Caindo

1227 Words
Sabe qual é a pior merda? Se apaixonar por alguém que te faz m*l, porque a maioria das pessoas não entendem, algumas pessoas não denunciam por medo, mas eu nunca senti medo do William, eu não o denunciava, porque eu o amava, eu adorava seus braços fortes me envolvendo a noite, adorava que toda noite, automátícamente eu colocava a mão em seu m****o, um ato de carinho que ele amava, adorava como ele ás vezes me fazendo chorar de dor e de tristeza, mas na maioria, me fazendo chorar de emoção por poucos atos e declarações de amor que ele me disse, tão poucos que podia contar nos dedos de uma mão Eu nunca mais vi o Fernando, até que não era tão raro vê-lo quando eu disse que estava namorando, mas quando soube quem era meu namorado, ele começou a se afastar até me bloquear em todas as redes Quando ele me bateu à primeira vez, o amor sumiu, e eu passei apenas a admirar seu corpo perfeito, mesmo sabendo que por dentro, ele era seco, frio e sem um pingo de sentimentos Na segunda vez que ele me bateu, sua aparência parecia a de qualquer pedaço de merda no chão, passei a sentir um profundo nojo de William, tão profundo e tão intenso, que tinha medo de que quando fosse tomar banho com ele, vomitasse ao vê -lo nu                         ____ Abro meus olhos de uma vez, sem sono, mas com dores, em várias partes do corpo. Finalmente recobrei minha consciência, e pude ver o quanto aquele quarto era lindo, quase todo branco, com uma porta enorme de vidro a minha esquerda, que dava lugar a janela. Logo depois percebi que, o quarto sim era bonito, mas muito, muito bagunçado, me levantei na cama, sentindo uma dor muito incômoda no ombro, sentado, observo o chão do cômodo, que está no mínimo nojento, peças, peças íntimas de todos os tipos, latas e garrafas de cerveja, bitucas de cigarro ... tudo espalhado, de forma caótica. Me encolhi na cama quando a porta foi aberta, e uma figura grande passou por ela. Medo - finalmente, baixinho - ele entrou, não acredito,  ELE  me prioridade ?? - Pensei que tava morrendo ou eu sei lá Medo, meu Deus...o próprio... pessoalmente, ele é muito mais assustador, e grande do que na televisão. Ele carregava nas mãos uma caixa branca, chutei que fosse um kit de primeiros socorros. Ele então se sentou, ainda sorrindo, achando graça de alguma coisa me sentei na cama, encolhendo as pernas para me afastar o máximo possível dele - Não precisa se assustar - alertou, notando minha inquietação - Eu sei que tá confuso, mas ontem, eu ajudei você - É que... - Eu sei - Ele sorriu - Abrindo a maleta, Medo tira os olhos de mim, em seguida, pela uma bolinha de algodão e molha com um liquido de um vidrinho azul - Isso vai arder um pouco - ele alertou, pondo novamente os olhos em mim - - Tá bem... Ele colocou o algodão na minha testa, e tinha razão, ardeu um pouco, minhas feridas e hematomas eram recentes, então qualquer coisinha os faria doer de qualquer forma - Por que tá fazendo isso? - perguntei, ele apenas soltou uma risadinha, fraca e talvez...debochada? - Ele passou a passar o algodão bem perto da  minha boca, aquilo estava me deixando quase sem ar, de fato ele é muito bonito, usava regata e uma bermuda bem folgada, o que me dava uma bela visão daquelas tatuagens, eu tinha medo dele reparar, mas ao mesmo tempo que já parecia tarde demais pra isso, ao mesmo tempo, talvez, ele não se importasse - Tu tem uma boca linda - Ele elogiou encarando minha boca, quase tive um ataque do coração, e ele parecia gostar de me ver assim, pele corada, confuso com as palavras, tímido - Eu precisava dizer alguma coisa, qualquer coisa, mas decidi que não iria responder a isso, até porque, eu não sabia como - Quem é você? - perguntei, me achando e******o logo em seguida - - Não mete essa, eu sei que você sabe bem quem sou eu - "Medo"?? - perguntei, o fazendo sorrir - - Você pode me chamar de William - me pergunto se pra ele, ou pra mim, isso seria alguma forma de progresso - - William - Foi estranho chamar ele assim - A quanto tempo eu estou aqui? - Algumas horas, eu encontrei você todo pocado na rua ontem, mas relaxa, aqueles caras nunca mais vão te incomodar Apesar de ser bem legal ele dizer isso, eu duvido muito disso - Ainda dói? - Um pouco, mas por quê não me levou pro hospital? - Acha mesmo que com a cara em tudo que é jornal, eu vou aparecer em um lugar desse e sair de boa? Fazia sentido, novamente me senti um pouco estúpido Passou um tempo em silencio, ele passou o algodão por uma marca no meu pescoço, bem no canto, enquanto fazia isso, encarava o local, oque me fez corar - me diz - digo, finalmente - como alguém....como você -Com "alguém como você" quer dizer um traficante? - ele sorriu curioso, mas temo que ele já soubesse a resposta - - Bem...sim, como você sabe cuidar de pessoas tão bem? - 1: Ja deixei muita gente hospitalizada. 2: minha mãe era enfermeira. 3: ja cuidei de muito parça baleado - Olha, eu agradeço muito, mas..será que eu posso.. - Ir embora? - Ele completou dando de ombros- Pode, se quiser, vai, não tô com as tuas pernas Suas repostas provocantes e sem educação estavam começando a me irritar - Sempre é ignorante dessa forma com todo mundo? - Ele levantou o olhar pra mim na mesma hora, eu juro que não sei de onde tirei toda aquela toalha - - Você ainda não me viu ser ignorante, e eu só sou ignorante com quem merece. Tipo mãe, se eu preciso dar umas palmadas em quem me provoca, eu dou... Engoli seco na hora - Enfim, você pode ir se quiser, mas eu não recomendo não, tofo fodido desse jeito, não deve ir muito longe - É que, eu tenho que ir pra faculd- - Faculdade p***a nenhuma, você ainda ta machucado, aquieta esse teu cu aí! - Ele parece ter perdido a paciência - - mas eu... - mas nada, c*****o que moleque teimoso você é Revirei os olhos e deitei, ele se levantou e foi até a porta - cala essa boca e deita aí, vou buscar algo pra comer... Ele sai do quarto levando de volta o que trouxe. Aquele lugar era puro luxo, e eu m*l podia acreditar que estava ali, na cama dele, sendo tratado por ele...que dia maluco.. Enquanto estou sentado, uma mulher passa no corredor, usava sutiã e short curto, tinha o cabelo bem longo e preto Depois de passar na frente da porta do quarto, ela voltou um pouco, me encarando desconfiada - É ... oi! - Digo pra ela, que não me responde - - Oi ... você é algum amigo do Medo? - Ela perguntou - - Não, ele me passou na noite passada, só isso - O Medo, te protegeu? - Perguntou como se eu estava mentindo, em tom debochado? - - é isso mesmo Ela riu debochada, seguindo seu caminho ...
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