudo bem. ela estende um copo de água para Belinda. - eu só queria que ele entendesse que nada disso é minha culpa, como posso dizer isso, se nem ao menos ele me escuta. - olha meu bem, muitos homens são assim, vocês vão conseguir resolver esse problema, e vai ficar tudo bem. pigarro. - amanhã vamos cedo para a ilha, então acho melhor você arrumar sua mala. ela olha para mim, com seu rosto vermelho, seu rosto marcado por suas lágrimas. ela olha para a idosa em sua frente. - muito obrigada. Belinda pega o copo bebe e entrega de volta - tudo bem. a senhora sorri e abraça ela, se retira do local, Belinda passa por mim, sem me olhar, entramos no elevador, e eu respiro profundamente. - eu sabia. ela fica calada ao meu lado por um longo tempo. - vi o sangue no lençol, naquele dia. passo a língua entre os lábios secos, e ela suspira. chegando no nosso andar, ela sai primeiro do elevador, e entra na suite, sem falar comigo.
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