Joana foi empurrada com força para dentro da sala que servia de escritório para Zé Pequeno. O ambiente era maior do que ela imaginava, mas ainda assim abafado, com as janelas fechadas e um ventilador que girava de forma lenta e ineficaz. O cheiro de álcool misturado ao doce enjoativo de drogas queimadas pairava pesado no ar, sufocando os sentidos. As paredes estavam decoradas com pôsteres amarelados de filmes de ação dos anos 90 e fotos antigas de Zé Pequeno com seus homens. Uma mesa de madeira maciça estava empilhada com papéis, garrafas vazias de cerveja e alguns pacotes de pó branco, evidências da vida caótica e perigosa que Zé Pequeno levava.
Zé Pequeno caminhava de um lado para o outro, os músculos tensos e os olhos faiscando com uma mistura de interesse e incredulidade. Ele parou, e
