Prólogo
Castelo- Inglaterra.
Prontamente arrumado para o matrimônio, o soberano refletia na sacada do palácio sobre seu reinado nesses anos que se tornou rei. Pensava até na possibilidade de voltar atrás e reivindicar a coroa para que pudesse ser um cavalheiro liberto das responsabilidades.
A família real encontrava-se no aposento do rei. Servas e criados, os serviam, com um grande banquete. Todos grandiosamente arrumados, esbanjando vossas riquezas e luxuosidade.
O rei estava com um traje verde escuro, usava também como vestimenta uma manta de ouro, a grande coroa destacava-se em sua cabeça. A duquesa exuberante como sempre, usava um vestido cor marrom, cheio de brilho. Quem a visse, até acharia que fosse a rainha da Inglaterra.
— Meu sobrinho, já estamos atrasados. Não podemos deixar a princesa Charlotte esperando, meu caro.— Katherine o informou, ao lado do seu filho, Harry.
A tia do rei parecia satisfeita com o casamento real, vossa satisfação em relação a união era que poderia manipular quem sabe a noiva do rei.
Charlotte mostrou-se ser uma donzela muito ingênua, sem preparo algum para substituir Anastasya. E Katherine estava vendo a oportunidade perfeita para poder realizar seu desejo de ver o seu filho amado assumindo o trono.
Com a infelicidade do sobrinho, o casamento não duraria muito tempo, e sem uma rainha, o rei não poderia governar sozinho. Era por isso que já estava providenciando uma prometida para o seu filho casar-se logo.
Quem estava sendo sondada, era a condessa Mary, prima e melhor amiga da rainha Anastasya.
— Com licença, majestade.— reverenciou a própria, adentrando no aposento.—Preciso conversar-me a sós, com a vossa alteza.
Mary estava decidida a confessar o c***l segredo que Anastasya escondia, e ainda dizer ao rei os motivos que a fizera partir. A condessa queria ajudar sua prima, vosso pensamento era que se o rei fosse tão apaixonado assim por Anastasya, que com certeza a perdoaria.
— Não acho que seja adequado, condessa.— se intrometeu a duquesa Katherine, com o olhar f**o percorrido a nobre.— Já estamos atrasados para o matrimônio real. — falou, chamando-os para comparecer a sala do trono.
— Espere um minuto, minha tia.— o rei pronunciou-se, disposto a ouvir o que a prima da rainha tinha a falar. — Deixe-me a sós com a condessa, por favor.— o cavalheiro exigiu, mandando o restante dos outros se retirarem.
Mesmo a contragosto, Katherine foi obrigada a sair do aposento ao lado do seu filho, com medo do seu plano ser arruinado.
(....)
Aposento.
— Diga-me, o que você tem a proferir.— curioso, deu autorização para donzela prosseguir.
Mary respirou nervosamente, estava inquieta de que a vossa atitude pudesse prejudicar a rainha. Talvez a mesma estivesse agindo por impulso, mas só queria ajudá-la. E impedir a tempo que aquele casamento acontecesse.
— Ela não se foi, porque quis.— admitiu e o rei a olhou atentamente. Vosso peito encheu-se de esperança. — A rainha o ama muito. Ela me escreve nas cartas o quanto sente sua falta, alteza. Não acho justo casar-se com outra. — era inapropriado o comentário, porém....— Desculpe-me intrometer-me, mas por que vossa alteza não luta pelo vosso matrimônio?
Pensativo, o rei Christian II respirou fundo. Era o que ele mais queria dentro de si, largar tudo pro alto para ir até França buscá-la, mas não podia voltar atrás com sua decisão. Não mais. Já estava comprometido de casar com outra princesa, não queria constrangê-la e abandoná-la no altar, não era uma postura de um nobre cavalheiro.
– É tarde demais.— lamentou-se, prestes a sair de vosso aposento.
— Você não vai nem saber o porquê que ela partiu, alteza?— vociferou a condessa, fazendo o rei vacilar e parar vossos passos ao escutar aquilo.
Ele tinha tantas indagações a respeito da ida repentina da rainha. Talvez ela não mais o amasse, era por isso que optou para o desquite. Christian estava conformado com o tal pensamento, para não sufoca-ló com o amor que o corrompia.
Reprimi-la era a melhor opção.
— Se sabes, conte-me. — ordenou, e a donzela de vestido azul engoliu em seco, no fundo vosso coração afirmava que não poderia trair vossa prima contando um segredo tão obscuro que havia lhe confidenciado.
— É-e que... a rainha mentiu.