Pov. Aurora Eu entrei no vestiário ainda com o corpo latejando. Cada passo doía como se eu tivesse cruzado uma floresta de lâminas. O cheiro de ferro grudava na minha pele e subia pelas narinas até o fundo da garganta. Meus dedos estavam duros de tanto apertar a espada, mas mesmo assim eu não queria largar. Era como se soltar aquilo me deixasse vulnerável, exposta. Atrás de mim, Helena entrou em silêncio. As botas encharcadas faziam barulho a cada passo, como se esmagassem alguma coisa viva. Selena vinha logo depois, ou melhor, era puxada pela sombra do que restava dela. Um vulto pálido, com os olhos arregalados e o rosto tão branco que as sardas tinham sumido. Parecia uma alma que não sabia que o corpo ainda respirava. Eu larguei a espada no banco com um baque s***o, me sentando devaga

