Coringa estava determinado a manter sua promessa a Thaís, mas isso não significava que deixaria o morro, nem a sua vida como promotor, à deriva. A mente dele trabalhava rápido, calculando cada movimento e cada ameaça potencial que rondava sua vida. Com um suspiro, ele pegou o celular que estava sobre a mesinha ao lado da cama e discou o número de seu escritório. A linha tocou algumas vezes antes que sua secretária atendesse. A voz dela soava tensa, quase relutante, e isso não passou despercebido por Coringa. “Senhor Coimbra, um policial do BOPE, Mateus, esteve aqui procurando pelo senhor. Ele parecia ansioso para vê-lo e tentou forçar a entrada.” Coringa sentiu uma onda de raiva brotar em seu peito. Mateus. O nome soou como uma lâmina afiada em sua mente. Mas antes que pudesse processar

