Max estava concentrado nos seus afazeres quando ouviu uma comoção do lado de fora do seu escritório. Segundos depois, a porta se abriu com um Aurélio superanimado, segurando uma garrafa de champanhe.
— Bora festejar, que não sabemos até quando você vai estar vivo — disse ele, abrindo a garrafa e servindo uma taça para Max.
— Desculpe, Don, tentamos impedi-lo — disse Leonardo, entrando apressado.
— Não precisa, Leonardo. Don Aurélio tem passe livre por aqui sempre que quiser aparecer — respondeu Max, deixando o homem mais tranquilo.
— Ai de você se eu não tivesse.
— Ele entraria da mesma forma — comentou Nerone, vindo logo atrás do irmão.
— É bom vê-lo, garoto — disse Max, levantando-se para cumprimentá-lo.
— Parabéns pelo posto, Don Max — disse ele, com um sorriso de canto, algo raro nele.
— Obrigado, garoto. Sabe que será sempre bem-vindo por aqui — disse Max, e Nerone apenas assentiu.
— Esqueça isso e vamos beber. Hoje à noite promete — disse Aurélio, virando a garrafa na boca.
— A Oksana sabe que você está por aqui? — perguntou Max, arqueando a sobrancelha.
— É por isso que estou aqui — disse Nerone, rindo. — Para garantir que o meu irmão chegue inteiro em casa.
Max olhou de um para o outro e começou a rir. Se havia algo que ele sabia, era que a esposa de Aurélio era tão possessiva quanto o marido. Oksana sempre mantinha um olhar atento sobre Aurélio, nunca o deixando sem supervisão.
— Aquela mulher me ama — disse Aurélio, sentando-se de frente para Max.
— Isso eu não posso questionar — respondeu Max.
— Verdade, a cunhada faria qualquer coisa por meu irmão — disse Nerone. Max podia ver nos seus olhos o carinho que ele tinha por Oksana, uma amizade que havia sido conquistada no dia em que ela ajudou a resgatar Aurélio, quando ele foi sequestrado no dia do seu casamento.
Eles seguem conversando até que o restante da equipe chega, e chegaram animados:
— Não sabe o alívio que me dá te ver bem meu amigo. — Diz Klaus indo até Max e o abraçando forte.
— Eu estou bem Klaus, valeu a pena tudo o que fiz. — Responde Max sorrindo, e Klaus não precisava perguntar para saber que ele falava de Isabel.
— Todos estamos felizes com a sua conquista Max. — Diz Ricardo lhe dando um abraço.
— Ele está certo, a nossa presença aqui hoje apenas confirma o quão importante você é para nós, somos família Max. — Diz Yuri lhe dando um abraço.
— Não sou tão emotivo quanto eles, mas fico feliz de saber que agora você vai estar em pé de igualdade com o Romano. — Responde Hideo indo até ele e lhe dando um abraço.
— Isso vai ser interessante, não imagina o quão estou animado para ver isso. — Diz Aurélio rindo em seu lugar. — Vamos começar as apostas.
— Não acha que perdeu dinheiro de mais? — Pergunta Ricardo com a sobrancelha arqueada.
— Aquilo nem arranhou minha conta. E essa eu vou levar estou sentindo. — Diz ele animado esfregando as mãos.
— Tudo bem, mas vamos esperar até que estejamos todos juntos, aí apostamos. — Diz Ricardo.
— Por mim tudo bem. — Responde ele dando de ombros.
— Os outros não puderam vir? — Pergunta Max.
— Não, eles ficaram cuidando do complexo, mas no próximo encontro estaremos todos juntos. — Responde Ricardo.
— Eu entendo Ricardo. — Max sabia como as vezes era difícil eles terem uma folga e estava feliz pelo esforço que eles haviam feito para estar com ele naquele momento. — Leve eles até seus quartos Leonardo.
— Sim Don. — Responde ele fazendo um gesto para que eles o seguissem.
— Nos vemos mais tarde. — Diz Ricardo saindo com os outros.
Max observava o grande salão repleto de figuras poderosas e influentes, todos aguardando ansiosamente a sua apresentação oficial como o novo Don. A decoração luxuosa da mansão ressaltava a grandiosidade do evento, com lustres de cristal refletindo a luz dourada sobre os convidados e garçons servindo bebidas refinadas.
Ricardo estava ao seu lado, vestindo um terno impecável, observando atentamente as interações entre os presentes. Yuri e Hideo também estavam ali, representando a máfia russa e a Yakuza, respectivamente, sinalizando a sua aliança com Max de forma silenciosa, mas contundente. Aurélio estava por perto rindo com outros convidados, mas todos podiam ver os seus olhos atentos a tudo a sua volta.
Quando o mestre de cerimônias anunciou a sua entrada, todos os olhares se voltaram para ele. Max caminhou com passos firmes, emanando uma imponência que silenciou o salão. O respeito era visível nos rostos dos presentes, alguns curiosos, outros admirados e poucos, talvez, desconfiados. Mas uma coisa era certa: ninguém ali ousaria desafiar a sua posição.
— Senhoras e senhores, hoje não apenas celebramos uma nova era, mas também a união de forças que nos tornarão imbatíveis — declarou Max, a sua voz firme ecoando pelo salão. — Com os aliados que temos aqui presentes, garantimos estabilidade, prosperidade e, acima de tudo, respeito. O meu objetivo não é apenas comandar, mas fortalecer todos nós.
Os aplausos ecoaram pela sala, e Max ergueu a sua taça em um brinde, sendo acompanhado pelos demais. O evento prosseguiu com conversas estratégicas e apresentações formais. Vito chegou mais tarde do que os demais, e Max percebeu o seu olhar atento, avaliando cada detalhe da festa e as novas alianças que haviam sido firmadas.
Kenai e Leonardo permaneceram vigilantes, garantindo que tudo ocorresse conforme o planejado. Havia uma sensação de segurança no ar, e Max sabia que, com os aliados certos, ele consolidaria o seu domínio sem grandes obstáculos.
Ao final da noite, ele se aproximou de Vito, ciente de que aquela conversa definiria os próximos passos. Isabel era o que mais lhe importava agora, e ele não perderia a chance de garantir o seu futuro ao lado dela.
O reinado de Max estava apenas começando, e ele tinha certeza de que nada poderia detê-lo.