AURORA E HEITOR

1237 Words

CAPÍTULO 29 Narrativa de Fantasma Nunca pensei que ia sentir isso na vida. Eu, Fantasma, dono da p***a do morro, o cara que todo mundo teme, agora sentado no sofá olhando dois pequenos embrulhos respirando pesado no berço. Gêmeos. Meus filhos. Marília dormia no quarto, exausta, os cabelos espalhados no travesseiro, enquanto eu fazia vigília. Desde que eles nasceram, o sono fugiu de mim. Não porque eu não confiasse, ou porque tivesse medo de alguém invadir a casa — isso era fácil resolver, eu botava soldado em cada esquina —, mas porque eu simplesmente não conseguia desgrudar o olho deles. O tempo passou rápido demais. Quando percebi, já fazia quase um mês que meus filhos tinham vindo ao mundo. Aurora e o menino… sim, eu ainda não tinha dado nome a ele. No hospital, quando vi a cabecinha

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