Capítulo 13

1021 Words
Max revira o escritório depois que Kenai saiu. Ele precisava encontrar as cópias dos arquivos que Hector tinha roubado, e os encontrou. O computador que havia ali continha todo tipo de conteúdo e informações, e Max conseguiu achar tudo o que precisava. Verificando o histórico de navegação, ele percebeu que Hector ainda não havia vendido aquela informação, o que era algo bom. Enquanto vasculhava as gavetas do escritório, Max encontrou um telefone por satélite. Aquilo era bom, agora poderia contatar Ricardo para lhe informar os imprevistos que haviam acontecido. Ele disca o número de Ricardo e não precisa esperar, já que ele atende no segundo toque. — Ao que parece, a sua missão deu certo — diz a voz de Ricardo ao telefone. Max sorri; era difícil pegar Ricardo desprevenido. — Sim, consegui terminar e estou em posse dos arquivos roubados — explica ele. — Isso é bom. Verificou se foram vendidos? — Sim. Ele não havia vendido nada ainda, mas havia algumas negociações em andamento — Max havia feito uma pesquisa rápida pelos registros de Hector e tinha encontrado algumas informações interessantes que sabia que Ricardo se interessaria. — Essa notícia é muito boa. Traga tudo o que puder quando voltar. Vou pedir para Alicia examinar tudo — diz Ricardo, mais tranquilo. — Vou rastrear esse telefone e mandar alguém até você. — Sobre isso, Ricardo... — começa Max, sem saber como explicar aquilo para Ricardo. — O que houve? — pergunta ele. Max podia ouvir a forma como a voz de seu chefe havia mudado; agora ele estava mais atento enquanto esperava que ele continuasse. — Então, tive um conflito aqui quando encontrei Salazar — começa ele. — Você está bem, Max? Se feriu ou algo do tipo? — pergunta, preocupado. — Não, eu estou bem, chefe — diz ele, enquanto coçava a cabeça. — Mas temos algumas mudanças. — Mudanças? Que mudanças, Max? Vá direto ao ponto — exige Ricardo, imaginando mil coisas que poderiam ter dado errado na missão dele. — A única forma de sair daqui foi aceitando um desafio com Salazar. — Já imaginava algo assim quando te mandei aí. Os soldados dele são mestiços e têm uma crença bem enraizada — aquilo surpreende Max. — Você sabia que isso poderia acontecer? — pergunta Max. — Sim, e foi por isso que insisti que você passasse um tempo com o esquadrão especial. Eu precisava ter certeza de que você conseguiria — Max sorri ao pensar que Ricardo não dava um ponto sem nó. — Mas o que houve? — Eu venci o desafio, chefe — diz ele, animado. Então, faz-se uma pausa no telefone. — O que mais, Max? Quer me matar do coração?! — diz Ricardo. — Eu sou o novo Don da máfia agora, chefe — solta ele as palavras que estavam presas em sua garganta. — O destino tem um jeito divertido de resolver as coisas — responde Ricardo, rindo ao telefone. Max fica surpreso; aquela não era a reação que ele esperava de seu chefe, não mesmo. — Não está chateado? — pergunta ele, confuso. — Não, na verdade, estou aliviado — os olhos de Max se estreitam; ele já não estava entendendo nada. — Espera! Acho que não estou conseguindo entender, chefe. — É simples, Max. Agora você tem o cargo, é alguém dentro das organizações, o que significa que Isabel está acessível a você — Max sorri. Ele já tinha pensado naquilo antes, mas não havia permitido que a esperança crescesse no seu coração. Mas, ouvindo aquilo de seu chefe, tudo o que ele tinha vivido até aquele momento se tornava real. — E você está bem com isso, Ricardo? — Por mais que Max gostasse da ideia de transformar a vida daquelas pessoas, ele os negaria se Ricardo pedisse. A lealdade de Max estava com a Fênix, e não importava onde ou o que ele estivesse fazendo, um pedido de Ricardo para ele sempre seria uma ordem. — Sim, Max, eu estou bem com isso e feliz por saber que agora o Vito vai ter outra pessoa para pegar no pé, além de mim — responde ele, rindo. Max cora ao telefone; Vito era insistente, e ele sabia que teria um longo caminho pela frente com ele. — Tenho que resolver as coisas por aqui antes de conversar com ele, Ricardo — explica Max. — Vou enviar alguns dos nossos para te ajudar com algumas coisas. Me avise quando tudo estiver pronto, que mando um avião te buscar junto com seus homens — as palavras de Ricardo fazem Max sorrir. O seu chefe realmente era alguém admirável. — Obrigado por isso, chefe. — Você conquistou o meu respeito, Max, e é um amigo querido. Farei tudo o que puder para te ajudar — aquilo era apenas a realidade das coisas. Max era alguém valioso para Ricardo, e não importava por onde ele estivesse, a amizade que cultivavam sempre permaneceria. Max era um Fênix de batismo e seria assim até o seu último dia de vida. — Obrigado — diz ele antes de desligar o telefone. Assim que guarda o telefone, Max sai do escritório e, com surpresa, encontra Kenai na porta. — O que está fazendo aqui, Kenai? — pergunta, desconfiado. — Fazendo a sua segurança, Don. Isso é minha responsabilidade — diz ele. Olhando nos seus olhos cor de chocolate, Max via apenas a verdade estampada ali. — Tudo bem. Preciso que faça um levantamento para mim de tudo o que tem aqui, assim como o número de pessoas. Também preciso de um levantamento de tudo o que Hector possui, cada agulha. Max vê um sorriso se formar no rosto de Kenai. Ele entra no escritório novamente, retira um livro grosso de uma das estantes e coloca na mão de Max. — Aqui vai encontrar tudo o que precisa, Don, e caso tenha alguma dúvida, posso esclarecê-la para você — Max sorri para ele. Ele caminha até a porta e a fecha atrás de si. — Sente-se, Kenai. Vai me ajudar a planejar o destino de vocês — diz ele, com a esperança crescendo em seu peito.
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