O CORVO

Capítulo 7. Confortável

Christopher pega seu celular e tira uma foto, mas ele decide esperar algum tempo antes de enviá-la a Marco como prova de que seu serviço tinha sido concluído.

Pegou o corpo do homem e jogou no banco de trás como um saco de merda, para ele era exatamente isso. Ligou o carro e começou a dirigir rumo a sua casa. Após duas horas chegou.

Sua propriedade não era discreta, uma casa enorme, lotada de carros e motos, Christopher era um homem milionário, graças a seu sangue frio, ganhou muito dinheiro na vida que levava.

Entrou com o carro e seguiu diretamente para seu galpão, onde deixou ali o corpo e o carro, depois daria um jeito na sujeira.

Entrou em sua casa tirando as roupas que tinham manchas de sangue fresco, as tirou e as destruiu tacando fogo. Subiu para seu quarto e tomou um banho gelado por longos minutos.

Saiu do banho e foi para sua cozinha, gostava de cozinhar, um hábito que descobriu gostar e se distrair. Fez um fettuccine a bolonhesa e comeu. Estava acostumado a vida solitária que tinha, gostava, afinal um homem como ele não podia se dar ao luxo de confiar em ninguém, muito menos em uma mulher para por em sua casa.

Quando subiu para seu quarto, um cômodo grande, cama enorme, televisão, ar condicionado gelado, ele gostava do conforto que tinha. Quando se deitou pegou seu celular e enviou a foto para Marco, que logo visualizou e o ligou.

— Bom trabalho, Corvo.

— Claro, o i*****l está morto.

Marco solta uma risada do outro lado da linha.

— Precisa de ajuda para se livrar do corpo ?

— Não.

— Ótimo. Amanhã te ligo a tarde, tenho mais um serviço para você.

Christopher não disse nada, desligou o telefone e jogou de qualquer jeito na cama. Logo o sono veio, calmo, tranquilo, como se ele não tivesse saboreado o desespero de Estevão em seus olhos, mas, ele não sentia remorso, nunca sentiu, ele era pago e matava, sem piedade, sem hesitar, sem sentimento, isso fazia dele exatamente quem ele era, o corvo.