Capítulo 50

1024 Words
Matteo examinava os anéis diante de si com expressão desdenhosa. Após alguns minutos, escolheu um conjunto de joias que parecia digno de Sayuri: um anel, um colar e brincos, todos com diamantes grandes e incrivelmente brilhantes. Mesmo assim, o seu olhar não escondia a insatisfação. — É o melhor que têm? — perguntou, cruzando os braços. — Sim, senhor. É o que temos de mais exclusivo no momento — respondeu a atendente, encolhendo-se diante dele. Matteo soltou um suspiro irritado. — Lamentável. A dama da futura geração da máfia mexicana merece muito mais. É uma vergonha! — exclamou, alto o suficiente para que todos na loja ouvissem. Pagou pelas joias, ignorando os olhares curiosos e murmurinhos que surgiam à volta. Sayuri apenas o acompanhava, fingindo embaraço, mas no fundo se divertia com a situação. Assim que saíram da loja, Matteo puxou Sayuri pela mão. — Agora vamos equipá-la para o próximo passeio, minha princesa — disse com um sorriso travesso. Sayuri ria da animação dele com o seu plano maluco, e vendo aquilo sabia que tinha escolhido a pessoa certa para a ajudar. Eles foram até uma loja especializada em roupas de motoqueiro. Matteo fazia questão de chamar a atenção: caminhava de maneira segura, como se dominasse o espaço, e a cada olhar curioso ou assustado, retribuía com um meio sorriso perigoso. Os seus braços permaneciam sobre os ombros de Sayuri demonstrando a todos que ela era sua posse. Escolheu para Sayuri uma jaqueta de couro preta, calças justas e botas de salto baixo. Ele mesmo provou um novo par de luvas e uma jaqueta que acentuava ainda mais a sua imagem de "homem perigoso". — Agora sim, está perfeita — elogiou, observando Sayuri com um brilho de aprovação. Ele iria se divertir muito ao ver Hideo enfartar de ciúmes ao ver Sayuri com aquela roupa. Quando eles deixam a loja e saem para o estacionamento Sayuri se assusta ao ver a moto parada diante dela. — Me diga que não tem medo. — Diz ele com a sobrancelha arqueada — Não tenho, mas estou surpresa. Não sabei que tinha uma moto. — Diz ela aceitando o capacete que ele lhe oferecia. — E não tinha, acabei de comprar. — Diz dando de ombros. Sayuri apenas ri daquilo e monta na sua garupa. A sensação de liberdade que ela sentia era maravilhosa, e a cada curva que Matteo fazia o riso de Sayuri enchia o ar a suas volta. Ela mantinha os seus braços apertados fortemente sobre a cintura de Matteo e apenas desfruta daquele passeio. Montados na potente Harley-Davidson de Matteo, eles cortaram a cidade até chegarem a um dos restaurantes mais famosos da região. No local, Matteo continuou a interpretação: abriu a porta para Sayuri, puxou a sua cadeira, ajudou-a a se servir, sempre atento às suas necessidades. Os clientes não demoraram a notar o casal exuberante. Cochichos surgiam por onde passavam, exatamente como Matteo planejara. Sayuri, fingindo naturalidade, sorria para ele como se estivesse realmente apaixonada. Durante o almoço, Matteo não tirava os olhos dela, tratava-a com toda a dedicação que um verdadeiro noivo teria. A cada toque, a cada gesto, as pessoas pareciam mais convencidas de que testemunhavam um amor proibido e escandaloso. Ao final, Matteo pagou a conta e levou Sayuri de volta para casa na garupa da sua moto. Ao entrarem na casa dela, os dois explodiram em gargalhadas. — Você viu a cara daquelas mulheres? — perguntou Sayuri, secando uma lágrima de tanto rir. — Inacreditável! Já devem estar espalhando a história por toda a cidade — respondeu Matteo, largando-se no sofá. Sayuri sentou-se ao lado dele, ainda sorrindo. — Espero que o Hideo fique sabendo logo — disse, com um brilho malicioso nos olhos. Matteo piscou para ela. — Se depender de hoje, ele já está fervendo de raiva. Eles continuaram a rir, saboreando o sucesso do plano que parecia ter funcionado perfeitamente. — Que barulho é esse? — Pergunta Yuki descendo as escadas. — Parece que o nosso plano não foi tão bom Matteo, o Yuki ainda não sabe. — Diz ela jogando uma almofada no seu irmão. — Já devia saber que vocês estavam aprontando. — Diz ele pegando a almofada e se sentando ao lado de Sayuri. — Me digam o que andaram aprontando? — Apenas nos divertindo as custas de algumas pessoas fofoqueiras. — Diz Matteo dando de ombros. — Com coisa que vou acreditar nisso. — Diz ele. — Você realmente é muito lento meu filho. — Diz Hana entrando na sala e entregando o celular para Yuki. Quando Yuki vê as fotos os seus olhos se arregalam e ele olha para sua irmã como se ela tivesse enlouquecido. Havia fotos de Sayuri no restaurante, andando de moto com Matteo e comprnado joias. — O que significa isso Sayuri? — Pergunta bravo devolvendo o telefone a sua mãe. — Matteo esta me ajudando com algo. — Diz ela de forma tranquila, mas o olhar de seu irmão não concordava com aquilo. — Você enlouqueceu! Isso pode prejudicar sua imagem! — Yuki passava a mão pelos cabelos de forma frustrada com a brincadeira de sua irmã. — Eles já falam irmão, ou se esqueceu que eu sou a mulher que ninguém quer. — Diz ela com a sobrancelha arqueada. Ao ver a expressão de Sayuri, Yuki relaxa na mesma hora, ele agarra a sua irmã pelos ombros e a puxa para seus braços. Naqueles momentos ele se sentia um fracasso por não poder a proteger como gostaria. — Me desculpe. — Diz dando um beijo na sua testa. — Não se preocupe com ela Yuki, — Diz Hana se sentando de frente para eles. — E a essa hora o seu plano já deve ter dado resultado, minha filha. — Nos esforçamos por isso Tia Hana, espero que aquele i****a enfarte quando ver as fotos. — Diz Matteo rindo. — Planejou isso? — Pergunta Yuki surpreso. — Só estou forçando um certo alguém a ver a verdade que ele se recusa a enxergar. — Diz ela. Yuki olha para sua irmã e começa a rir, ele a tinha subestimado uma vez mais.
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