Capítulo 55

1069 Words
Era difícil para Max parar de olhar as pernas alvas de Isabel. Ela estava sentada em uma banqueta na sua cozinha, balançando as pernas enquanto comia a comida que havia esquentado no micro-ondas, como se segundos atrás não tivesse quase provocado um ataque cardíaco nele com as suas ações. Isabel comia sem se preocupar com os olhos de Max sobre ela. Na verdade, ela gostava mais do que devia dos olhos dele sobre ela. Aquela era uma experiência que ela estava amando viver. A arte da provocação era algo que desejava dominar e, olhando para Max, sabia que tinha a pessoa perfeita para usar como cobaia. — Hummm! Isso está divino — diz ela, lambendo os lábios enquanto comia. Max não sabia como estava resistindo àquilo. Tudo o que Isabel fazia o atraía de uma forma inexplicável. Apenas olhar para ela lambendo os lábios fazia o seu corpo arder em desejo, e ele agradecia por ter o balcão da cozinha entre eles. Assim, ela não veria o tamanho da sua ereção apenas por observá-la. — Noely é uma boa cozinheira — diz ele, desviando os olhos para o prato à sua frente. — Aqui — diz ela, estendendo o garfo para ele com um pouco da sua comida. — Experimente, não vi você se servindo disso. Max olhava para os olhos animados dela sem ser capaz de negar algo a ela. Lentamente, ele fecha os lábios sobre o garfo, experimentando um pouco da comida dela. — Bom — responde ele. — Você se sujou aqui — diz ela, inclinando-se sobre o balcão e limpando o canto da boca de Max com a mão. Então, leva os dedos à boca, chupando-os. — Muito bom mesmo. Aquilo foi a gota d'água para o já fraco autocontrole de Max. Ele larga os talheres e dá a volta no balcão, puxando Isabel contra seu peito e pressionando-a contra si. — O que está fazendo, Isabel? — pergunta ele, segurando a sua nuca e mantendo-a no lugar. — Ajudando você a se limpar — diz, dando de ombros, mas Max podia ver o sorriso travesso que ela tinha nos lábios. — Não é o que parece — diz, inclinando-se mais na direção dela. — E o que parece? — pergunta ela, arqueando a sobrancelha. — Você está me tentando desde que entrou por essa porta, e o meu autocontrole não é tão bom quando se trata de você. — Max estava tão perto de Isabel que ela podia sentir o seu hálito quente no rosto, os olhos castanhos dele intensos sobre os dela. O sorriso de Isabel aumenta ao ouvir as palavras de Max. Em um impulso, ela circula as pernas em torno da cintura dele, puxando-o mais para si. A sua mão desliza pelo peito largo dele, adentrando a sua camisa fina. O ofego que Max solta era todo o incentivo que ela queria naquele momento. A sua mão traça o peito dele com cuidado, sentindo a firmeza dos músculos sob os seus dedos. Max era uma obra de arte que ela pretendia explorar com lentidão. — Acho que você não entendeu as coisas direito, Max — diz ela, olhando nos olhos dele com intensidade. — Quando disse que o amava, significava também que o desejo, e esperei muito tempo para fazer o que estou fazendo agora. Você não pode me negar isso. — Vai por mim, a última coisa que desejo é que pare o que está fazendo, mas temos um limite, Isabel, e não vou ultrapassá-lo — diz Max, dando uma mordida na orelha dela antes de soltá-la. — Você é muito chato, sabia? — diz ela, cruzando os braços. — Não, apenas quero manter a minha cabeça no pescoço — responde ele, rindo. Isabel termina de comer com um bico enorme no rosto. Max ria da forma como ela reagia, mas ele respeitaria Isabel e, acima de tudo, a confiança que Vito havia depositado nele quando lhe permitiu levá-la. — Me leva — diz Isabel, estendendo os braços para Max, manhosa, quando terminam de jantar. Ele ri, vai até ela e a pega nos braços. — Não me diga que se cansou apenas por comer? — pergunta, arqueando a sobrancelha. — Não, mas queria ficar um pouco nos seus braços — diz ela, acariciando o peito dele. — Você é quentinho. Max observava Isabel esfregar o rosto no seu peito como um gato manhoso. Uma parte dele estava excitada com aquilo, e a outra estava apaixonada pela forma como ela se soltava quando estava com ele. Com ela nos braços, Max sobe as escadas em direção ao seu quarto. Ele entra e a coloca na sua cama com cuidado. Deita-se ao lado dela e a puxa para seus braços. Se ela gostava de estar perto dele, Max não negaria aquilo. — Max — chama ela. — Pode falar. — Por que nunca me procurou? — Isabel queria saber o motivo de ele nunca ter falado com ela sobre os seus sentimentos. — Nunca fui bom para você, Isabel. Nunca teria mais a te oferecer do que uma casa simples. Você merece mais, e eu não podia te dar — Max havia se segurado por muito tempo, ignorando o que o seu coração sentia para que Isabel tivesse uma chance de encontrar alguém que pudesse lhe dar o céu. Isabel se apoia nos cotovelos para olhar o rosto de Max, os seus olhos sérios sobre os dele. — Como você é bobo. O que me atraía em você sempre foi seu jeito, Max. O carinho que tinha com os seus amigos e a forma como cuidava dos pequenos de Klaus. Nunca foi sua conta bancária. Mas confesso que você ficou bem mais interessante nos últimos anos, e isso não diminuía o meu amor por você. — Está dizendo que nunca se importou por eu ser pobre? — pergunta ele. — Não. Achava fofo o fato de você ser mais contido nas loucuras dos meninos — diz ela, rindo. — Então eu sou fofo? — diz ele, rolando na cama e pairando sobre ela. — Sim, essa sua pose de durão não cola comigo — diz ela, passando a mão pelo rosto dele e sorrindo. Max se sentia refém de Isabel. Os seus olhos procuram os dela, vendo o mesmo que havia nos seus: aquele desejo escondido no meio das brincadeiras, a vontade de se descobrir. E agora eles tinham aquela oportunidade.
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