Prologue
PROLOGUE
Buffalo, Wyoming
Terça-feira, 15 de março de 1977, 17h30
Patrick
– Susanne? – Patrick Flint gritou no receptor. – Onde você está? Você está bem?
A respiração pesada em seu ouvido não soava como de sua esposa. Parecia masculina. Ofegante. Como um homem nos estágios iniciais de uma insuficiência cardíaca. Quem quer que fosse, até mesmo um gato tinha língua.
– Quem é?
A voz era áspera. – Você queria falar comigo sobre manter sua esposa e sua filha fora do tribunal. Vamos conversar.
Patrick reconheceu a voz. Seu cérebro estava como se tivésse acabado de enfiar o dedo em uma tomada elétrica. – Eu não vou consentir.
– Venha à minha casa. Nós podemos conversar aqui.
O sangue. O vômito. A caminhonete estacionada em sua casa, mas sua família não estava ali. – Não posso. Alguém sangrou por toda parte em minha casa e não há ninguém aqui. Preciso correr para o hospital para checar minha família.
Patrick ouviu um som estranho do outro lado da linha. Como um gemido.
Então a pessoa disse: – Dane-se.
– Com licença? – O temperamento de Patrick se inflamou. Ele precisava desligar o telefone. Ele não precisava ouvir essa pessoa falar m*l de sua esposa. – Eu tenho que ir.
– Não. Por favor. Eu irei com você para... hum... checar sua família. Apenas venha depressa.
Isso foi estranho. Muito estranho. Cada interação deles tinha sido estranha ultimamente, mas isso, era desconcertante. E então ele teve um pensamento terrível. E se essa pessoa esteve ali? E se o sangue fosse trabalho dele? E se Susanne e as crianças estivessem com a mesma pessoa com quem Patrick estava falando? – Você está com a minha família? – ele perguntou.
– O que? Não!
Mentiroso. – Não estou confortável com essa situação. Receio ter que desligar e ligar para o xerife agora.
– Não! – ele gritou. – Você não pode desligar. Eu sei quem levou sua família.