Max estava deitado na cama, segurando o telefone com uma das mãos e observando a foto de Isabel na tela. Os seus olhos azuis brilhavam na imagem, emoldurados pelos longos cabelos loiros que caíam suavemente sobre os seus ombros. Ele se pegou sorrindo levemente, admirando a sua beleza e refletindo sobre como tudo havia mudado nos últimos meses.
O desejo que tomava Max era algo que ele já estava acostumado, sempre que pensava em Isabel o seu corpo se aquecia, ela era como uma droga que ele não poderia viver sem e desejava de forma intensa a ter para si.
O som abrupto da porta se abrindo o arrancou de seus pensamentos. Leonardo entrou às pressas, a respiração ofegante e a expressão carregada de urgência.
— Max! Estamos sob ataque! — Leonardo exclamou, com os olhos arregalados. — Precisamos que venha rápido!
Num instante, o telefone foi esquecido. Max saltou da cama, a sua mente já entrando em estado de alerta. Ele atravessou o quarto rapidamente, abriu a gaveta da cômoda e puxou a sua arma. O peso familiar da pistola em sua mão lhe trouxe um senso imediato de foco e controle.
Max calça as suas botas e pega o colete com a suas inseparáveis facas.
— Onde? — perguntou, enquanto conferia o carregador e destravava a arma. Ele ainda não acreditava que alguém tinha sido tão burro para o atacar.
— Na entrada principal. Não sabemos quantos são, mas vieram preparados. — Leonardo respondeu, o tom grave.
— E Kenai? — Pergunta.
— Está liderando os homens, sei que nada passará por eles. — Diz Leonardo. Ele confiava cegamente em Kenai e sabia bem da capacidade que o amigo tinha.
Max assentiu, já se movendo em direção à porta. O seu coração batia forte, mas sua mente estava fria. Ele sabia que isso aconteceria em algum momento. Ele era uma pessoa que não tinha experiencia em liderar uma máfia, era de se esperar que alguém tentasse tomar o que ele ti ha conquistado achando que ele era fraco, mas eles teriam uma doce surpresa.
Enquanto descia as escadas apressadamente, sons de tiros ecoavam pela propriedade. Ele correu para fora, pronto para enfrentar qualquer ameaça que ousasse cruzar o seu caminho. Leonardo vinha atrás dele com um olhar afiado sobre o que estava acontecendo.
Max via o caos que estava o pátio da mansão, vários soldados lutavam contra outros homens, ele podia ver uma quantidade considerável de homens caídos. Max entra na briga derrubando alguns homens com Leonardo atrás dele o cobrindo, de longe ele podia ouvir a risada de Kenai com o que estava fazendo.
Em poucos minutos o lugar cai em silêncio, o único som era dos soldados inimigos que tinha sido ferido e que tinham sido arrastados para o mesmo lugar. Max se aproxima a passos lentos, o seu corpo coberto de sangue dos seus inimigos, os seus olhos eram sombrios sobre os homens a sua frente.
— Presente para você Don. — Diz Kenai dando um chute em um dos homens que estava caído no chão. Max o olha com olhos sombrios.
— Quem os mandou? — Pergunta Max, mas eles permanecem em silêncio.
— Acho que o Don fez uma pergunta. — Diz Rocco pegando um dos soldados pelos cabelos.
Max se aproxima do homem com uma das suas facas na mão, a sua paciência tinha acabado, se eles queriam lidar com o mostro dentro dele, ele ficaria feliz em realizar o seu desejo. Max pega a faca e crava na barriga do homem a torcendo enquanto ele gritava.
— Não vou perguntar de novo. — Diz ele puxando a faca e a cravando novamente, mas dessa vez na sua perna próximo a sua virilha.
O homem arfa de dor enquanto gritava.
— Foi... Foi Júlio Cortez! — Diz por fim, a sua respiração ofegante enquanto ele tentava conter os gritos de dor.
Max retira a faca da perna do homem e rapidamente passa na sua garganta. Ele observa com atenção enquanto o homem se debatia e morria a seus pés. Os soldados observavam aquilo com um misto de emoções, era a primeira vez que eles viam o seu Don agindo daquela forma.
— Cortez. — Diz Max entre dentes, a raiva subindo ainda mais em seu peito.
— Ele estava no dia da sua apresentação Don, deve ter pensado que seria fácil o dominar e tomar o seu lugar. — Responde Kenai.
— Então temos um traidor. — Diz Max. Se tinha algo que a máfia não perdoava era pessoa que juravam lealdade e depois os apunhalavam pelas costas, e era isso que Cortez tinha feito e aquilo não seria perdoado.
— Acho que vai realizar a sua vontade de me ensinar a sua técnica de escalpe Kenai. — Diz Max com um sorriso de canto. — E quando terminarmos, Cortez receberá uma visitinha.
— Oh, isso vai ser divertido. — Diz ele animado.
Rapidamente os soldados inimigos foram levados para o galpão da propriedade, os soldados de Max estavam animados para verem aquilo, ele podia sentir a euforia que irradiava deles enquanto carregava os prisioneiros para o galpão.
Kenai sorria enquanto observava o horror dos homens a sua frente enquanto via as ferramentas dispostas na mesa. Ele se aproxima e pega uma das facas observando com atenção sua lamina.
— É bem fácil Don, mas para quem for participar é doloroso. — Diz rindo, os homens aos seus pés se encolhem enquanto Kenai se aproxima deles com a faca em mãos. Kenai pega um deles e os soldados o amaram sentado em uma cadeira. — A técnica consiste em arrancar o cabelo junto com o couro cabeludo, podemos fazer isso com eles mortos, mas qual seria a graça.
— Ele vai ficar se gabando disso por muito tempo. — Diz Leonardo balançando a cabeça.
— Aprenda Leonardo, quem sabe assim você melhora os seus conhecimentos. — Diz Kenai antes de se voltar novamente para o homem que tremia a sua frente. — Pegamos o cabelo da pessoa Don, e passamos a faca em volta.
O homem gritava e se debatia enquanto a faca circulava a sua cabeça cortando a sua pele até tocar no seu crânio. Os soldados olhavam chocados o que Kenai fazia.
— Depois é só puxar. — Diz ele puxando com força o cabelo do homem que é arrancado de sua cabeça com pele e tudo ficando na sua cabeça apenas o seu crânio ensanguentado. — Fácil não é.
— Vamos ver se é fácil mesmo. — Diz Max enquanto pegava um dos prisioneiros e começava a trabalhar nele, so outros soldados fazem o mesmo e rapidamente tudo o que se ouvia no galpão eram os gritos dos homens a sua frente.
— Fácil mesmo. — Diz Max jogando o escalpo em sua mão em um canto. — Agora vamos que temos uma visita a fazer.