Subornando A Vingança do Bilionário

CAPÍTULO 8: Encontro para tomar café

　　Liesl entrou na cafeteria e se dirigiu ao balcão. "Eu vou querer um mocha grande, com leite integral, uma dose extra de espresso e cobertura extra de chantilly, por favor."

　　Uma voz calorosa ecoou o calor do corpo do homem que se inclinou para sussurrar em seu ouvido: "você gosta de coisas cremosas. Bom saber."

　　Ela riu da voz sedutora e virou levemente a cabeça para encontrar os olhos escuros em que ela vinha fixando há vários dias. "Isaias, bom te ver em carne e osso novamente." Ela olhou ansiosamente para a carne em questão da cabeça aos pés.

　　"Eu posso fazer você ver minha carne por inteiro," ele provocou audaciosamente. "Traga o chantilly. Mas não o café quente. Pode me queimar. Não gosto de dor."

　　Ela riu enquanto ele piscava e pedia um café preto grande, depois pagou pelas duas bebidas. Apoiada no balcão enquanto esperava seu café, ela o encarou. Ela o tinha visto entrar no restaurante na semana anterior e tinha notado sua altura, mas estando tão perto dele, ele era realmente um homem alto. Ele também estava muito bem apresentado. Seu terno era feito sob medida para o seu corpo e, conhecendo a predileção de Merlin por ternos caros, ela sabia que o que ele estava vestindo envergonharia todos os que estavam no armário de Merlin. Esse homem estava em uma categoria completamente diferente. Elegante e refinado, essa era a versão de homem que Merlin estava se esforçando para alcançar, mas ele tinha falhado por completo. Ela se perguntou como ele se sentiria ao saber que, nos últimos dias, ele tinha sido sua musa.

　　"Você está me encarando, Liesl." Ele flagrou com um sorriso malicioso. "Mas não pare. Eu gosto disso."

　　Ela o avaliou descaradamente e suspirou com saudades. "Eu sou uma artista, Isaias. Eu aprecio as coisas mais refinadas da vida e você, senhor, é refinado."

　　Ele jogou a cabeça para trás e riu alto com seu comentário, chamando a atenção dos outros clientes da cafeteria. "Liesl, você é demais e eu adoro isso. Vamos, vamos sentar e conversar, você, doce e maravilhosa flerteira."

　　Ele estendeu a mão e ela colocou a sua entre as deles, discretamente colocando um pen drive entre suas palmas. Ele ergueu uma sobrancelha com suas ações, mas não soltou a mão dela até se sentarem.

　　"Quantos anos você tem?" ela perguntou enquanto se acomodavam nas cadeiras, segurando a xícara de café. O calor dela não era nada comparado à maneira como ele a estudava.

Ela sabia que estava com o cabelo preso em um coque bagunçado e suas roupas eram apropriadas apenas para brincar com suas tintas, no entanto, ele a olhava como se ela estivesse nua e ele estivesse apreciando a vista. Pela primeira vez desde que conheceu Merlin McGrath, ela sentiu um forte desejo por outro homem, e era excitante.

　　"Trinta e nove," ele respondeu.

　　"Eu tenho vinte e oito." Ela sorriu enquanto olhava feliz para seu café. Passou a língua para fora da boca e lambeu a cobertura.

　　"Eu sei", ele sorriu enquanto recostava na cadeira em frente a ela e esticava as pernas debaixo da mesa, prendendo os pés dela entre as panturrilhas dele. "Eu verifiquei."

　　"Você tem filhos?" ela perguntou.

　　"Não." Ele fez uma careta. "Eu não encontrei ninguém com quem eu quisesse formar uma família. Tive relacionamentos que acabaram, mas nunca senti vontade de procriar. Mas gosto de praticar." Ele a encarou intensamente e sorriu quando ela se mexeu em sua cadeira.

　　Ela tentou não imaginar como ele praticava e desistiu, decidindo que gostava da imagem em sua cabeça. "Eu também não tenho filhos. Eu queria ter uma família grande. Pelo menos três ou quatro filhos. Meu ex disse que não teríamos filhos até ele se tornar CEO. Ele concordou que, se isso não acontecesse até ele fazer trinta e cinco anos, poderíamos começar." Ela deu de ombros. "Sou incrivelmente grata agora por termos esperado."

　　"Família perfeita? Quantos meninos e meninas você quer?" Ele a desviou do assunto do Merlin.

　　"Eu gostaria de dois meninos e duas meninas, mas na verdade, não importa para mim. Serei mãe. Preciso encontrar o cara certo primeiro."

　　"Por que ficar com um homem que te faz adiar seus sonhos por ele?" Isaias perguntou diretamente.

　　"Eu o amava."

　　"Por quê?" ele zombou. "Ele tem um rosto de rato e uma personalidade de uma pedra."

　　"As pessoas se apaixonam por todo tipo de razões, Isaias."

　　"Como você o conheceu? Ele te salvou a vida? Você salvou a dele? Gratidão? Só pode ter sido pena de você dormir com ele." Ele a provocou enquanto bebia seu café.

　　"Elsie, Janka e eu," ela fez uma pausa ao contar a história, "elas são minhas melhores amigas, fomos jantar para comemorar Elsie ter entrado na faculdade de direito. Tínhamos vinte anos. Ela era talentosa e já tinha terminado sua graduação e tinha sido aceita. Comemoramos indo a um restaurante chiquérrimo que não tínhamos dinheiro suficiente. Não sabíamos nem usar a colher da sopa direito." Ela riu da lembrança. "Merlin estava na mesa ao lado e me deu instruções e no final da noite, passei meu número de telefone para ele. Ele foi um perfeito cavalheiro e nada parecido com os caras da faculdade. Eu frequentava artistas e músicos, e ele era refinado e elegante. Ele me levava a exposições de arte que eram muito mais sofisticadas do que qualquer coisa que eu já tinha visto e me dizia coisas como que um dia seria eu com minhas obras nas paredes das galerias chiques. Eventualmente, fui deixando de lado meus objetivos. Quando os sonhos dele se tornassem realidade, poderíamos focar nos meus. Ele tinha uma imagem a manter e comprava minhas roupas e me ensinava maneiras muito melhores do que minha mãe nunca fez. Ele costumava dizer que nos ajudávamos a ser as melhores versões um do outro. A verdade era que ele estava me moldando para ser sua esposa perfeita, e eu não passava de um enfeite. Mas", ela admitiu quietamente, "eu o amava. Eu teria feito qualquer coisa por ele, porque é assim que eu sou como pessoa. Quando eu amo, eu me entrego completamente. Eu não amo apenas as melhores partes de alguém, eu amo tudo neles, o bom, o r**m, o feio."

"Você é muito apaixonada", ele disse, seus olhos escuros se fixando nos dela. "Não é uma característica r**m, mas pode ser perigosa, porque pode te cegar."

"Meu pai." Ela assentiu. "Eu sou muito parecida com meu pai. Ele morreu quando eu era jovem. Ele mergulhava de cabeça na vida. A família sempre dizia que você sabia que era amado por ele com apenas um olhar. Ele podia te fazer se sentir especial com um comentário cuidadosamente formulado. Eu sempre quis ser tão amorosa quanto ele." Ela sentiu seus lábios se curvarem, "mas se você o irritasse e cruzasse com ele, você não queria sofrer as consequências. Ele era um homem do tipo "tudo ou nada". Se você cruzasse com ele, estava acabado. Eu também herdei essa característica dele. Não tolerarei ser feita de boba. Sua família também é muito assim."

"Então eles devem estar encantados com sua irmã."

"Todos eles a rejeitaram. Ela e o Merlin se casaram no sábado. Minha mãe foi a única m****o da família presente. Nenhum dos meus muitos tios, tias ou primos apareceu. Ela me culpou, mas eles sabem como meu pai teria reagido."

"Sua mãe foi?"

"Minha mãe sente pena dela porque ela agora está sozinha, mas ela sabia o que estava fazendo. Ela traiu o marido no dia do casamento com o meu marido e engravidou."

"Não! Você não me disse que era no casamento dela!"

"Foi," ela balançou a cabeça. "Moral de uma gata de beco." Ela olhou significativamente para o bolso dele, "de qualquer forma, como meu pai, eu queimo pontes. Estou acabada com ele, mas quero que ele pague. Ele quer ser CEO aos trinta e cinco anos. Espero que você encontre uma maneira de impedir que ele chegue até o cargo de gerente de uma lanchonete até os sessenta."

Ele riu, "Liesl, você e eu somos surpreendentemente parecidos. Eu também sou uma pessoa altamente apaixonada. Eu amo com ferocidade. Minha família significa tudo para mim. Eu faria qualquer coisa por eles. Mas me atravesse, e vou arrancar seu coração e te alimentar com ele enquanto você ainda estiver vivo só por diversão."

"Jesus", ela fez grandes olhos para ele. "Prometo não me tornar sua inimiga, Isaias. Eu só quero ser amiga, não inimiga."

"Oh, Liesl, sinto que vamos nos tornar muito mais do que amigos."

Ela corou enquanto ele mantinha contato visual e sorria maliciosamente para ela. Seu coração deu um salto quando ela considerou que também queria muito, muito mais. O assunto deles mudou para outros tópicos mundanos, mas sua mente ficou presa em seu comentário e todas as diferentes possibilidades. Foi o melhor encontro para tomar um café que ela já teve.