Leonard

1115 Words
Acordo com o raiar do sol, não posso me dar ao luxo de dormir muito, tenho uma máfia para comandar, hoje meu dia está lotado. Tenho reuniões, preciso organizar envios de mercadorias, fazer algumas cobranças e torturas. Por mais que vivo quase em uma fortaleza, não consigo relaxar para dormir, meus fantasmas do passado, insistem em me assombrar durante o sono. Desde que eu me lembre é assim, durmo tarde e acordo cedo. Vamos lá começar o dia ... Me levanto, faço minha higiene pessoal, tomo um banho, me visto com uma calça jeans e uma camisa colada, coloco um tênis social, mas para completar coloco uma jaqueta de couro, subo em minha moto e sigo para o escritório. Chego no escritório e meu braço direito já se aproxima me dando as informações, ele já deixou tudo meio caminho andado, confiro as mercadorias, as quantidade, valores, dentre outras coisas. Libero tudo. Pego os arquivos de um devedor e de um ladrão, mas isso irei resolver no galpão, ambos já estão lá, cada um em uma sala, amarrados pelos membros superiores. Mas agora sigo em direção a sala de reuniões, tenho uma reunião com o tal do meu futuro sogro, sei exatamente o teor da conversa, está querendo antecipar o casamento, mas isso não vai acontecer. Sigo para a maldita reunião, entro na sala ele está já está sentado e o abusado se senta na minha cadeira, a minha vontade é atirar na cabeça dele, mas, meu tio me mataria pois isso geraria uma guerra. — Bom senhor Hill, não tenho intenção alguma em antecipar esse casamento, tenho prioridades que não abrirei mão. Irei sim me casar com sua filha como foi acordado, mas ainda não é o momento. — Senhor Miller, minha filha se preocupa que sua reputação possa prejudicar o futuro casamento de vocês, então se casem logo e se comporte, assim sua fama acaba e vocês me dão logo netos, tenho interesse em prolongar minha linhagem e como Zoya é minha única filha, preciso que se casem para que isso aconteça. — Como lhe disse, isso não vai acontecer. Tenho um planejamento e vou segui-lo. Agora preciso ir, tenho assuntos de negócios a tratar. Mande lembranças a minha futura noiva. Ele tenta argumentar, mas como nem havia me sentado pois sabia que seria rápido, me viro e saio enfurecido por sua ousadia. “Que merda, já não queria me casar, ainda querem antecipar. p***a. Preciso me distrair, após as cobranças vou para a boate.” Antes de seguir para o galpão vou a casa do meu tio, preciso saber se tem dedo dele por essa necessidade de antecipar meu casamento. Chego na mansão Morello, e minha entrada é liberada, ao descer do carro vejo que Bryan está chegando, espero ele para entrarmos juntos. — Léo — Bryan, meu tio está em casa? — E meu pai sai de casa? Está me empurrando para fazer tudo, sai só para pegar aquela p**a mesmo. — Com ciúmes primo? — Claro que não, mas sei que ela é uma golpista e está tentando se mudar para Cá. — Calma Bryan, meu tio não é burro. — Espero que a idade não tenha tirado a inteligência dele, porque não aceito ela aqui na casa em que minha mãe morou. — Eu te entendo, vamos? — Vamos, almoça com a gente? — Pode ser. Entramos e ele sobe direto para o quarto dele e eu vou ao escritório, a porta está entreaberta e meu tio está no telefone, me parece nervoso. — Eu disse que aqui no México quem manda sou eu, e com meus meninos ninguém mexe, já tem um acordo de casamento com ele, o que mais quer? A pessoa do outro lado da linha fala algo, mas respeito muito meu tio para ficar ouvindo a conversa por trás da porta. Bato na porta e ela se abre. — Entra meu filho. Eu entro e me sento na poltrona que tem ali ele continua na ligação. — Se ele disse isso a você, não vejo motivos para ter perdido tempo com você, passar bem. Ele desliga e eu estou me levantando quando ele diz que não há necessidade. — O Hill, acabou de me ligar, faz ideia do motivo? — Sei o motivo, ele quer me casar logo com a filha dele, mas não estou pronto ainda. — Eu sei disso, e não se preocupe, Bryan ainda não formalizou o noivado dele e como sabe preciso que ele faça isso primeiro. — Tio sabe que uma coisa não interfere na outra, não somos irmãos. — Leonard, criei vocês dois como irmãos, em nome do meu irmão, você terá tudo que tem direito, e como Bryan e mais velho que você 1 ano, ele deve firmar o compromisso primeiro, mas ele está irredutível em marcar esse noivado. — Eu o entendo. — Sabe qual é o problema, eu na posição que tenho na máfia, poderia sim tentar quebrar esse contrato, mas, ele não quer nada com nada, sai para festas, volta amanhecendo, custa sair da cama para ir ao galpão, nunca o vi com ninguém, por tanto não irei arriscar uma guerra, ele precisa crescer. Meu tio tosse. — Tio está bem? — Sim, peguei um resfriado. Mas me diga filho, o que posso fazer por você? — Nada, já fez. — Hill. — Sim. — Ele não irá desistir fácil, a filha dele tem o costume de ter tudo nas mãos, e ela quer você. — Ela acha que vai mandar em mim. — Seja inteligente Leonard, não bata de frente com ela, apenas enrole a garota. — Ela é insuportável. Alguém bate na porta, é Maria a governanta. — Senhor Morello, o almoço foi servido. — Bryan chegou? — Sim e foi direto para o quarto. — Faça com que ele desça, estou indo. Seguimos para almoçar, Bryan e meu tio devem ter brigado logo cedo, pois Bryan está sem falar com ele. São sempre assim. Almoçamos, praticamente em silencio, logo o telefone do meu tio toca e ele volta para o escritório. — E aí ele estava falando m*l de mim? — Não Bryan, quer dizer disse um pouco sim, mas eu vim porque o Hill quer adiantar meu casamento. — Quem disse que queremos nos casar agora, por mim me caso só com 50 anos, só de pensar em me casar com aquela nojenta já perco apetite. — Sabe que não tem como fugir né? — Eu sei. — Tenho uma vantagem. — Qual? — Só posso me casar depois de você. — Hahaha, filho da p**a. Me levanto me despeço dele e vou em direção ao galpão, hora de brincar um pouco.
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