Meu doce Carrasco - Sob o véu da ambição -

Isabela estava diante do espelho, observando cada detalhe da sua aparência com um olhar atento. Os seus cabelos castanhos, de um tom profundo, caíam em ondas suaves até os ombros, contrastando com a seda azul do vestido que escolhera para a noite. Aos 21 anos, Isabela exalava uma graça natural, com a pele pálida e suave realçada pela luz suave que iluminava o seu quarto. A festa daquela noite era mais uma das inúmeras recepções da alta sociedade que o seu pai organizava, um evento onde o poder e a riqueza dos Alvares seriam mais uma vez exibidos com orgulho. Isabela, acostumada a essas ocasiões desde a infância, sabia que a sua presença era parte da imagem impecável que a sua família buscava manter. Ela ajustou o colar de pérolas no seu pescoço, uma herança que pertencera à sua mãe, e que agora simbolizava tanto o peso da tradição quanto o legado que ela estava destinada a carregar. Os brincos, combinando com o colar, pendiam delicadamente das suas orelhas, refletindo a luz e acrescentando um toque de sofisticação ao seu visual. Isabela era a personificação da elegância e da expectativa que os seus pais sempre tiveram para ela. Com os seus olhos verdes, expressivos e curiosos, ela absorvia o mundo ao seu redor com uma mistura de interesse e resignação. Embora estivesse acostumada a essas demonstrações de luxo e influência, havia sempre uma parte de Isabela que se sentia um pouco deslocada, como se aquele mundo de aparências e jogos sociais não fosse realmente o seu. Com o vestido ajustado e o cabelo impecável, Isabela respirou fundo, preparando-se mentalmente para a noite à frente. Sabia que teria que sorrir, conversar, e ser a filha perfeita que seus pais esperavam, representando o nome Alvares com a mesma dedicação e orgulho de sempre. Afinal, naquela sociedade, cada gesto e palavra eram cuidadosamente analisados, e Isabela estava ciente de que, como única filha dos Alvares, sua responsabilidade era grande. Ela deu um último olhar ao espelho, certificando-se de que tudo estava em ordem, e então saiu do quarto, pronta para enfrentar mais uma noite de luxos e expectativas na vida que a sua família havia moldado para ela. “Faculdade nem pensar, de acordo com o seu pai ela precisava conquistar um homem rico como marido para arcar com o luxo que ele em toda a sua vida havia lhe fornecido, que a sua herdeira não poderia receber menos do que isso. ” No internato onde passou grande parte de sua vida, ela aprendeu a tocar piano muito bem, assim como falar inglês, espanhol e francês fluentemente. O pai de Isabela, Bernardo Alvares, era uma figura imponente em São Paulo, conhecido tanto por sua fortuna quanto por seu poder de influência na alta sociedade. Com os seus cabelos grisalhos sempre bem penteados e os olhos penetrantes de um azul profundo, Bernardo comandava os negócios da família com uma mão firme e uma visão estratégica que poucos podiam igualar. A fortuna dos Alvares havia sido construída ao longo de gerações, começando com o bisavô de Bernardo, que havia estabelecido uma próspera empresa de exportação de algodão durante o século XIX. Com o tempo, a família expandiu seus negócios para outras áreas, incluindo imóveis, finanças, e até mesmo uma pequena participação na indústria do açúcar. Esse império financeiro garantiu aos Alvares uma posição de destaque na sociedade brasileira, tornando-os uma das famílias mais ricas e respeitadas da região. Bernardo, desde jovem, assumira a responsabilidade de manter e expandir o legado da família. Ele era um homem de negócios astuto, conhecido por sua habilidade em negociar acordos vantajosos e por sua capacidade de prever tendências econômicas antes de seus concorrentes. Seu nome era sinônimo de sucesso e respeito, e ele fez questão de que sua filha Isabela compreendesse o peso desse legado. Para Bernardo, a fortuna dos Alvares não era apenas uma questão de dinheiro, mas de prestígio e poder. Ele acreditava que cada decisão que tomava, desde os investimentos até as alianças sociais, era fundamental para preservar e aumentar a influência da família. E, como única filha, Isabela era uma peça central em seus planos, destinada a continuar o legado que ele e seus antecessores haviam construído. Por isso, eventos como a festa daquela noite eram essenciais. Eram oportunidades para reafirmar a posição dos Alvares na sociedade, para mostrar que, apesar das mudanças nos tempos, sua família ainda era uma força a ser reconhecida. Para Bernardo, cada detalhe importava, e ele nunca deixava passar uma chance de reforçar o poder e a riqueza que os Alvares representavam. Quando Isabela chegou à festa, sua entrada foi recebida com uma série de flashes de câmeras e murmúrios admirados. O salão do elegante hotel estava repleto de pessoas da alta sociedade de São Paulo, todas com os olhos voltados para a grande entrada da filha de Bernardo Alvares. Ao descer a escada de mármore, Isabela sentiu o peso de todos os olhares sobre ela. Seu vestido azul real, que brilhava sutilmente sob as luzes do salão, destacava-se entre os convidados, e seu porte majestoso parecia a própria personificação do status e da riqueza que seus pais sempre buscaram demonstrar. Cada passo que dava era uma afirmação silenciosa de sua posição na sociedade, e a forma como ela deslizava com graça e confiança era quase hipnótica. Os fotógrafos, com suas câmeras posicionadas estrategicamente, capturavam cada ângulo de sua chegada, clicando freneticamente para registrar o momento em que Isabela se tornava o centro das atenções. Ela posava com um sorriso sereno, mantendo uma postura impecável, enquanto se movia pelo tapete vermelho que havia sido estendido especialmente para a ocasião. Os flashes das câmeras piscavam como estrelas em uma noite clara, criando uma aura quase mágica ao redor dela. Ao entrar no salão, Isabela foi saudada por um grupo de convidados que aguardava ansiosamente para cumprimentá-la. - Senhorita Alvares, que prazer vê-la. Disse a senhora Catherine Dubois, uma das figuras mais proeminentes da alta sociedade. – O vestido está absolutamente deslumbrante. - Obrigada, Catherine. Respondeu Isabela com um sorriso cortês. – É sempre um prazer participar dessas celebrações. Enquanto ela conversava com Catherine, um fotógrafo se aproximou, ajustando sua câmera. - Senhorita Alvares, um retrato rápido, por favor! Isabela se virou, mantendo o sorriso enquanto o flash estourava. - Claro, só um momento. Ela disse, antes de voltar a atenção para a senhora Dubois. – Como estão os preparativos para a nova exposição do museu? Ouvi dizer que será um evento notável. A senhora Dubois sorriu, visivelmente satisfeita com o interesse de Isabela. - Estamos bastante empolgados. Com a sua presença aqui, eu tenho certeza de que a noite será um sucesso absoluto. Isabela fez uma leve inclinação de cabeça, agradecendo o elogio. - Fico feliz em ouvir isso. É sempre um prazer apoiar eventos que destacam a cultura e as artes. À medida que avançava pelo salão, cumprimentando outros convidados e posando para mais fotos, Isabela foi abordada por um jovem casal, os Figueroa, conhecidos por suas conexões políticas. - Senhorita Alvares, é uma honra. Disse o senhor Figueroa, apertando a mão de Isabela com um sorriso caloroso. – Seu pai deve estar muito orgulhoso. - Obrigado, senhor Figueroa. Respondeu Isabela. – Ele está bastante satisfeito com como as coisas estão indo, apesar dos desafios recentes. A senhora Figueroa, que estava ao lado do marido, acrescentou com um tom conspiratório. - Eu ouvi rumores sobre novos investimentos para a família Alvares. Há algo que você possa compartilhar? Isabela sorriu discretamente, mantendo a compostura. - Meu pai prefere manter os detalhes em sigilo até que tudo esteja confirmado. Mas posso garantir que estamos focados em estratégias que garantirão a estabilidade e o crescimento contínuo da nossa fortuna. Com a festa a todo vapor, Isabela se dirigiu ao grupo de anfitriões, cumprimentando-os com um charme calculado. Ela sabia que cada interação era uma peça fundamental no quebra-cabeça da imagem que sua família esperava projetar. Enquanto a noite avançava, Isabela se movia através da multidão com a confiança de alguém que, mesmo diante das adversidades, sabia exatamente como manter o legado da família Alvares brilhando intensamente. Enquanto Isabela aguardava ser guiada para o seu lugar de destaque, ela observava o salão vibrante e sofisticado, o murmúrio das conversas e o brilho das luzes criando uma atmosfera de elegância. Como filha da família Alvares, a expectativa era alta, e ela estava ciente da responsabilidade de manter a imagem de prestígio que seus pais tanto valorizavam. Foi então que seu olhar encontrou Juliano, que estava conversando com um grupo de convidados próximos ao buffet. Juliano era o retrato da sofisticação e do sucesso, a imagem viva de tudo o que seus pais esperavam em um potencial genro: atraente, refinado e com uma aura de poder e charme. Seu terno escuro estava perfeitamente ajustado, acentuando sua figura atlética, e seu cabelo escuro estava impecavelmente arrumado. Seus olhos profundos e penetrantes capturavam a luz de maneira hipnótica, e seu sorriso cativante iluminava o ambiente ao redor. À medida que Isabela se preparava para ser guiada ao seu lugar, Juliano percebeu a situação e se aproximou dela com um sorriso caloroso. Ele fez uma leve inclinação de cabeça em um gesto de respeito. - Senhorita Alvares, posso acompanhá-la até o seu lugar? Juliano ofereceu, sua voz suave e envolvente. – Seria um prazer. Isabela olhou para ele, surpresa e aliviada ao mesmo tempo. – Isso seria maravilhoso, Juliano. Agradeço muito. Juliano estendeu o braço em um gesto cortês, e Isabela o aceitou com um sorriso. Juntos, começaram a caminhar pelo salão, passando por grupos de convidados que os observavam com interesse. Juliano, com sua presença magnética, parecia atrair todos os olhares, e Isabela não podia deixar de sentir um sentimento de orgulho e satisfação. Enquanto caminhavam, Juliano fez um comentário para quebrar o gelo. - Eu estava apenas pensando em como a sua presença ilumina o ambiente. É uma verdadeira honra estar ao seu lado está noite. Isabela riu suavemente, sentindo o calor de suas palavras. - Você é muito gentil, Juliano. É sempre um prazer estar aqui e participar de eventos tão importantes. Ao se aproximarem do seu lugar reservado, Juliano a guiou com uma elegância natural, seu gesto protetor e atencioso reforçando ainda mais a impressão de que ele era o par ideal. - Aqui está o seu assento. Disse ele, apontando para a cadeira ao lado de um lugar de destaque. Isabela se acomodou com graça, e Juliano se sentou ao seu lado, o sorriso ainda presente em seu rosto. - Espero que a noite seja tudo o que você esperava. Ele disse, pegando uma taça de champanhe e oferecendo-a a ela. – E, se precisar de qualquer coisa, não hesite em me chamar. - Obrigado, Juliano. Isabela respondeu, pegando a taça com um sorriso sincero. – A presença de alguém como você realmente faz a diferença. Enquanto a noite avançava, Isabela e Juliano conversavam, interagiam com outros convidados e compartilhavam risadas, consolidando a imagem de prestígio e sofisticação que a família Alvares sempre buscou projetar. Juntos, eram o par ideal, representando a elite da sociedade com charme e classe, enquanto a festa seguia seu curso animado e elegante. Enquanto Isabela se acomodava ao lado de Juliano, uma onda de memórias a envolveu, trazendo de volta os dias da infância e da adolescência que passaram juntos. Ela se lembrou claramente do primeiro encontro com Juliano, quando ambos eram ainda crianças, durante uma visita de verão à casa de campo dos pais de Juliano na Inglaterra. Na época, ele era um garoto charmoso, com um sorriso fácil e um olhar que parecia prometer aventuras e diversão. Aqueles verões em Londres se tornaram um marco na vida de Isabela. Ela recordava as tardes passadas explorando a cidade com Juliano, o jeito dele de tornar cada passeio especial e como ele sempre encontrava um motivo para estar perto dela. A medida que eles cresceram, as mudanças físicas em Juliano se tornaram cada vez mais evidentes. O garoto com cabelos escuros e olhos brilhantes se transformara em um jovem impressionante, com uma presença magnética e uma aura de sofisticação que atraía todos ao seu redor. A transformação não foi apenas física. O carinho e a cortesia de Juliano se tornaram mais evidentes, e sua maneira de tocar a mão dela discretamente tornou-se um gesto constante e significativo. Ele sempre encontrava um jeito sutil de fazer isso, seja ao passar um objeto, ao guiá-la em um passeio ou simplesmente ao conversar. Cada toque parecia carregado de um significado especial, como se estivesse constantemente reafirmando a conexão entre eles. Agora, enquanto estava sentada ao lado de Juliano na festa, ela percebeu a maneira como ele estava tocando sua mão novamente, escondido sob a mesa. A sensação do toque dele, embora discreta, era inconfundível. Seu coração acelerava com a lembrança de todos aqueles momentos passados, e o sentimento de atração que sempre estivera lá parecia se intensificar com cada contato. Juliano estava ao seu lado, seu olhar concentrado e seu sorriso suave, enquanto as mãos dele, discretamente posicionadas sob a mesa, estavam levemente encostadas nas dela. A sensação de sua pele tocando a dela a fazia lembrar da forma como ele a tratava com tanto carinho e atenção ao longo dos anos. Era inevitável que, com tanta gentileza e afeto, ela acabasse se apaixonando por ele. Ela virou o rosto para olhar para ele, encontrando seus olhos com um brilho caloroso. Juliano respondeu com um sorriso, que parecia entender a profundidade dos sentimentos dela sem precisar de palavras. O ambiente ao redor parecia se desfocar, e o toque sutil de sua mão a fazia sentir como se estivessem sozinhos no meio da festa. - Então, Isabela... Juliano disse, sua voz suave e envolvente. – Como tem passado desde a última vez que nos vimos? Ela sorriu, sentindo um calor crescente no rosto. - Tem sido um período agitado, mas estou feliz por estar aqui e por ter a oportunidade de conversar com você. O toque de Juliano continuava a ser uma presença constante e reconfortante, e Isabela sabia que, apesar das mudanças e das circunstâncias que os cercavam, o carinho e a conexão que eles compartilhavam eram tão reais quanto sempre foram. E, enquanto a festa continuava ao redor deles, ela se permitia se perder naquele momento, apreciando cada instante ao lado de alguém que havia sido, e ainda era, tão importante em sua vida. Ela observava os convidados se divertindo, os risos e as conversas se entrelaçando em uma melodia de alta sociedade, e refletiu sobre a própria vida e as decisões que tinha tomado. Era bobo, pensava ela, querer se casar aos vinte e um anos. Em muitos círculos, essa era uma idade considerada jovem demais para assumir um compromisso tão sério. Mas, para Isabela, a sensação de estar pronta era inabalável. Ela sentia-se mais do que preparada para enfrentar o que o futuro lhe reservava, e a escolha de Juliano como seu parceiro era uma decisão que parecia perfeita e natural. Desde os primeiros encontros na infância, passando pelos verões em Londres, até o presente, Juliano sempre tivera um lugar especial em seu coração. Ele não era apenas um amigo próximo; ele era a personificação de todas as qualidades que ela admirava e desejava em um parceiro. Sua presença era reconfortante, seu carinho constante e seu respeito inabalável. Cada toque sutil, cada gesto de atenção, fazia com que ela se sentisse valorizada e compreendida de uma maneira que poucas pessoas conseguiriam. Enquanto observava Juliano ao seu lado, seus pensamentos se tornaram claros e decisivos. A ideia de se casar com ele não era apenas um passo lógico, mas uma escolha de coração. Juliano era o homem com quem ela queria compartilhar sua vida, não apenas por causa de sua sofisticação e sucesso, mas por causa do profundo carinho e conexão que eles compartilhavam. Isabela observava a sala com um olhar atento e curiosidade natural. As mesas ao redor estavam repletas de famílias e convidados, todos imersos em suas conversas e interações. A atmosfera estava cheia de murmúrios e risadas, um reflexo da sofisticação e da importância do evento. Ela notou o governador do Estado e sua esposa, um casal que irradiava uma aura de cumplicidade e carinho. A esposa ria animadamente, inclinando-se para ouvir algo que o governador havia dito ao seu ouvido. Havia uma leveza no modo como eles interagiam, um sinal claro de uma profunda conexão e de anos de companheirismo. Um pouco adiante, Isabela viu um homem que não reconhecia. Ele estava vestido com um smoking que parecia ter custado uma pequena fortuna, com um tecido rico e um corte impecável que destacava sua figura imponente. A mulher ao seu lado estava claramente tentando chamar sua atenção, conversando sem parar. O homem, no entanto, parecia alheio à conversa. Com um olhar entediado, ele girava a bebida em seu copo, ignorando completamente as tentativas da mulher de envolvê-lo na conversa. Ela se inclinou para pegar o celular dele, tentando resgatar algum tipo de interação ou interesse, mas parecia que seus esforços eram em vão. Isabela não pôde deixar de se perguntar sobre a dinâmica entre aquele homem e a mulher ao seu lado. O contraste entre a frieza do homem e a tentativa incessante da mulher de envolvê-lo criava uma cena intrigante, quase teatral. O ambiente ao redor deles continuava animado, mas aquele pequeno drama no canto da sala parecia ser um espetáculo à parte. Enquanto ela continuava a observar, seus pensamentos foram interrompidos por Juliano, que chegou ao seu lado com um sorriso encantador. - Espero que não esteja achando os outros convidados mais interessantes do que a minha companhia. Isabela sorriu, olhando para ele com um brilho divertido nos olhos. - Não, Juliano. Apenas me distraí com as cenas ao redor. Você parece ser a única constante que não muda aqui. Juliano riu, inclinando-se levemente para ela. - E eu farei o possível para continuar sendo a melhor parte da noite. Vamos aproveitar o jantar antes que nos separem novamente? À medida que o jantar avançava e os pratos sofisticados eram servidos, o murmúrio suave das conversas ao redor parecia criar uma trilha sonora de fundo perfeita para a interação entre Isabela e Juliano. Os dois estavam imersos em uma conversa animada, com momentos de flerte discreto que só aumentavam a i********e entre eles. Enquanto degustavam a sopa de trufas, Juliano inclinou-se ligeiramente para ela, um sorriso brincando nos lábios. - Você sabe, Isabela, sempre achei que a culinária aqui é quase tão encantadora quanto a companhia. Isabela levantou um olhar curioso, seus olhos brilhando à luz das velas. - E eu sempre pensei que um bom jantar é ainda melhor quando compartilhado com alguém que sabe apreciá-lo. Juliano ergueu a taça de vinho com um gesto elegante. - Então, estou particularmente grato por ter você ao meu lado esta noite. Sua presença realmente faz toda a diferença. - Isso é muito gentil da sua parte. Isabela respondeu, um leve rubor aparecendo em suas bochechas. – Mas devo dizer que sua companhia torna cada momento mais interessante. À medida que o prato principal era servido, Juliano continuou a conversa com um tom mais pessoal. - Você tem um talento para fazer qualquer evento parecer mais especial, Isabela. Não posso deixar de me perguntar se há algo que você não faz com graça e elegância. Isabela riu suavemente, inclinando-se um pouco para frente. - Isso é um elogio encantador, Juliano. Eu só estou tentando manter o nível de sofisticação que você e sua família sempre trouxeram para essas ocasiões. Juliano sorriu, seus olhos fixos nos dela. - Bem, você certamente está superando todas as expectativas. Não consigo imaginar ninguém que possa competir com você em termos de charme e inteligência. - Você realmente sabe como fazer uma garota se sentir especial. Isabela respondeu, seus olhos piscando com um brilho de diversão. – Não sei se posso corresponder a tantos elogios. Enquanto o prato de filé mignon com purê de batatas trufado era servido, Juliano fez um gesto para que ela pegasse um pouco de seu prato. - Permita-me. Ele disse, oferecendo-lhe um pouco do filé com um olhar insinuante. – Espero que o prato seja tão delicioso quanto a companhia. Isabela aceitou o gesto com um sorriso, suas mãos tocando as dele brevemente. - Se o jantar continuar assim, posso dizer que estou completamente satisfeita. Juliano inclinou-se ainda mais perto, seu tom de voz baixando para um sussurro discreto. - Sabe, Isabela, sempre admirei a forma como você consegue transformar qualquer situação em algo encantador. Eu me sinto verdadeiramente afortunado por estar aqui com você esta noite. A resposta de Isabela foi um sorriso suave, seus olhos expressando um calor que correspondia ao flerte de Juliano. -A sensação é mútua, Juliano. Sua presença torna a noite ainda mais memorável. Quando o prato de sobremesa chegou, uma mousse de chocolate com framboesas frescas, Juliano pegou uma pequena colher e, com um olhar malicioso, ofereceu-a a Isabela. - Quer provar algo tão doce quanto você? Isabela riu, aceitando a colher com um olhar divertido. - Eu não poderia recusar uma oferta tão tentadora. O flerte discreto e a cumplicidade só aumentavam o prazer da noite.