Isabel não havia percebido quando Max tinha retornado. Depois de sair de casa como um furacão, ele não voltou imediatamente. Ela havia passado o dia na companhia de Noely, a cozinheira, por quem havia desenvolvido um grande carinho. Quando ele não apareceu para o jantar, ela percebeu que ele não teria hora para retornar. E, por mais que soubesse o que ele tinha ido fazer, seu coração se apertava.
Isabel acordou de madrugada sentindo o colchão se afundar ao seu lado. Quando os braços de Max a envolveram, ela se virou e se agarrou a ele, jogando a suas pernas sobre as dele.
— Você demorou. — Diz ela sonolenta, com o rosto encostado no peito dele.
— Não devia ter me esperado. — Responde ele, tranquilo.
— Não esperei. — Diz ela, com um sorriso sutil no rosto.
— Parte o meu coração ouvir isso. — Diz ele, dando pequenos beijos no seu rosto.
— É o que você ganha por me deixar preocupada.
— Me desculpe, mas sabe como essas coisas são. — Diz ele, suspirando.
— Sei, mas sempre vou me preocupar. — Diz ela, dando um beijo no peito dele antes de se virar, colando o seu corpo ao dele. Max a abraça e lhe dá um beijo no rosto, deixando-a descansar. A sensação de ter quem se ama nos braços tomava cada fibra do seu ser.
Max dorme tranquilamente ao lado de Isabel, tendo a certeza de que ela estava segura e bem nos seus braços. Ao acordar no outro dia, Max se depara com Isabel esparramada sobre ele, suas pernas sobre as dele, seus cabelos espalhados no seu peito. Ele ri ao ver como ela estava à vontade com ele.
Erguendo a mão, Max tira os poucos fios de cabelo que tampavam o rosto dela. Ele observa cada detalhe do seu rosto, desde a curva suave de suas sobrancelhas até os lábios ligeiramente entreabertos. Um calor familiar percorre o seu peito, um sentimento de posse e proteção ao mesmo tempo.
Ele desliza os dedos pela pele macia dela, sentindo-a se remexer levemente em seu sono. O coração dele acelera ao perceber o quão profundamente Isabel se entregava a ele, sem reservas, sem medo. Por um momento, Max fecha os olhos e apenas sente o calor do corpo dela contra o seu, o cheiro adocicado que tanto o acalmava.
Isabel se move devagar, abrindo os olhos pesadamente, um sorriso sonolento brincando nos seus lábios.
— Está me olhando dormir? — sussurra ela, a voz rouca pelo sono.
— Não consigo evitar. — Ele desliza os dedos pela bochecha dela. — Você fica linda assim, despreocupada, completamente minha. Ela suspira, se aninhando mais contra ele, e Max sente o seu peito se apertar. Havia algo em Isabel que sempre o desarmava. No meio de todo o caos que era sua vida, ela era sua única paz.
— Você vai sair de novo hoje? — A voz dela traz um tom de preocupação.
Ele hesita por um momento antes de responder, sabendo que não queria quebrar aquele momento perfeito com as realidades do seu mundo.
— Sim, mas volto antes do jantar. Prometo. — Ele beija o topo da cabeça dela, sentindo-a relaxar levemente. — Hoje temos um evento para ir.
— Sério! Que evento é esse? — Pergunta ela abrindo os seus olhos e o olhando com curiosidade.
Max a observa os seus olhos brilhando com alegria. Ele se apoia nos seus cotovelos olhando para ela.
— Kenai vai se casar hoje a noite com Fiorella. — Responde ele de forma tranquila.
— Ele vai se casar? Ele parece tão... diferente. — Diz por fim quando não encontra a palavra exata.
— Kenai é mestiço a indígena, meu amor, ele tem que ser diferente mesmo. — Responde Max rindo da forma que ela havia falado.
— Isso explica aquele cabelo dele. — Diz ela com o olhar distante.
— Ei! — Diz Max puxando o seu rosto para o dele. — Não quero você pensando em outros homens, ainda mais o meu braço direito.
Isabel olha para Max e não consegue conter o riso que a invade, ela se inclina sobre ele dando um beijo no seu peito nu subindo em direção ao seu pescoço.
— Não tenha ciúmes querido, mas o cabelo de Kenai é de dar inveja, nenhuma mulher teria um cabelo tão preto e liso quanto o dele. — Diz ela com a sobrancelha arqueada.
Max se move na cama a derubando de costas no colchão pairando sobre ela.
— Então você teve tempo o suficiente para reparar essas coisas. — Diz ele pressionando o seu quadril contra a b***a de Isabel, uma da suas mãos puxam o cabelo dela para o lado expondo o seu pescoço. — Acho que não te dei motivos suficientes ainda para esquecer os outros homens.
— Não seja assim Max. Quem não repararia em Kenai? — Diz ela tentando se virar, mas ele não permite a mantendo no lugar.
— A questão aqui é justamente isso, o fato desses lindos olhos azuis estarem olhando de forma curiosa outros homens. — Diz ele dando um beijo estalado no pescoço dela. — Eles devem olhar apenas para mim querida.
Max beija e morde o pescoço de Isabel lhe arrancando pequenos gemidos, ela se remexia no lugar enquanto a língua dele traçava um caminho até a sua orelha sensível.
— Isso é tortura Max, eu quero tocá-lo. — Resmunga ela.
Max se afasta um pouco e dá um tapa estalado na b***a de Isabel, ela solta um pequeno gritinho de surpresa que o faz rir.
— Max! — Diz ela brava.
— Você mereceu, não se comportou e foi uma menina má. — Sussurra ele em seu ouvido.
— Você... — Começa ela, mas a mão dele que segurava o seu cabelo desliza por suas costas adentrando a sua camisa tocando com lentidão sua pele.
— O que dizia mesmo amor? — Pergunta ele rindo ao vê-la arquear as costas. — Vou te dar um motivo para esquecer os homens a sua volta.