Jogos Indecentes

Virgem

Leon narrando

Eu acordo sentindo uma dor de cabeça bem forte, eu tento abrir os olhos, mas a claridade me faz desistir e então vem a minha cabeça os flashs da noite anterior.

Tudo começou com a minha briga com os meus pais, eles já me fizeram voltar para cá e assumir a organização, coisa que eu não queria no momento, agora eles querem me forçar a casar.

Eu não vou me casar agora, principalmente porque a Sophie ainda está terminando os estudos e não fizemos planos de se casar até o momento.

Depois me lembro daquela garota maluca e problemática que apareceu do nada, as suas palavras afrontosas e por fim tudo o que fizemos a noite inteira.

Eu abro os olhos rápido e olho ao meu redor para ver onde ela esta, mas para a minha surpresa não tem nem vestígios dela pelo quarto.

- Desgraçada!! - eu xingo frustrado e me levanto da cama.

Eu procuro o meu celular para poder ligar para o Arthur e não o encontro, eu começo a revirar o quarto todo, quando finalmente acho disco o número dele e coloco no meu ouvido.

Estou nervoso, estou irritado e querendo matar qualquer um, como eu pude ser tão ingénuo de deixar aquela garota me drogar e ainda me usar do jeito que usou.

Eu estava fora de mim, eu não estava pensando direito, eu só conseguia sentir um fogo dentro de mim e ela soube direitinho como se aproveitar da situação.

O Arthur demora para me atender e eu começo a ficar ainda mais irritado, eu começo a olhar pelo quarto para ver se acho alguma pista daquela garota, eu olho para a cama e vejo uma coisa que me chama a atenção.

Tem uma mancha vermelha no lençol branco, eu fico olhando para aquilo intrigado e então vem novos flashs na minha cabeça, eu me lembro de ter sentido ela um pouco tensa no começo e quando a penetrei achei ela muito apertada, me lembro até de ter tirado o meu p*u de dentro dela e visto sangue nele, mas ela conseguiu me convencer que não era.

Aquela garota... filha da puta... ela era virgem, mas como pode ser?! Ela estava agindo como uma verdadeira vagabunda, claro que eu notei em alguns momentos que ela não tinha muito jeito, mas eu só queria me aliviar e deixei as coisas rolarem.

Ligação Onn

- Leon?! - ouço a voz do Arthur.

- Descubra quem me drogou ontem. Eu quero a ficha completa dela, HOJE, sem falta. - eu falo irritado.

Ligação Off.

Eu não dou tempo para ele responder e desligo a chamada e jogo o celular em cima da cama com força, estou completamente nervoso e não consigo entender o porquê isso está me afetando tanto.

Entro no banheiro para tomar um banho e ver se consigo esquecer dessa noite e daquela maldita garota, que eu nem sei o nome.

Eu falho miseravelmente, pois aquela pirralha não sai da minha cabeça, como eu puder ser tão t**o de cair nas graças dela?! Eu não estou conseguindo me conformar com isso.

Saio do chuveiro, me enxugo e pego as minhas roupas jogadas pelo chão, me troco e saio do quarto. Quando passo pela boate, eu vejo o Henri conversando com os funcionários.

Henri é um velho amigo meu e dono dessa boate, eu me lembro daquela garota estar servindo as mesas quando cheguei, se ela realmente trabalha aqui, eu vou descobrir tudo agora.

- Leon, você sumiu ontem a noite. Estava se divertindo eh?! - ele fala brincando quando me vê se aproximar.

Eu fico em silêncio, pois não quero que ele saiba as minhas verdadeiras intenções, eu ainda não sei em quem posso confiar de verdade aqui em Paris, mas eu preciso descobrir sobre aquela garota.

- Esses são todos os seus funcionários? - eu o questiono, olhando para as pessoas paradas.

- Sim. Porque o interesse? Aconteceu alguma coisa? Eles faltaram com respeito com você? - ele me questiona intrigado.

- Aconteceu algo estranho ontem. Eu vi uma moça ontem servindo as mesas e depois vi ela, parece que... fugindo de um dos quartos vip. Você sabe de alguma coisa? - eu tento parecer indiferente.

- Não fiquei sabendo de nada. Nós temos mais alguns funcionários que não fixos e talvez ela tenha sido paga para fazer "serviços extras", se é que você me entende. - ele fala debochando e rindo.

Eu não consigo explicar o porquê, mas confesso que me sinto incomodado com a fala dele e ele nem se quer esta levando a sério. Eu me lembro de ter ouvido ela dizer que o velho estava a assediando e eu posso ter todos os meus defeitos, inclusive não me dou muito bem com a palavra NÃO, mas se uma mulher não quiser t*****r comigo, eu não vou forçar ela.

- E se a pessoa foi obrigada a estar lá, sem ser por vontade própria, se é que você me entende... Você não faz nada a respeito? - eu falo sério com o mesmo tom de deboche dele.

Ele me olha fixo, tentando me decifrar e eu mantenho a minha postura séria. Ele sempre teve esse jeito descontraído e nem aí para nada, mas ele nunca foi capaz de me enfrentar.

O Henri me conhece desde a infância e sabe a forma que eu fui criado, ele também faz parte desse mundo da magia e sabe que dentro da organização não tem meio termo, ou você segue as regras, ou é o seu fim.

- Eu vou procurar me informar melhor sobre isso, mas por que o seu interesse repentino nessa história? - ele tenta reverter a conversa.

- Você sabe das regras da organização e o que acontece quando forçam as mulheres ao que não querem. - eu falo olhando fixo para ele e com um tom desafiador. - Eu espero que você não seja conivente com esses tipos de coisas. - eu amenizo o meu tom de voz e dou uma risada forçada.

Eu preciso agir com cautela, pois não quero criar inimigos antes mesmo de assumir a máfia. Eu ainda estou me familiarizando com os negócios do meu pai e preciso descobrir tudo o que puder.

O meu pai já me falou que tem pessoas agindo contra a organização e tentando passar a perna nele, mas agora que eu vou assumir o controle tudo, vou tomar as rédeas e fazer essas pessoas pagarem.

- Eu quero ser informado sobre tudo o que descobrir. - eu falo com a cara fechada, mas com o tom de voz mais tranquilo.

Eu acho que vou conseguir matar dois coelhos com uma cajadada só, pois agora o Henri vai investigar sobre a garota maluca e eu vou descobrir se ele está mesmo do meu lado ou não.

- Claro! Eu te aviso. - ele fala forçando um sorriso e dando dois tapinhas no meu ombro.

Eu confirmo com a cabeça, dou uma última olhada pelo salão e saio da boate, eu preciso encontrar o Arthur e ver se ele já conseguiu descobrir alguma coisa.